Você ouviu a pregação feita em A Igreja Mãe ultimamente? É fantástica! Claro, é ainda a mesma “pregação” realizada em nossa própria filial no domingo, onde quer que você e eu estejamos. Mas, tem você considerado a lição-sermão Do Livrete trimestral da Ciência Cristã. ultimamente como pregação? Experimente. Trate de ouvi-la como se fosse dirigida especificamente a você, apresentada no esforço irrestrito e abnegado de lhe ajudar. (E é!)
Ouça-a como se sua vida pendesse dela. (E pende!) Preste atenção à Bíblia, e ao que é lido de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy como se estivesse ouvindo palavras ardentes de significação espiritual — mensagem que modifica a vida, que pode curá-lo. Porque é exatamente isto o que você está ouvindo.
A Sra. Eddy expressa-o de forma ainda mais fundamental em seu comunicado Message to The Mother Church for 1901: “Certo, tornei a Bíblia e ‘Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras’, o pastor de todas as igrejas da religião Ciência Cristã, mas isto não impossibilita este nosso pastor de pregar! ... A Palavra de Deus é pregadora poderosa, e não é por demais espiritual para ser prática, nem tão transcendental que não possa ser ouvida e compreendida. Quem quer que afirme não haver sermão sem pregador pessoal, esquece-se do que os Cientistas Cristãos jamais esquecem, de que Deus é Pessoa, e que deve estar disposto a ouvir um sermão de seu Deus pessoal!” ’01, p. 11.
Que vitalidade e que ardor há na descrição feita pela Sra Eddy! Obviamente, ela esperava que esse pastor pregasse para a congregação — isto é, que inspirasse e transformasse a vida dos ouvintes. E, de fato, transforma, se os ouvintes estão despertos e realmente atentos.
Por exemplo, pouco após a Bíblia e Ciência e Saúde terem sido ordenados o pastor de A Igreja Mãe, um homem, Henry Eaton, que havia sido seriamente ferido num acidente e fora tratado, sem sucesso, por catorze ou quinze médicos diferentes, pediu tratamento pela Ciência Cristã
Christian Science (kris’tiann sai’ennss). Recebeu tratamento durante quase um ano e houve tanta melhora que foi capaz de sair de casa e comparecer a um culto em A Igreja Mãe.
Contou ele que, quando ali compareceu pela primeira vez, sua cabeça quase tocava no banco a sua frente, mas tudo, a igreja, as pessoas, a música e a lição, o ajudara a ver que Deus é Amor. Continuou a receber tratamento pela Ciência Cristã e a comparecer aos cultos. Após dois anos, foi curado do ferimento original e de toda a deformidade e o sofrimento associados com o ferimento. A alegria dele e seu vigoroso e novo sentido de vida transparecem de seu artigo intitulado “ ‘Free Indeed’ ”, publicado no número de julho de 1898 de The Christian Science Journal.
Perguntemo-nos: Como é que Henry Eaton e tantas outras pessoas presentes àqueles cultos estavam ouvindo o pastor? Como é que eu o estou ouvindo? E qual é a diferença?
Talvez disséssemos que a diferença, se é que existe, está na atitude mental, na perspectiva, na expectativa. O que estaremos esperando desse culto em nossa igreja? Estaremos abertamente procurando obter a nova visão espiritual, o pensamento mudado, a cura física que haveríamos de esperar se soubéssemos que Deus nos estava falando? E Deus está falando a nós — mediante a revelação da Verdade na Bíblia e em Ciência e Saúde.
Ciência e Saúde partilha conosco a descoberta espiritual da Sra. Eddy e a experiência desta, de uma vasta e nova compreensão do Amor divino como Princípio, compreensão que resulta na irresistível cura da doença e do pecado. Essa descoberta traz a Bíblia à vida — vivifica a compreensão do que o Livro dos livros realmente contém e quão profundamente prático é no presente. Agita-se o pensamento como nunca antes para sentir o poder da mensagem bíblica do relacionamento entre o homem e um Deus infinitamente bom. De repente, os relatos das obras de cura realizadas por Cristo Jesus são lidos com tanta realidade quanto os relatos de acontecimentos públicos ocorridos no dia de ontem.
No momento de sua descoberta, a Sra. Eddy estava abandonando a opinião humana a favor do ímpeto divino. Escreveu somente o que tinha certeza de que Deus a capacitara a escrever. Sua disposição de agir assim, na mais rigorosa obediência, capacitou-a singularmente a tornar-se a descobridora da cura cristã científica. Foi uma experiência desprovida de qualquer misticismo, de qualquer coisa de sobrenatural, e isenta das distorsões do sentido pessoal que é o indicador de que a mente humana está tentando se apoderar do divino ou figurá-lo.
E, no momento em que abandonava o humano pelo divino, era, é claro, o divino que se estava revelando ou desvendando à compreensão humana. A respeito desta Ciência divina e de seu efeito curativo, a Sra. Eddy escreve: “Imperiosa, atravessa todas as idades, como revelação que Cristo fez da Verdade, da Vida e do Amor, revelação que permanece inviolada para ser compreendida e posta em prática por todos os homens.” Ciência e Saúde, p. 98.
Quando o pensamento se faz profundamente honesto e hospitaleiro ao sentido espiritual, vê-se com quanta naturalidade o livro chamado Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras está intimamente relacionado com as Escrituras na lição-sermão. O progresso espiritual adicional traz consigo a convicção de que Ciência e Saúde confirma e explica a Bíblia como nenhum outro livro na história humana o fez.
E o crescimento espiritual cada vez maior da humanidade perceberá a lógica irresistível que há em ligar ambos os livros sem interpolamento ou comentário pessoal — deixando que a pureza da Palavra de Deus conduza a humanidade à compreensão espiritual.
A Sra. Eddy, por certo, estava convicta de que a apresentação sem adorno da mensagem dos dois livros seria mais forte do que qualquer pregação pessoal o poderia ser. Em determinado momento, comentando a possibilidade de que as pessoas viessem para ouvi-la pregar e logo ficassem desapontadas ao constatar sua ausência, escreveu: “Vosso pastor dual e impessoal, a Bíblia e ‘Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras’, está convosco; e a Vida que estes transmitem, a Verdade que ilustram, o Amor que demonstram, é o grande Pastor que apascenta o meu rebanho, e o guia ‘para junto das águas de descanso’. Nem minha presença pessoal nem minha palavra deveria desviar ou afastar vosso pensamento, satisfazer aos vossos sentidos ou justificar o eu.” Miscellaneous Writings, p. 322.
Será que alguma coisa precisa ser mudada com relação aos cultos em nossa igreja, a fim de torná-los mais dinâmicos e mais contemporâneos? Sim, nosso pensamento precisa mudar — e apenas nosso pensamento! A ordenação desses dois mais notáveis dos livros é um dos passos mais ousados, mais progressistas, da história religiosa. Ajuda a elevar-nos acima de uma comemoração passiva de Jesus e conduz-nos à ação — à conscientização de que podemos obedecer aos mandamentos de Jesus, de que seu cristianismo requer nossa dedicação ativa e nossa vida toda. Somos libertados de depender da inspiração limitada de outros e levados a reconhecer jubilosamente que o mesmo Cristo, a mesma Verdade, está aqui hoje, está falando a cada indivíduo diretamente e está curando.
Talvez levante-se a pergunta: Como poderia o pensamento de uma pessoa se desviar da percepção acurada do que está realmente acontecendo durante nossos cultos e achá-los estáticos ou frios? Como poderia alguém deixar de perceber o caráter profundamente inovador dos cultos, a calidez com que revelam o Amor, a Vida e a Verdade divinos, a capacidade que têm de purgar-nos do sonho da existência e revelar-nos Deus e Sua criação?
De fato não seria de surpreender que a crença de que há vida e inteligência na matéria — magnetismo animal que especificamente resiste a toda a espiritualidade — tentasse hipnotizar-nos com crermos cândidamente no oposto exato da verdade a respeito do pastor e dos cultos em nossa igreja. Assim, quando argumenta mesmericamente monotonia, o pensamento espiritualizado alerta perceberá a maior atualização. Quando sugere frieza, podemos encontrar a amabilidade e a presença do Consolador. Quando apresenta o quadro de falta de atividade, resistiremos à sugestão mentirosa e responderemos à ação poderosamente curativa inerente ao Cristo vivo.
Podemos unir-nos à Verdade quando esta expõe tais imposições descaradas. Então que despertar, que cena de renovação e alegria veremos! Então, também em nós assomará calma admiração, qual a das palavras de um dos poemas de autoria da Sra. Eddy: “Viste o Cristo? / O Verbo ouviste? / Sentes de Deus o poder?” Hinário da Ciência Cristã, n° 298. E responderemos: “Sim!”
