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A imunidade que o homem herdou

Da edição de fevereiro de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


Estávamos presenciando uma manada de elefantes atravessar um rio, na África. Nosso guia, antigo observador da vida animal, de seu habitat e hábitos, contava-nos da capacidade inata e desenvoltura dos animais para sobreviver na selva. Parecia-lhe, comentou, que “quando se tira os animais de seu habitat natural, pondo-os num ambiente estranho e forçando-os à reprodução, a prole, os filhotes, parece perder a imunidade que teria herdado”.

Referia-se ele a capturar animais selvagens e transportá-los a zoológicos ou a parques de reservas animais de caráter comercial. A declaração dele foi-me, porém, uma parábola a conter uma lição espiritual! Que dizer de nós e da imunidade que herdamos?

O capítulo inicial da Bíblia descreve o habitat natural do homem, um ambiente controlado de todo pelo único Criador, Deus. Alguns pontos característicos inerentes nesse ambiente são: (1) tudo nele é bom, isto é, não poluído; não se menciona o mal no primeiro capítulo do Gênesis; (2) nesse ambiente há ordem, e nele todas as coisas cooperam juntas para o bem; (3) nele existe abundância do bem, tanto em concepção como em provisão.

O homem, tanto macho como fêmea, é definido como sendo a imagem de Deus, feito à semelhança do único criador perfeito. A natureza do homem é descrita especificamente como uma natureza de domínio sobre toda a terra, isto é, sobre o ambiente infinitamente bom que constitui seu habitat natural.

Conclui-se, dessa descrição bíblica: para que algo dessemelhante de Deus, fosse doença, dor, morte e assim por diante, viesse a invadir o ser do homem, teria primeiro de invadir Deus. “Tu, Senhor, és o meu escudo, és a minha glória, e o que exaltas a minha cabeça.” Salmos 3:3. O conceito de Deus como “escudo” é um tema encontrado com freqüência nas Escrituras. O que representa um escudo? Proteção e segurança, barreira contra ataques ou contra qualquer coisa hostil.

Quando Paulo declara que “nele [em Deus] vivemos, e nos movemos, e existimos” Atos 17:28., não estará aí corroborado aquele conceito de homem apresentado no primeiro capítulo do Gênesis? O homem, o único homem verdadeiro, o homem da criação de Deus, está incluído nessa total bondade que é Deus!

Quando temos conscientemente noção de nossa identidade como descrita na Bíblia, bem como a percepção de nossa relação com Deus que essa identidade indica, sentimo-nos em completa segurança. Aí, em nosso habitat natural, vivemos e nos movemos em perfeita liberdade, com total domínio, porque nosso ser é a expressão, a imagem, do único Ser perfeito que é Deus.

Esse é um conceito muito diferente daquele que nos é apresentado a diário nos jornais, nas revistas, na televisão. O que é que escutamos e lemos? A teologia escolástica nos ensina que nascemos pecadores, que somos a prole de Adão, o qual foi formado “do pó da terra” Gênesis 2:7.. Do ponto de vista acadêmico aprendemos, principalmente dos evolucionistas, que evoluímos partindo dos primatas!

A teoria evolucionária e a teológica tentam explicar a origem do homem como matéria, e nos levariam a crer que somos mortais, criadores pessoais, pais e mães de proles que nos pertencem, e que vivemos num ambiente (1) que é uma mescla de bem e mal, (2) que pode tornar-se caótico, (3) que pode carecer de algo essencial para a sobrevivência, (4) ou que nos pode dominar, a nós e a nossa prole. No entanto, pensar que o homem tem origem adâmica ou atômica, contradiz o conceito de que o homem se origina em Deus, o qual é Espírito.

Se em qualquer momento perdermos de vista que nosso Pai e Mãe é Deus, e que “vivemos, e nos movemos, e existimos” na infinidade de Deus, Deus infinitamente bom, estaremos aceitando um conceito errôneo da origem e do ser do homem, e, naquele momento, nos colocaremos num “ambiente estranho”.

Quando nos consideramos mortais, seja como prole seja como pais de outros mortais, esquecemo-nos de que, por sermos a imagem e semelhança de Deus, herdamos somente o que está incluído em nossa origem. E assim nos encontramos a crer que herdamos fraquezas de nossos progenitores mortais e que podemos transmitir tais fraquezas à nossa própria prole. Cremos haver perdido nossa imunidade contra o mal, imunidade que herdamos, e que, por havê-la perdido, estamos sujeitos a toda e qualquer doença, ponto de vista que discorda totalmente da declaração do primeiro capítulo do Gênesis, sobre o nosso habitat e a nossa herança de total imunidade ao mal.

A verdade é, porém, que o homem jamais pode deixar esse habitat natural, pois Deus e Sua imagem jamais se separam. O homem não pode jamais perder sua “imunidade herdada”, pois jamais pode ser menos que a imagem e semelhança de Deus. O estudo da Ciência Cristã nos mantém constantemente conscientes de que Deus é nosso escudo, e de que estamos, na verdade, para sempre a salvo, aos cuidados de Deus.

Ao prosseguirmos em nossa viagem pela África, falava-se muito, por toda parte, de malária. Em muitas zonas o medo de malária assumira proporções epidêmicas. Ao lembrar o comentário do nosso guia, traduzindo-o a termos espirituais diante dessa situação, eu reafirmava com freqüência, durante o dia, que minha origem e meu habitat natural eram o Espírito, e que meu ser era, portanto, espiritual e estava a salvo, aos ternos cuidados de meu Pai-Mãe Deus. O Espírito é o único poder, enche todo o espaço e, assim, eu jamais poderia ser tirada de meu habitat natural. Recusei-me a acreditar que eu era um mortal separado de Deus, num “ambiente estranho”, indefesa diante de uma coisa chamada infecção por malária.

Sob o título marginal “Não há hereditariedade carnal”, o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde de autoria de Mary Baker Eddy, fornece esta declaração animadora: “A transmissão de doença ou de certas idiossincrasias da mente mortal seria impossível se esse grande fato do ser fosse compreendido — isto é, que nada de desarmonioso pode penetrar no ser, pois a Vida é Deus.” Ciência e Saúde, p. 228.

Quando certos sintomas surgiam, e aqueles que nos rodeavam e que não eram Cientistas Cristãos expressavam medo porque sabiam que não tomávamos comprimidos contra malária, eu me apegava firmemente à promessa bíblica: “Fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá, praga nenhuma chegará à tua tenda. Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que te guardem em todos os teus caminhos.” Salmos 91:9–11.

Durante os três meses da viagem pela África, sentimos a segurança que nos advém de estar certos de que a natureza de Deus é o bem infinito, seguros de que a Divindade é a origem única, o Pai e Mãe de tudo. Na realidade, cada um de nós pode demonstrar sua imunidade herdada contra o mal e todas as sugestões de doença, sejam hereditárias, contagiosas, orgânicas ou funcionais, na exata proporção de sua compreensão de que o Espírito é o seu habitat natural.

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