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A mensagem da compaixão

Da edição de fevereiro de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


O legado que herdamos das experiências de Cristo Jesus na cruz e no sepulcro, inclui a mensagem da compaixão — qualidade tão necessária para alcançar-se a humanidade angustiada.

Depois da provação mais difícil do Mestre, este rapidamente, e com compaixão, volveu-se aos que estavam de luto. Logo após a sua ressurreição, ele consolou e abençoou uma mulher em lágrimas, que pranteava a perda de seu Salvador. Essa mulher, Maria Madalena, havia sido curada pelo Princípio divino que Jesus ensinava, e agora Jesus lhe deva novamente a certeza da eternidade desse Princípio salvador, intocado pela morte. Agora, as lágrimas dela podiam ser enxutas. Pouco depois disso Jesus apressou-se a despertar também os discípulos dos temores deles e a elevá-los a uma compreensão mais elevada da Vida que é Deus. Até mesmo o incrédulo Tomé viu-se incluído na compaixão do Mestre. Todos esses incidentes mostram que os ensinamentos de Jesus não foram deixados em teoria abstrata, mas, sim, que elucidavam o Princípio a ser amado e vivido.

No capítulo “A Prática da Ciência Cristã” em Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras Mary Baker Eddy, quem descobriu e fundou a Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), diz: “O sanador a quem falte compaixão por seu semelhante, carece de afeição humana, e temos autoridade apostólica para declarar: ‘Aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê.’ Não tendo essa afeição espiritual, falta ao sanador fé na Mente divina e ele não tem aquele reconhecimento do Amor infinito, que é o único a conferir o poder curativo.” Ciência e Saúde, p. 366.

A fim de ajudar a humanidade, o amor cristão precisa alcançar o doente e o pecador. Jesus, enquanto perdoava a mulher arrependida, na casa de Simão, também repreendia a falta de compaixão do seu anfitrião, com a história dos dois devedores (ver Lucas 7:36–50). O amor do Cristo, o ideal divino que Jesus exemplificava, estende-se tanto ao doente quanto ao pecador, mas o amor que conforta o doente pode freqüentemente parecer ao pecador uma reprimenda. Termos verdadeira compaixão pelo pecador requer o mais profundo sentimento de amor a Deus e ao homem, e mostra a amplitude de nossa devoção.

A dedicação de Paulo ao cristianismo foi, de início, posta em dúvida pelos primeiros trabalhadores cristãos; hesitavam em confiar nele, devido aos ataques que ele anteriormente havia dirigido contra as igrejas cristãs. Até mesmo anos mais tarde, esses antecedentes — para alguns — podem ter sido difíceis de perdoar; não obstante, o próprio Paulo havia aprendido algo do perdão. Escreve ele: “Não nos julguemos mais uns aos outros; pelo contrário, tomai o propósito de não pordes tropeço ou escândalo ao vosso irmão.” Romanos 14:13.

O ser humano que encara seu próximo com compaixão não há de ser aquele que constantemente procura faltas nos outros e, a seguir lhes dá grande dimensão. É o ego humano (a crença numa inteligência separada de Deus), que parece regozijar-se em apontar os erros dos outros, tornando-os públicos, enquanto se compraz em justificação própria e chama a atenção para a própria bondade. Mas podemos libertar-nos, e também a outros, dessa crença num ego pessoal, ao compreendermos e reconhecermos que o Ego divino é o único Ego, a Mente toda inteligente que é Deus. O efeito humano dessa Mente nunca é difamação, mas restauração e regeneração. Eleva a humanidade para que reivindique a sua herança de filhos de Deus.

A falta de perdão para com as pessoas que se arrependeram do mal, dá ao problema um cunho pessoal e isso nunca pode libertá-las. A ternura sanadora expressa-se num hino do Christian Science Hymnal:

Quão doce, quão celeste é a vida
Quando os que amam ao Senhor
Se alegram, cada qual, na paz do outro
E assim cumprem a palavra do Amor.

Livres de orgulho, desdém e inveja,
Nossos desejos todos do alto serão,
Do irmão, cada qual, esconde a fraqueza,
Mostrando a todos amor de irmão.Hymnal, n° 126.

À medida que percebemos a impossibilidade de haver ruptura nas relações entre Deus e o homem, somos capazes de estender a mão em ajuda aos que aceitaram (consciente ou inconscientemente) a discórdia que acompanha a crença numa existência separada do Espírito, Deus. O estado de pensamento que não se deixa iludir pela discórdia (quer seja doença quer pecado) e que percebe o pacto eterno existente entre Deus e o homem, é como janela pela qual o Cristo salvador aparece para ajudar a humanidade. Portanto, precisamos elaborar nossa própria libertação dos males da existência material, a fim de alcançar os necessitados. Não podemos ignorar as exigências feitas ao nosso próprio progresso moral. A Sra. Eddy explica: “Se o Cientista tem bastante afeição cristã para conseguir seu próprio perdão e tal louvor como o que a Madalena recebeu de Jesus, então ele é bastante cristão para exercer a prática científica e tratar seus pacientes com compaixão; e o resultado corresponderá à intenção espiritual.” Ciência e Saúde, p. 365.

Na proporção em que a mensagem da compaixão arder com maior brilho em nossa vida, ficaremos preparados para demonstrar a plenitude do legado do Mestre — a Vida inevitável, eterna.

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