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Há sempre o suficiente do Espírito para nos fazer levantar e viver

Da edição de fevereiro de 1986 dO Arauto da Ciência Cristã


A maioria de nós já leu relatos do triunfo do que se chama o espírito humano. Esses relatos extremamente comovedores talvez contem de sobrevivência ou da superação de grandes adversidades na vida “comum”. Geralmente fazem surgir em nós um influxo do amor que há em nós e um desejo de vivermos com muito mais espírito. Fazem-nos sentir quão profundamente nos interessamos por uma vida realizada e pelo que é bom para todos.

Para aqueles que estão estudando Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), a importância do espírito, ou inspiração, é algo fora de dúvida. Sabem que o espírito do Cristo, que ilumina o pensamento receptivo, diferencia entre enfermidade e saúde, entre preocupação consigo mesmo e liberdade de amar.

Mas o que o mundo geralmente denomina espírito parece estar atualmente sob ataque. Em muitos países, o que é opressão é considerado mera rotina. A dureza de coração e a manipulação desalmada parecem ser coisas cada vez mais comuns nos negócios, no governo, na religião, até mesmo no dito mundo livre. O materialismo contende agressivamente que tudo pode ser reduzido a matéria. O coração humano capitula.

Mas, “o espírito do homem é a lâmpada do Senhor” Prov. 20:27., diz um provérbio bíblico. É, de fato, uma lâmpada de chama inexaurível. Nenhuma circunstância tem o poder de extingui-la.

Aprendendo que Deus é Espírito e que nunca está ausente, vemos que “o espírito do homem” é forte e não fraco, permanente e não flutuante. O modo de começar a aprendê-lo é tão simples quanto começar a dar maior atenção ao Primeiro Mandamento: “Não terás outros deuses diante de mim.” Êxodo 20:3. Mary Baker Eddy, que descobriu a Ciência Cristã, diz, desse mandamento: “...significa que o homem não terá outro espírito ou outra mente senão Deus, o bem eterno, e que todos os homens terão uma única e a mesma Mente.” Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 340.

À medida que, obediente e resolutamente, abandonamos a fantasiosa suposição de que nós, ou qualquer outra pessoa, tenha um espírito, ou alma, pessoal que pode ser perdido ou danificado, e aceitamos que temos um único Espírito, ou Alma, constatamos que nossas impressões mudam. Esse processo conduz a progresso sólido para fora do sentido pessoal e da auto-estima. Requer também que deixemos de nos preocupar com o aplauso do mundo. Temos de estar dispostos a ser pobres do espírito do mundo e ricos daquilo que Deus está provendo! Mas, por meio dessa regeneração, cresce em nós firmemente o reconhecimento de que temos um Espírito invulnerável, constante, em vez de um espírito que parece ser esporádico, sujeito a toda brisa ou rajada materialista.

O que às vezes é chamado do espírito na experiência humana é realmente um lampejo da realidade divina. A razão de a alegria, a coragem, a viva esperança do bem se evidenciarem na existência humana é a de que Deus é Espírito. Ao começarmos a compreender esse fato com maior exatidão, entenderemos que as qualidades puras de Deus são, realmente, indestrutíveis — e que a imagem de Deus, que é o homem, possui para sempre as Suas qualidades. O homem tem vida, ação, inteligência jubilosa, porque reflete Deus. As qualidades de Deus não podem ser exauridas. De certa forma, sempre existe mais lá de onde elas vieram.

O Cientista Cristão vê ecoados nessas afirmações os fatos científicos a respeito do Espírito e do homem criado pelo Espírito. Porque essas verdades são exatas, destroem o erro que os seres humanos criaram, e, assim, promovem curas.

A impetuosa contestação é a de que existe muito mais materialismo e mal do que existe bem, e que o amor e a inocência do homem podem ser sobrecarregados, enfraquecidos. Mas isso parte primeiramente da hipótese de que a alma está na matéria. A verdade é que só Deus é o Espírito e a Alma, e que o homem não possui alma que possa ser perdida. O homem, por sua própria natureza, é o reflexo espiritual, contínuo, substancial, do único Espírito infinito, Deus. Deus não coloca o espírito na matéria, onde aquele poderia ser destruído.

O Espírito é sempre “mais” do que qualquer coisa que o assim chamado mal possa erigir. E, pela Ciência Cristã, começamos a comprovar não só que o Espírito é “mais” do que a matéria e a irracionalidade desta, o Espírito é a única e grande realidade.

A aparente ausência de vitalidade, quer seja opressão desesperadamente injusta, enfermidade que consome a energia, ou inspiração exaurida, não é verdadeira, mas, sim, errônea. Conquanto os sentidos físicos possam não vê-lo, existe sempre “suficiente” Espírito para um indivíduo recomeçar a vida, para trazer paz às famílias, para pôr fim aos conflitos nas igrejas, para dar nova direção a países inteiros: suficiente Espírito para anular o mal, que é mentira, e para impelir a humanidade ao cumprimento de seu destino espiritual.

Se você e eu não soubéssemos das muitas ocasiões menores em que isso já aconteceu, a perspectiva mais ampla poderia parecer mera utopia. Mas temos conhecimento de curas físicas ocorridas quando já parecia não haver um só fio de esperança ou de vitalidade sobre que edificar. Não temos de procurar vigor num homem mortal ou numa circunstância mortal, pois o vigor aí não se encontra. Foi, afinal, “o Espírito de Deus descendo como pomba” Mateus 3:16., o Espírito Santo, o que animou Cristo Jesus e lhe deu poder. Jesus recebeu poder lá do alto, assim o recebem também os seus seguidores atuais.

O de que precisamos, então, é da Ciência do Espírito, que abre as portas e janelas do coração à alegria deste único fato importante, o fato, inacreditável ao pensamento humano não esclarecido, mas maravilhoso para aqueles que são pobres do espírito do mundo, o fato perante o qual tudo o mais perde a significância: o Espírito divino é onipresente, onipotente, oniativo.

A Sra. Eddy escreveu certa vez, por ocasião de uma manhã de Páscoa: “O Espírito está dizendo à matéria: Não estou aí, não estou dentro de ti. Observa o lugar em que me colocaram; mas o pensamento humano ressuscitou!

“Foi transpassada a intensa tristeza da mortalidade. Foi afastada a pedra.”The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, p. 191.

Cristo Jesus, com seu exemplo, ajuda-nos a captar a natureza da condição invulnerável de homem perfeito que é o reflexo de Deus. Sua ressurreição ajuda-nos a ver que nada de espiritual foi alguma vez enterrado, nem nunca será possível enterrar a expressão do Espírito.

Não importa quão grande seja o ódio, a injustiça, o mal, a tragédia, o Espírito não foi atingido por nenhuma circunstância material. Nossa compreensão cada vez maior torna-nos conscientes disto: da presença imorredoura, imarcescível, de Deus, que é a Vida do homem. A primeira Páscoa do mundo tem coisas maravilhosas a dizernos quanto a haver sempre o suficiente do Espírito para nos fazer levantar e fazer-nos viver.

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