Pare por um minuto e rememore uma de suas mais preciosas curas na Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss)....
Lembre-se de como se sentiu chegado a Deus, de como esteve certo da Sua presença e do Seu poder, de como ficou grato pela operação de Sua lei. Após termos tido uma cura pela Ciência Cristã, já não somos a mesma pessoa. Fomos tocados pelo Cristo, de um modo todo especial.
Acaso sua cura não trouxe a você um desejo, brotado do fundo do coração, de partilhar com outras pessoas a verdade que lhe restaurou a saúde? Talvez você até tivesse como que ouvido uma ordem de fazer alguma coisa, em razão de ter percebido em sua vida uma missão divina, um chamamento sagrado.
É possível que você não tivesse ouvido o seu nome chamado com tanta clareza como o do menino Samuel, quando este respondeu: “Fala, porque o teu servo ouve.” Ver 1 Samuel 3:1–10. Mas, provavelmente você começou a acalentar o pensamento, animado pela centelha do Cristo sanador, e que continuou a crescer em seu coração — de sua missão individual de curar. Começou aí, para você, sua prática da cura pela Ciência Cristã!
Talvez você acredite que esse desejo de curar se tivesse originado em seu próprio pensamento. Mas ele, na realidade, procede de Deus, a fonte de toda volição e ação. Considere seu amor cada vez maior pelo Cristo; sua convicção da presença curativa de Deus. Você está começando a caminhar nas pegadas de Cristo Jesus.
O grande Mestre está falando a seus seguidores de agora e de todos os tempos: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros, e vos designei para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.” João 15:16.
Essas palavras estão dirigidas a cada um de nós! Que privilégio é sentir-se chamado; como é precioso ter sido divinamente ungido! Você é querido, é o amado do Amor. Você tem um lugar a ocupar e a habilidade de desincumbir-se da missão que Deus lhe inspirou.
Lembre-se, também, do quanto você é necessário! Há tão poucos trabalhadores na vinha de Deus, e o mundo necessita daquilo que você tem a dar. Assim, este chamado não é apenas para alguma outra pessoa, para aquele outro membro da igreja a quem você julga tão bem qualificado. O chamado é para você e para mim!
“Mas,” talvez você pergunte, “como posso atendê-lo? Não tenho conhecimentos suficientes.” Ou: “Não pronto para atender ao alto chamado da cura espiritual.” Esses argumentos vêm a todos nós. Mas, pergunte-se: Quem é o “eu” que produz a cura?
Deus é o grande Eu Sou, e a idéia de Deus, o homem, expressa o ser de Deus. De modo que Deus é o “Eu” de nosso ser. É aqui que encontramos nossa identidade como reflexo de Deus e a aptidão crística de curar.
Ao darmos testemunho da Verdade, alimentamos aquilo que é espiritualmente real. Quando compreendemos a natureza espiritual da criação de Deus, somos capazes de nos apegar ao verdadeiro e possibilitar vir à luz a lei perfeita e divina da cura. Mas a cura na Ciência Cristã não é um feito pessoal; ela é a atividade do Cristo. Quando oramos, e quando acalentamos a espiritualidade, descobrimos a natureza crística inata e a autoridade divina para fazermos a vontade de Deus.
Grande alegria acompanha o conhecimento de que a obra de cura não se origina em nós mesmos, pois sabemos que a cura espiritual demonstra a onipotência da Mente divina, que é o único sanador. De maneira que ficamos livres do fardo do sentido pessoal, ao demonstrarmos uma mentalidade voltada para as coisas do Espírito, a qual expressa a única Mente infinita. Adquirimos a convicção do domínio que Deus nos deu.
Esse é o resultado natural de orarmos profundamente por refletir Deus. A Ciência Cristã dá-nos a capacidade de nos identificarmos como a expressão do ser de Deus e de confirmarmos que não existe separação entre nós e nosso Princípio divino, o Amor.
Portanto, quando estamos certos de nossa própria integridade e quando nos harmonizamos com a bondade de Deus, a cura é tão inevitável quanto o brilho do sol. Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, constata: “Era a consumada naturalidade da Verdade na mente de Jesus, o que tornava fáceis e instantâneas as curas que ele efetuava.” Miscellaneous Writings, p. 200.
Nada, portanto, deve impedir-nos de assumir nossa missão de curar. Não há nada mais importante para nós individualmente ou para o mundo. A resistência argumentaria de muitas maneiras, quer como timidez, autodepreciação, quer como procrastinação. Se quisermos esperar pelo consentimento da assim chamada mente mortal, teremos de esperar por muito tempo! É pela consagração e pelo amor ao bem que achamos ou arranjamos tempo de comungar com Deus e crescer em graça. Não há nenhuma atividade que proporcione maior alegria.
Nossa dedicação e nossa devoção à Verdade curativa ajudam-nos a estabelecer as prioridades de maneira tal que sejamos coerentes, não permitindo que coisa alguma nos roube o tempo de que necessitamos para beber avidamente da fonte da Verdade divina. Nosso estudo é profundo, não é superficial nem esporádico. Descobrimos a importância de meditar realmente nas jóias espirituais, assenhoreandonos delas. A cura será, então, espontânea.
Haverá coisa mais maravilhosa do que descobrir que é o propósito de nossa vida glorificar nosso criador, mediante a cura espiritual? Descobrimos que gostamos do trabalho da cura, e que estamos sendo, de fato, chamados a realizá-lo. A Sra. Eddy afirma, dos discípulos dos dias atuais: “Coisas gloriosas são ditas a vosso respeito em Sua Palavra. Vós sois um povo escolhido, cujo Deus é — o quê? Ora! Tudo.” Ibid., p. 151.
Aqui temos um ponto vital! O de que Deus é Tudo. Aqueles que discernem que Deus é Tudo, são, de fato, um povo escolhido. Por quê? Será porque é essencial perceber a unicidade da criação de Deus e compreender que, em verdade, não acontece coisa alguma afora aquilo que é divino? A Ciência Cristã refuta o dualismo, e a cura espiritual demonstra que não existe coisa alguma fora da totalidade de Deus.
Começar pela totalidade de Deus, é nisso, portanto, que está toda a diferença. Porque Deus é Tudo, podemos reivindicar a irrealidade de todo tipo de discórdia, seja ela carência, terrorismo, fome, guerra, crime, e apressamo-nos a comprovar que tudo isso é irreal.
Assim, pois, a chave para a cura na Ciência Cristã, é a atividade do Cristo, o qual dá testemunho da infinidade da criação espiritual de Deus. Podemos refutar, negar e destruir as pretensões errôneas da materialidade. Então, abençoamos a humanidade, ajudamos a estabelecer a paz e demonstramos a existência, em maior proporção, do reino da harmonia.
Por outro lado, é importante jamais começar pela dificuldade, para lhe encontrar a solução. Por exemplo, começar pela dor, a doença, a carência, a perda, a fim de encontrar a resposta, é cair numa armadilha. A Ciência Cristã ensina que o ponto de partida correto é o de que Deus é Tudo.
Assim, ao trabalhar tendo o ponto de partida em Deus, nosso raciocínio se estabelece na compreensão crística, partindo da causa para o efeito. Deus é a causa única. O homem é o efeito. Preste atenção e verá quantas vezes você quase cai no erro sutil de pensar desde o ponto de vista do homem, do efeito; ou desde um ponto de vista pessoal, sua própria perspectiva, sua própria dificuldade, ao invés de raciocinar a partir do ponto de vista de que Deus é a Mente única! Somente uma causa perfeita pode resultar num efeito perfeito.
Em poucas palavras, pode-se dizer que, na Ciência Cristã, o tratamento expressa o que Deus sabe ser verdadeiro com respeito à situação; é a Mente revelando a si mesma. Baseados nisso, afirmamos o que é divinamente verdadeiro e negamos especificamente as crenças falsas, as contrafações, em cada situação. Aí, a compreensão clara e inspirada, sobre o que é espiritualmente real, revela a harmonia sob a forma de cura.
A cura espiritual nos dias de hoje está demonstrando o cristianismo primitivo. De nossa fidelidade à palavra e às obras de Cristo Jesus vem o êxito na cura. A consciência espiritualizada capacita-nos a desconsiderar a ficção do raciocínio materialista e as suas pretensões intimidadoras. Ficamos capacitados a pôr a descoberto, e a anular, as crenças de vida na matéria e seus produtos de discórdia, doença e morte.
Você não concorda que uma atitude crística prepara o terreno para a prática? Pondo de lado a mundanalidade, que não presta para nada, e seu modo material de medir o êxito e as realizações, mantemos um só propósito e permanecemos devotados à obra de curar. Abrimos nosso pensamento ao privilégio inestimável, a alegria suprema, da cura espiritual que está à disposição de toda a humanidade, na prática da Ciência Cristã. Nenhuma conspiração da chamada mente mortal poderá enganar-nos.
Todo praticista da Ciência Cristã lhe dirá de obstáculos a serem transpostos: resistência disfarçada em apatia, desconfiança, timidez. Talvez tenhamos de provar com maior empenho, por exemplo, que nosso suprimento procede de Deus. Isso pode ser prontamente comprovado em toda fase de nossa vivência. O homem inclui todo o bem por reflexo; ele é a plena e completa expressão de tudo quanto Deus é. Cada um de nós pode descobrir que o Amor divino está sempre presente, e que esse Amor há de estar constantemente presente de maneira apropriada, para suprir a toda nossa necessidade.
Todo praticista que está na prática pública pode também contarlhe de empecilhos que se levantam contra esse trabalho sagrado. As atividades humanas tentam nos manter no redemoinho de ocupações que poriam obstáculo ao nosso crescimento espiritual. Não permitamos que coisa alguma nos roube a quietude interior que acalenta o Cristo sanador. Talvez se faça necessário que ponhamos paradeiro decisivo, com um inequívoco “não”, às persistentes exigências que roubam nosso tempo. Nossas boas intenções não poderão ser frustradas se permanecermos inabaláveis em nosso propósito de alcançar a meta elevada.
Outro obstáculo comum que postergaria e atrasaria ad infinitum nosso ímpeto de progredir, é o opressivo senso de responsabilidade pessoal por outras pessoas. Nem criancinhas nem membros mais velhos da família precisam deter-nos, quando sabemos que uma idéia de Deus nunca interfere com outra. Saber que o Amor divino supre a toda necessidade humana pode libertar-nos a todos, e pode abrir, a oportunidades, portas que de outro modo permaneceriam fechadas.
O desejo sincero de cuidar dos negócios do Pai nasce de Deus e traz consigo não apenas a inspiração, mas também o cumprimento do desejo e o suprimento de Sua graça. O Amor divino abre o caminho e revela o sagrado plano de Deus para cada um de nós.
O trabalho de cura a que nos dedicamos é o resultado de nossa crescente identidade crística. Esse é o nosso maior tesouro, pois a espiritualidade não pode ser oculta. Podemos acalentar a consciência espiritual em expansão; podemos fazer com que ela brilhe em nossa crescente habilidade de ver a perfeição e a beleza da criação de Deus.
É aqui, pois, que achamos nossa prioridade número um. Quando cultivamos em nós a habilidade de ver o que é divinamente real a cada momento do dia, descobrimos que oramos sem cessar. Ver 1 Tess. 5:17. Permanecemos alerta, perspicazes, vitoriosos. Vigiamos e corrigimos a correnteza descendente da mentalidade materialista.
Portanto, podemos todos abrir o coração a esta maravilhosa Ciência do Cristo e verificar seu potencial para toda a humanidade. Mais do que ampla como o mundo, ela é ampla como o pensamento. O pensar crístico é o maior capital que você tem, a dádiva mais valiosa que você pode compartilhar com a humanidade. Torna-se possível descobrir que, ao invés de “receber” as notícias do dia, o modo de pensar espiritualizado “formula” tais notícias.
Há pouquíssimos trabalhadores dispostos a orar, a pensar e trabalhar espiritualmente em prol de toda a humanidade, em vez de se deixarem envolver no muito que fazer material. Sejamos gratos não somente porque contamos com recursos prementemente necessários, mas também porque podemos produzir muito fruto. Nossa Líder, a Sra. Eddy, valorizava todo trabalhador sincero. A um de seus fiéis sanadores, ela escreveu: “A posição de verdadeiro Sanador científico é a mais alta que se pode atingir nesta esfera da existência. Sua altitude está bem acima da de um Professor ou de um pregador; ela inclui tudo quanto é divinamente elevado e santo.” Citado em Robert Peel, Mary Baker Eddy: The Years of Authority (Nova Iorque: Holt, Rinehart and Winston, 1977), p.101.
Já não estará na hora? Hora de você se considerar um praticista da Ciência Cristã? Pense nisso! Você pode expressar o espírito do Cristo, a espiritualidade, a pureza, a santidade, a consagração, o amor. Você pode curar e abençoar; pode apanhar o manto e aceitar sua missão cristã de curar.
