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Cristo “no meio”

Da edição de fevereiro de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


... e nunca tanto como quando estamos participando
da reunião de nossa associação

Na história da criação relatada no Gênesis, a ação precede a fala: "O Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz...." Gênesis 1:23. Em Marcos lemos: "Jesus, profundamente compadecido, estendeu a mão ... e disse-lhe: ... fica limpo!" Marcos 1:41. Saulo adotou o nome de Paulo quando se tornou o exponente do cristianismo. Nossa Líder, a Sra. Eddy, primeiro curou e só depois expôs a Ciência Cristã.

Na Ciência Cristã a ação não apenas proclama mais alto que as palavras: precede-as. A verdadeira comunicação não tem origem numa mente finita e pessoal a fazer afirmações acerca da Ciência do ser. A comunicação genuína é o efeito do pairar do Cristo por sobre as águas do pensamento não formado. E a ação do Logos, do Verbo, o qual desde "o princípio" cria e revela.

É grande a alegria que sentimos quando reconhecemos que, durante todo o dia da reunião da associação, o espírito-Cristo está trazendo à luz algo mais acerca da criação perfeita de Deus, revelando essa mesma criação através de formas tangíveis. Uma vez que essas formas suplantam e substituem as imagens deformadas da mente mortal, não admira que muitos descubram que a reunião é uma ocasião de cura para si próprios. E muito mais.

Historicamente, existe uma relacão entre as associações e a igreja. Antes de dar à sua Igreja uma organização adequada, nossa Líder congregou os seus estudantes numa associação. Hoje em dia, uma vez que os membros das associações são oriundos de diferentes igrejas filiais e as reuniões anuais das associações têm lugar em ocasiões diversas, as associações estão, constantemente, a infundir inspiração e a produzir curas no movimento e, conseqüentemente, nas nossas igrejas filiais. Aquele que regressa de uma reunião de sua associação, revela-se, freqüentemente, como uma lufada de ar fresco para a congregação. Isso constitui outra forma de Deus alimentar Seu rebanho.

Esse ato de alimentar, refletindo a atividade divina, incute energia às ações posteriores. O indivíduo inspirado, fortalecido pela reunião da associação, acaba por descobrir que seus desejos se estenderam até se converter em demonstração efetiva. Esse impulso espiritual age como levedura entre os membros do quadro social inteiro da igreja e torna-os aptos a chegar ao coração de todos aqueles que talvez nunca dantes tenham sentido o toque da Ciência do Cristo.

Cada reunião de associação tem a possibilidade de envolver o mundo. Pode de tal forma refletir o amor de Deus para com o mundo, que a historicidade do advento de Jesus é compreendida em termos da presença efetiva do Cristo "no meio" dos que se encontram reunidos. Não há nenhuma outra reunião sobre a terra comparável a uma reunião de associação. Não existe tampouco outra, repleta de tão grandes possibilidades.

Esse acontecimento coloca, freqüentemente e de direito, sobre todos os membros, uma responsabilidade tão intensa, que estes sentem a necessidade peremptória de responder ao convite sempre válido de Cristo Jesus: "Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei." Mateus 11:28. Não se deve permitir que coisa alguma dessemelhante do Cristo penetre nesse dia tão importante. Dessa forma, e apenas dessa forma, é que cada um de nós poderá perceber que esse dia não exige esforço, mas sim produz aquela sensação de alívio que a ação do Cristo proporciona.

Uma das formas de encarar cada reunião da associação e orar por ela consiste em recorrer ao salmo vinte e três, usando, como o faz nossa Líder, o sentido espiritual de Divindade. Ver Ciência e Saúde 577:33–18. Numa bela imagem de retórica, encontramos o Pastor, o Amor divino, com seu rebanho. Pode ser que as ovelhas estejam com forme, mas nada lhes falta. Ao contrário, estão dispostas a ser encaminhadas a pastos verdejantes e, talvez, novos pastos, onde repousarão. A Bíblia está cheia de palavras tais como repousar, habitar e permanecer. O estar deitado em pastos verdejantes não significa, necessariamente, adormecer, mas sim habitar nesses pastos o tempo suficiente para que novas idéias possam surgir e ser assimiladas.

As águas estão calmas, como um espelho. Não são turbulentas, não inundam a pastagem, não a prejudicam. Mas não deixam de ser água, de constituir um fluido sobre o qual o espírito de Deus possa pairar e, segundo as palavras de nossa Líder, formar o "conceito perfeito". Às vezes, esse conceito aparece em toda sua maturidade, exatamente quando o orador o apresenta. "Espera tu pacientemente que o Amor divino paire sobre as águas da mente mortal e forme o conceito perfeito." Ciência e Saúde, p. 454. Nenhuma idéia correta, vinda de Deus, é jamais desperdiçada.

Será que alguém põe em dúvida que durante as reuniões de associação o Amor divino restaure o sentido espiritual, ou que tenhamos necessidade dessa restauração? Tampouco duvidamos de que somente o sentido espiritual pode nos conduzir pelo único caminho em que Deus nos guia: pelas veredas da retidão.

É em Seu nome, não para os nossos objetivos limitados, nem para a realização de qualquer ambição egocêntrica de sermos melhores do que o próximo, que Ele nos conduz. É uma viagem que todos nós, afinal de contas, temos de fazer, viagem essa que revela o reino dos céus, onde, nas palavras de nossa Líder, se verifica que "... o homem não tem retidão própria, mas possui 'a mente do Senhor', como dizem as Escrituras." Ibid., p. 291.

Embora o dia da reunião da associação encerre em si a possibilidade de busca e obtenção do céu, não nos deixa nas nuvens, sujeitos a sermos arrastados pelo vento e tornarmo-nos ineficazes. Cristo Jesus trouxe à terra o que era considerado um céu "distante". Ele disse: "O reino de Deus está dentro em vós." Lucas 17.21. Podemos considerar essa tradução, que em inglês corresponde à da versão King James, de um modo bem mais subjetivo, ou adquirir uma percepção mais coletiva, se atendermos à tradução da versão inglesa Revised Standard Version: "O reino de Deus está no meio de vós." Quer um indivíduo encare essa promessa como sendo para si próprio, quer como sendo para todos os membros da associação, percebemos que o reino dos céus encontra-se aonde o dia da reunião conduz, e, em termos absolutos, no próprio local onde a reunião se realiza.

Não necessitamos ter medo, mesmo que a morte nos lance sua sombra ou nos tente a entrar no seu vale. A vara do Amor é forte na orientação que nos dá e o cajado do Amor é afável no consolo que nos concede. Nossa caminhada é feita na presença de Deus. Efetivamente, sempre que participamos da reunião de nossa associação, estamos caminhando cada vez mais na presença de Deus, cada vez menos na presença do mesmerismo da matéria.

Hoje, tal como ao longo da história do cristianismo, existem inimigos da espiritualidade. Mas eles não nos podem tocar, a menos que façamos deles nossos inimigos, ou caiamos na sua mais sutil tentação: tornarmo-nos inimigos uns dos outros. A mesa magnânima do Amor está posta para que irmãos e irmãs partam o pão. O inimigo é contrariado pelos que são alimentados por Deus, fortalecidos na sua unidade. E os ungidos da taça transbordante do óleo da brandura e da oração, abraçam com amor até aqueles chamados seus oponentes.

As últimas linhas do salmo vinte e três constituem uma promessa e são uma profecia para os dias subseqüentes. Corações repletos de bondade e misericórdia tendem uns para os outros cheios de bênçãos. Os membros da associação, alimentados, orientados, ungidos, vislumbram a possibilidade de habitar para sempre na consciência do Amor. E descobrem que, pelo fato de se reunirem, o Cristo está realmente no meio deles, impelindo-os a curar mais eficazmente, estabelecendo melhor coordenação entre o que dizem e o poder do Amor.

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