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PIONEIROS DA CAUSA

A Causa da Ciência Cristã, em seus primórdios, atraía colaboradores do mundo inteiro. Movia-os um ânimo vivificante, uma convicção de que era a maior de todas as Causas e a ela entregavam-se por completo. A presente série analisa algumas das razões pelas quais esses indivíduos assumiram o compromisso de dedicar-se à Causa.

Eles atenderam ao chamado: William P. McKenzie

Da edição de julho de 1990 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando William McKenzie, aos trinta e três anos de idade, conheceu, no dia de Natal de 1894, a Líder da Ciência Cristã, então com setenta e três anos, ali mesmo e naquele mesmo instante, tornou-se seu servo, com "o mesmo sentimento de fidelidade com que um novo membro se une a um clã." Carta de McKenzie a Lyman Powell, 19 de agosto de 1932, Arquivos e Biblioteca d'A Igreja Mãe.

Essa vívida descrição da fiel devoção de um jovem à Sra. Eddy e à sua missão religiosa, por ele expressada com tanto ardor quase quarenta anos depois daquele encontro de dezembro, também retrata com exatidão o caráter desse homem. Realça os traços de integridade característicos dos escoceses, dos quais era descendente, revelando seu idealismo cristão e eloqüência poética.

Como filho primogênito e primeiro neto de ministros presbiterianos, William McKenzie, nascido no Canadá, tinha sido destinado por seus pais ao ministério religioso. Dedicou-se, desde jovem, à busca de uma compreensão acerca de Deus que o satisfizesse. Rememora que, "aos catorze anos, passava noites em claro, pensando no enigma da expiação e nos horrores que o 'inferno' lhe sugeria." Carta de McKenzie a Septimus J. Hanna, 22 de setembro de 1894, Arquivos.

O Rev. McKenzie debateu-se com esses temas doutrinais, mesmo depois de ter iniciado seu ministério pastoral, que duraria quatro anos. Sofreu um esgotamento nervoso e chegou ao ponto em que o único ensinamento bíblico que conseguia aceitar, era o de que Deus é Amor. Só então recuperou a saúde e voltou à sua paróquia. Reminiscências de Daisette D. S. McKenzie, pp. 16-17, Arquivos.

Logo depois, graças aos esforços da Srta. Daisette Stocking (com quem mais tarde se casou), captou o verdadeiro significado da Ciência Cristã. Quando se dedicou à Ciência, não perdeu mais tempo e pediu demissão da igreja presbiteriana, em setembro de 1894, porque, segundo declarou, "a ordem do rei era urgente." Carta de McKenzie a Hanna, 21 de setembro de 1894, Arquivos.

Com a mesma presteza, para espanto de alguns Cientistas mais antigos, a Sra. Eddy, no mês seguinte, o incluiu entre os Primeiros Membros d'A Igreja Mãe, mesmo antes de conhecê-lo pessoalmente. Por que agiu assim, talvez fique claro numa carta que ela lhe escreveu uns dias antes: "Seu poema em nosso Journal é como a canção dos remidos, como os sorrisos e as lágrimas dos recém-nascidos que anseiam pelo leite puro da Palavra. Tocou as fibras mais profundas de meu coração." Carta da Sra. Eddy a McKenzie, 2 de outubro de 1894, Arquivos (L04847). Ver Journal, Vol 12, outubro de 1894, p. 297. (Durante as cinco décadas seguintes, William McKenzie tocaria as fibras de muitos corações, com seus numerosos poemas, inclusive os sete que constam do atual Hinário da Ciência Cristã, quatro dos quais constam do Hinário em português.)

No entanto, mesmo um terno poeta cristão precisa sofrer os rigores do discipulado cristão. "Quando era pastor" escreveu ele à Sra. Eddy, "eu era tido na conta de homem bom, mas quando a Ciência tocou o eu moral, 'reviveu o pecado, e eu morri.' " Carta de McKenzie à Sra. Eddy, 9 de janeiro de 1897, Arquivos.

Esse bom cristão, ao saber o que é necessário para ser constante na Ciência Cristã, escrevera: "... a força de vontade, na qual eu antes me deleitava, morreu e meu coração orgulhoso se abrandou, até eu me tornar como uma criancinha, desejoso, não de conduzir, mas de ser conduzido." Carta de McKenzie a Hanna, 22 de setembro de 1894, Arquivos. Durante o processo judicial da Sra. Woodbury contra a Sra. Eddy, que chegou ao auge em 1901, a disposição do Sr. McKenzie, de ser "conduzido", foi posta à prova de maneira dolorosa, mas ao final o guiou por terreno seguro. Suas numerosas realizações em prol da Causa da Ciência Cristã revelam o quanto ele teve êxito nas lutas cristãs travadas consigo mesmo.

No começo do século, sob ordens da Sra. Eddy, o Sr. McKenzie trabalhava como membro da Comissão de Lições Bíblicas e era, ao mesmo tempo, um dos três primeiros Fideicomissários da Sociedade Editora. Era também conferencista e Primeiro Leitor de Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Cambridge, Massachusetts. Além disso, naturalmente, trabalhava como praticista e professor da Ciência Cristã (havia participado do último curso ministrado pela Sra. Eddy, em 1898).

A Sra. Eddy fez uso dos conhecimentos literários do Sr. McKenzie, ao preparar as várias edições do Manual d'A Igreja Mãe. Incumbiu-o também, junto com Edward Kimball, de fazer a leitura de provas de sua revisão de Ciência e Saúde, em 1901. (Nesse mesmo ano o Sr. McKenzie tornou-se cidadão norte-americano por naturalização.)

Era evidente que a infatigável Líder da Ciência Cristã esperava que seus seguidores fossem também incansáveis em viver o que ela ensinara: "A canção da Ciência Cristã é 'trabalhar, trabalhar, trabalhar, vigiar e orar'." Message to The Mother Church for 1900, p. 2.

Em 1917 o Sr. McKenzie deixou o Conselho de Fideicomissários, a fim de tornar-se Redator do Journal, do Sentinel e do Arauto e serviu nesse cargo até renunciar, por ocasião do litígio entre os Diretores e os Fideicomissários. Em 1922, após a vitória dos Diretores, o Sr. McKenzie tornou-se novamente Fideicomissário. Dez anos mais tarde, foi eleito Director d'A Igreja Mãe.

Durante o litígio, fez um depoimento no tribunal, explicando o que motivara, durante toda a sua vida, a lealdade para com sua Líder: "Eu servi minha Líder como o teria feito um filho, durante todos os anos em que ela esteve conosco." Citado de Proceedings in Equity, 1919–1921 (Boston: The Christian Science Publishing Society), p. 552.

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