Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer

Em todas as partes do mundo os programas em ondas curtas do O Arauto da Ciência Cristã chegam a um grande público. Achamos que os leitores que ainda não tiveram a possibilidade de ouvir essa transmissões gostariam de ler, de vez em quando, algo desses programas radiofônicos.

A espiritualidade extingue o poder do ocultismo

Da edição de junho de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


: Bem-vindos ao O Arauto da Ciência Cristã. O título deste programa é “A espiritualidade extingue o poder do ocultismo”. É um privilégio termos hoje em nossos estúdios o Sr. Orlando Trentini, de São Paulo, Brasil. Pergunto a você, Orlando, o ocultismo tem muita aceitação em seu país?

: Sim, e parece afetar a vida de muitas pessoas, muitas vezes sem que elas se dêem conta. Outras vezes, elas participam ativamente nos rituais de ocultismo. Acho que ocultismo é um termo muito vasto que abarca suas várias práticas.

Bea: Talvez devêssemos definir o termo ocultismo.

Orlando: O ocultismo está baseado na crença de que poderia haver poder sobrenatural ou supernormal em algum lugar do universo ou então nas árvores, nos rios, nos astros. De alguma forma, esse poder sobrenatural teria influência sobre o ser humano.

Bea: Tanto boa como má, não é mesmo?

Orlando: Exatamente. Uma grande porcentagem da população, no Brasil, é afetada pelas crenças de feitiçaria e seus rituais que se originaram na África.

Bea: A feitiçaria não acontece só em seu país ou em alguns países. Minha cidade natal, nos Estados Unidos, foi conhecida em certa época como “o centro do ocultismo da América”. Outra estatística a respeito desse subúrbio é que nele havia maior porcentagem de pessoas com formação universitária do que na maioria dos outros subúrbios. De forma que estamos falando de uma feitiçaria que não envolve apenas pessoas com pouca instrução. Esse tipo de pensamento permeará qualquer nível de instrução ou de experiência que as pessoas tenham, se elas não tiverem um conceito da bondade divina. Os índios do Brasil, eles também praticavam o ocultismo?

Orlando: Eles tinham suas próprias crenças. Acreditavam na lua como um deus; o sol era outro deus, tal como os egípcios e outras populações também. A feitiçaria oriunda da África é nociva porque as pessoas que a praticam têm feiticeiros (que no Brasil são chamados de pai-de-santo ou mãe-de-santo). Não há nada que os restrinja no que pretendam fazer, pois se uma pessoa pede para fazerem algo de bom ou de mau, eles fazem, desde que sejam pagos.

Bea: Alguém vai ao pai-de-santo e diz: “Eu não gosto de minha nora.” Que é que pode acontecer?

Orlando: Bem, eu tive um caso exatamente assim. Certo dia uma mulher veio a meu escritório. Disse-me: “Preciso de ajuda, pois meus sogros foram a uma mãe-de-santo e pagaram para que ela fizesse um ‘serviço’ com os espíritos maus a fim de que eu me torne prostituta; assim eles terão motivo para me tirarem meus dois filhos. Eles conseguiram me tirar meu marido e agora querem meus filhos. A não ser que eu tenha um comportamento imoral, a lei me dá o direito de ficar com as crianças.” Sabem quem contou a ela sobre essa má prática? Foi sua vizinha, que é mãe-de-santo e veio um dia lhe contar: “Sabe, eu fiz uma coisa muito ruim contra você. Por isso, quero alertá-la. Estas são roupas suas e seu retrato, que eles me trouxeram e com esses objetos eu fiz um ’serviço’ para você tornar prostituta.” Essa mulher ficou muito alarmada. Perguntou para a mãe-de-santo: “Quanto eles lhe pagaram? Eu lhe pago o mesmo valor para você desfazer essa feitiçaria.” A mãe-desanto então disse: “Ah, sinto muito, mas eu fiz um serviço completo, por isso, só alguém que está acima de mim tem poder para desfazer o mal que eu fiz.” Para mim, parece existir uma espécie de máfia dentro da feitiçaria. Fazem um serviço para prejudicar alguém e depois aconselham a pessoa para que vá a outro feiticeiro que está acima deles e que cobra um valor maior. É mais ou menos como recomendar um especialista. Cada um deles cobra pelo que faz. E cobram muito bem. Essa senhora não tinha o dinheiro para ir procurar o pai-de-santo que estava acima, na hierarquia deles, e assim veio procurar um praticista da Ciência Cristã e é claro que, por meio da oração, anulamos toda essa maldição. Ela era realmente a idéia perfeita de Deus, criada para ser pura e honesta e virtuosa e cheia de integridade. Nenhuma sugestão da mente mortal ou da mentalidade mortal, desejando que ela se tornasse uma pessoa depravada, uma prostituta, poderia alterar o fato de que estava unida com a Mente divina. Ela estava no escritório de um praticista da Ciência Cristã porque queria a Deus. Ela não queria nada com o mal. Portanto, o mal não tinha nenhum poder sobre ela, visto que já havia escolhido estar do lado de Deus.

Bea: Quando o procurou em busca de ajuda, essa mulher sabia que você não era um pai-de-santo?

Orlando: É claro que sabia, pois no escritório de um praticista da Ciência Cristã não se vê nenhum dos objetos com que se fazem as feitiçarias. Ali as pessoas encontram a Bíblia e o livro-texto da Ciência Cristã, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras de autoria de Mary Baker Eddy. As pessoas encontram uma atmosfera totalmente diferente. Uma atmosfera que se baseia na confiança e na pureza, na sinceridade; não há nada escondido no escritório de um praticista. Não há música suave, nada de psicologia, nenhuma influência humana sobre a pessoa que procura ajuda, nada de tentar mudar a mente do paciente. O que existe é o elo espiritual que há entre a pessoa e Deus, a Mente divina. É o Cristo, falando ao praticista e ao paciente, quem efetua a cura.

Bea: Sempre gostei muito da afirmação de Cristo Jesus: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” Mateus 18:20. Sei que quando alguém vem ao escritório de um praticista não são apenas duas pessoas falando. É o Cristo que está ali. É a divina manifestação de Deus falando à consciência humana. Não é de surpreender que haja curas. Então, o que foi que aconteceu depois?

Orlando: Ela se libertou. A maldição lançada contra ela não tinha poder e não teve efeito contra ela.

Bea: Orlando, quero deixar absolutamente claro que estamos dizendo que o mal não tem poder, não é mesmo?

Orlando: O mal, quer seja chamado de feitiçaria, quer de ocultismo, não tem poder, pois Deus é o único poder. O mal não tem mais poder do que os homens lhe atribuem. Realmente, do ponto de vista de Deus, com base na pureza e no bem, o mal não tem poder nenhum. Fortalecemos nossa base quando nos libertamos do medo, que geralmente está ligado ao ocultismo e à má prática, e nos estabelecemos em união com a Mente divina, a verdadeira e única Mente.

Bea: De fato, o poder de Deus destrói toda pretensão do ocultismo, toda pretensão ao poder, não é?

Orlando: Por certo, porque não há um poder que possa se opor ao poder de Deus, que é o único poder. Deus é Amor. Nós somos filhos de Deus, os descendentes do Amor. Portanto, ao expressarmos amor genuíno, ternura, misericórdia, gratidão, e sentindo esse amor brotar de dentro de nós, sentimo-nos em perfeita união com o Amor divino. Sendo esse Amor onipotente, sua presença está dentro em nós e está ao nosso redor. Vivemos nessa presença divina porque mantemos nossos pensamentos perfeitamente alinhados com a maneira divina de pensar. Deus dá origem apenas ao que é bom. Só Deus é a fonte de todo o bem. É claro que temos de vigiar nossos próprios pensamentos. As pessoas gostam de ver o que diz o horóscopo, que está baseado nos astros, na posição dos planetas e sua possível influência no ser humano. Mesmo quando as pessoas olham o horóscopo apenas por divertimento, abrem suas defesas. As pessoas olham para ver o que há de bom nele, mas então abrem o pensamento às coisas ruins que estão embutidas em cada horóscopo.

Bea: Sei de um jornal que, quando parou de publicar o horóscopo, todos disseram que a circulação iria cair, pois essa seção era muito lida e por isso importante para sustentar as vendas do jornal. Em vez disso, o jornal aumentou as vendas. Não é nenhum sacrifício abrirmos mão dessas pequenas crenças no ocultismo, mesmo que nelas procuremos apenas divertimento.

Orlando: O mesmo acontece com a leitura da palma da mão, com as cartas, com a bola de cristal; todas essas coisas e outras mais fazem parte do ocultismo.

Bea: Você deixou bem claro que é impossível aceitar só um pouquinho do ocultismo e evitar admitir nele o restante implícito.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / junho de 1993

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.