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Como dar testemunho

Da edição de julho de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


Já Lhe Aconteceu, em reuniões de testemunhos da Ciência Cristã, de querer levantar-se para dar graças por alguma cura obtida e sentir-se como presa ao assento, semana trás semana, até ficar desgostada e aborrecida consigo mesma? Assim aconteceu comigo, durante anos. Foi somente ao perceber que a ação de me levantar tinha de ser mais espiritualmente estabelecida e estimulada, que isso se tornou fisicamente possível.

Que tipo de erguimento espiritual era esse, para o qual eu precisava concentrar meus esforços? Bem, antes de mais nada, tinha de livrar-me do conceito de ser eu uma criatura mortal inepta, querendo louvar a Deus e à Ciência Cristã para impressionar outros mortais ou expor-me à crítica.

Mas se eu não sou uma criatura mortal, o que sou? O estudo desta Ciência ensinara-me ser eu o que a Bíblia dizia que eu era: a imagem e semelhança de Deus. Pense nisso! Em qualidade, o homem é semelhante a Deus e Deus é Amor, supremo e oni-ativo. Seria possível que Deus em Seu poder gloriosamente divino, ficasse alguma vez amedrontado ou imobilizado? Claro que não! Então, como o poderia estar Sua semelhança? A conclusão lógica só pode ser a negativa e, portanto, a mesma conclusão serviria para mim.

A percepção desse fato não aconteceu de um dia para o outro. Levou tempo e exigiu esforço. Contudo, à medida que se desenvolvia em meu pensamento um conceito mais espiritual de homem, foi possível haver progresso e ele foi gratificante. Aprendi que o receio de parecer inábil ou de ser criticada era desprovido de autoridade. Ao falar a respeito da maneira como a Ciência Cristã trata o medo, a Sra. Eddy diz-nos: “A Ciência diz ao medo: ‘És a causa de toda doença; porém és uma falsidade constituída por si mesma, — és escuridão, o nada. Estás sem “esperança e sem Deus no mundo”. Não existes, e não tens direito de existir, porque “o perfeito Amor lança fora o medo”.’ ” Retrospecção e Introspecção, p. 61.

Como podemos dar vida ao que não existe, ou temê-lo? A ilusão ou a tentação do medo vem a nós, apenas para ser destruída. Isso é o que devemos fazer com o medo, destruí-lo, não afagá-lo. Em realidade, procurar sempre vencer o medo pode tornar-se um empreendimento estimulante, se o medo for negado e não o aceitarmos todas as vezes que aparecer e se essas recusas em aceitá-lo como real forem seguidas da conscientização vigorosa de nossa natureza isenta de medo, como testemunhas que somos de Deus. Isso pode ser praticado o tempo todo e não apenas quando nos propomos a falar diante de outras pessoas.

O medo que pretende nos manter grudados no banco da igreja pode não ser a causa fundamental desse problema, mas ser antes o efeito de algum outro erro que ainda não tenha sido detectado. Ressentimento ou inveja latentes, pensamento e ação enfadonhos e antiquados, o obstinado “eu quero” e “eu não quero” da vontade própria, esses elementos pesados do pensamento, que se apresentam disfarçados como medo, podem bem ser a causa daquilo que está imobilizando nossos esforços para dar nosso testemunho na igreja.

Como o criador divino não concebe nem envia pensamento obstinado ou pouco amável, não pode Sua descendência herdar tal pensamento. Ao contrário, a aceitação, em nossa consciência, de idéias espiritualmente novas e inspiradoras é o dínamo que impulsiona as pessoas a expressar gratidão numa reunião de testemunhos.

O medo a críticas desaparece quando nós mesmos nos tornamos menos críticos e amamos a congregação, da qual também fazemos parte, como descendentes de Deus. Na realidade, ninguém pode ter algum pensamento a nosso respeito, que não lhe tenha sido dado por Deus. Então, por que preocupar-nos com pensamentos de crítica que possivelmente não ocorreram aos ouvintes? Deixemos de ter medo da congregação e comecemos a amá-la e a amar-nos a nós mesmos. Cristo Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.” João 13:35. Deus nos fez e nos contempla como merecedores de amor. Reivindicar isso não é egotismo mortal, mas um elemento vital de auto-afirmação.

A Sra. Eddy declara: “Em nosso amor para com o homem, obtemos o verdadeiro conceito de que o Amor é Deus. De nenhuma outra maneira conseguiremos alcançar esse conceito espiritual e elevar-nos ainda mais, rumo a coisas mais essenciais e divinas.” Miscellaneous Writings, p. 234. À medida que nosso sentido mais elevado de amor conseguir nos levantar para dar testemunho, lembremo-nos de que na Ciência “homem” significa tanto nós, como nossos ouvintes.

Se alguém permanece em silêncio porque imagina que não pode falar tão bem como outras pessoas, esse alguém deveria estar consciente de que tudo o que ele pode e quer expressar é assunto que pertence a ele mesmo e nada mais. Não somos imitadores mortais, mas pessoas originais moldadas por Deus.

Por isso, fale à sua maneira e simplesmente faça-o da melhor maneira que puder. Com a prática, falará cada vez melhor. Afinal, se os testemunhos fossem todos iguais, não seriam enfadonhos? Lembre-se se de que começos modestos não devem ser desprezados. Se, na primeira vez, nós apenas pudermos levantar e dizer: “Sou grato pela Ciência Cristã” e sentar-nos, esse já é um começo inteiramente aceitável ao nosso Pai, ao qual está, afinal, sendo dirigido o testemunho. O importante é fazer o esforço, sabendo que Deus nos está apoiando.

Amar a Deus e amar ao homem como Seu descendente imortal, incluindo-nos também nesse amor, é uma força espiritualmente poderosa, capaz de nos fazer levantar. Todos podemos comprovar isso.

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