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Manifestar a visão perfeita que Deus tem do homem

Da edição de julho de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


Ao Não Acreditar nas aparências materiais, Cristo Jesus via os outros como Deus os criou: como descendentes do único Espírito, infinito e incorpóreo. O Mestre manifestou a visão perfeita que Deus tem do homem, que foi criado “muito bom”, como diz o primeiro capítulo da Bíblia. A maneira transcendente de Jesus ver a vida tinha efeito curativo imediato: olhos que haviam sido cegos desde o nascimento passaram a ver. Jesus sabia que a visão perfeita é uma necessidade humana legítima que seu terno Pai satisfaz com iluminação espiritual.

A luz da bondade divina ilumina a consciência humana e nos faz perceber melhor a criação do Espírito, feita à semelhança de Deus. A imagem de Deus deve ser tão invariavelmente amorosa como o próprio Amor divino. Ao considerar os parentes, amigos e vizinhos, sob um ponto de vista mais espiritual e mais amoroso, veremos que nossas afeições se tornam menos parciais ou seletivas e não acontecerá de querermos bem a uns e não a outros. Nosso amor se fará mais semelhante ao de Cristo, expressando as características do amor constante de Deus por todos nós.

A compreensão do Cristo, a idéia eterna do perfeito Amor, idéia que a vida de Jesus exemplificou plenamente, tem uma relação direta com a vista, com o modo pelo qual nós mesmos nos vemos, como vemos os outros, o lar, os negócios, o governo, a igreja. Mediante o Cristo podemos recusar-nos a criticar as pessoas, a permitir-nos abrigar ressentimentos, preconceitos, elementos estes que causam cegueira.

Ignorar as coisas erradas no mundo está longe de ser discernimento espiritual, que penetra a obscuridade do mal com a luz da bondade divina. Mas não se deixar enganar pelo erro, (compreendendo que este é sem base e mentiroso, desprovido da aprovação divina, e entendendo que deve ser substituído pela verdade espiritual), isso sim, ilumina a perspectiva que temos da vida. Era esse o ponto de vista de Jesus, o qual curava.

Quando o Mestre certa vez deparou-se com um homem cego, os discípulos perguntaram se tinham sido os pais ou o próprio cego que, por seus pecados, haviam causado a cegueira. Jesus respondeu que nenhum deles tinha pecado. O Mestre sabia que somente o que é causado por Deus tem o direito de se manifestar em nossa vida. A seguir, restaurou a vista ao homem. Hoje, como outrora, a atuação do Cristo na consciência elimina o mal com o bem e revela que a vista é, em sua pura e verdadeira essência original, uma faculdade da Alma, do Espírito.

Não se refere a Bíblia à natureza impecável de Deus como Alma infinita, quando declara: “Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal, e a opressão não podes contemplar”? Habac. 1:13. Não existe escuridão nem cegueira na Alma ou em sua manifestação. No Espírito imortal, a Vida eterna, não pode haver mal ou depravação que levem à moléstia no homem. A luz do Cristo expõe e destrói o pecado enganador, revelando a inocência e pureza do ser do homem à semelhança de Deus, sempre satisfeito. Ver com os sentidos da Alma, isentos de luxúria e sensualismo, promove nosso total bemestar, inclusive o funcionamento normal dos olhos.

As opiniões baseadas na fisiologia e na medicina chegam a conclusões diametralmente opostas sobre a saúde humana. Os diagnósticos dos oculistas os levam a receitar medicamentos e gotas para impedir o avanço de doenças e o enfraquecimento da vista. Contudo o tratamento médico, apesar dos esforços para aliviar o sofrimento, não coincide com a realidade espiritual e, portanto, está fora de foco.

Focalizar o pensamento de acordo com a Verdade, isto é, estar de acordo com um Deus que tudo vê e a todos ama, que é tão puro de olhos que não pode ver o mal, anula a duplicidade que vê a criação como se esta fosse a uma só vez espiritual e material, saudável e doente. Dissolve atitudes míopes de egoísmo e egotismo. Concentrando-nos na tarefa de hoje, de aprender como é que Deus nos vê, e como é que Ele vê Sua criação espiritual, não nos colocaremos na situação de temer um futuro de envelhecimento e debilitação ou de lamentar um passado de egoísmo e remorsos inúteis. Em vez disso, estaremos em condições de aceitar a perfeição presente do Amor infinito e sua abundância de bem e por pautarmos assim nossa vida.

Ao compreender melhor como Deus vê o homem, nosso próprio sentido de visão melhora. A Ciência CristãChristian Science (kris’tiann sai’ennss), mediante a compreensão espiritual, dissipa a noção de que o homem é material, corrigindo, dessa maneira, os problemas da vista. “As lentes da Ciência”, escreve Mary Baker Eddy, a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, “aumentam à vista humana o poder divino; vemos então a supremacia do Espírito e o nada da matéria.” Miscellaneous Writings, p. 194.

Durante dez anos usei óculos, mas minha vista piorava. Na carteira de motorista lia-se: “Uso obrigatório de lentes corretivas”. Por fim compreendi que o problema de visão podia ser “corrigido” por meios espirituais. Para ver melhor, eu deveria ver mais espiritualmente. Estudei a Bíblia e os escritos da Sra. Eddy, procurando discernir o sentido mais profundo e metafísico de Vista, visão, olhos, imagem, foco, lentes.

Comecei o estudo analisando minha gratidão. Agradeci pelo fato de que a lei de Deus é ativa e é conhecida nos dias de hoje como Ciência Cristã; pelo fato de que a verdadeira visão existe como fato espiritual que se comprova; por eu poder agora mesmo começar a obter a compreensão crística de Deus e do homem, em vez de tentar mudar o que o mundo chama de olhos “ruins” em olhos “bons”. Quando comecei a contar com a bondade de Deus, o medo, o desânimo, a dúvida se desfizeram. Apesar das evidências materiais de vista fraca, a gratidão me capacitou a fazer oposição às limitações físicas.

Os primeiros vislumbres de vitória vieram com a percepção crística de que a verdadeira visão do homem não é material e, sim, espiritual. A Bíblia diz: “O ouvido que ouve, e o olho que vê, o Senhor os fez assim um como o outro.” Prov. 20:12. Como Deus é Espírito, incorpóreo e tudo vê, o “olho” criado por Deus deve ser algo diferente do órgão físico conhecido como olho. O contrário do Espírito, a matéria, não pode, intrinsecamente, ter visão, quer boa, quer ruim. A semelhança de Deus, o homem, reflete a luz e a visão espirituais.

Aprendendo melhor sobre aquilo que Deus vê e sabe, submeti o que eu compreendia ao teste diário do viver cristão. Procurei ver tudo e todos em sua verdadeira natureza espiritual. Usava os óculos o menos possível, evitava testar-me, procurava não forçar a vista para ver melhor e aguardava com paciência a inevitável manifestação do crescimento do caráter crístico. Começaram a desaparecer os pensamentos que não provinham de Deus, tais como temor, desânimo, egoísmo. O enfraquecimento da visão, com seus pontos de referência materiais, foi detido, e minha visão cessou de piorar.

Prossegui com as orações e o estudo, por sete anos. Nesse período de crescimento espiritual fiz o Curso Primário da Ciência Cristã. Durante a classe, não senti necessidade dos óculos e os abandonei.

Anos mais tarde, foi-me necessário um período intenso de estudos, ligados à minha profissão. Quanto mais eu lia, tanto mais aplicava a Ciência do Cristianismo. Olhar para os outros, até os “inimigos”, com mais amor, fez-me apreciar o fato de que a visão, tal como o amor, é um dom do Espírito divino, que pode ser desfrutado em sua totalidade. À medida que as visões distorcidas sobre Deus e o homem eram corrigidas em minha vida, as idéias se tornavam mais nitidamente definidas e eu via as pessoas de uma forma menos crítica, mais bondosa.

Ao renovar, mais tarde, minha carteira de motorista que estava vencida, foi-me informado que eu precisava usar lentes corretivas. Aborreci-me com isso. Até mesmo dirigi por algum tempo sem o documento, até que um pensamento angelical me fez abandonar aquela atitude teimosa e, sem dúvida, ilegal. A verdade veio na forma desta paráfrase das Escrituras Ver 1 João 4:20.: “Se eu não amar nem obedecer à lei que vejo, não posso amar a lei de Deus, que não vejo.”

Em humildade, voltei ao departamento de trânsito, disposto a cumprir com as exigências legais. Depois do exame de vista, confirmou-se que eu não precisava de óculos e a frase “Uso obrigatório de lentes corretivas” foi retirada de minha carteira de motorista. Nas três décadas decorridas depois disso, esse documento foi renovado muitas vezes e os resultados permaneceram os mesmos. A Sra. Eddy escreve: “A humildade é a lente e o prisma para a compreensão da cura-pela-Mente. ...” Mis., p. 356.

Uma vez que Deus é a Alma pura do homem e vê só o bem, Ele deve ser também a Mente infinita do homem, que conhece só o bem. A verdadeira visão consiste na capacidade de discernir a realidade de todas as coisas: ver as idéias que a Mente cria. O aumento de nosso discernimento espiritual de Deus e do homem não se origina em nós; ele expressa a sabedoria e a inteligência que a Mente, que tudo sabe e tudo vê, transmite a cada um de nós. Por isso nunca se desgasta, mas aumenta em percepção com o uso cristão constante.

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