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Como fazer para que nossos filhos continuem na Ciência Cristã

Da edição de setembro de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


É Natural Que pais e avós queiram saber como fazer para que seus filhos e netos assimilem a Ciência Cristã. Assim, sejam quais forem os desafios que tenham de enfrentar, estarão firmemente alicerçados no que aprenderam.

Primeiro, podemos dar o exemplo. Os pais têm a responsabilidade máxima na educação dos jovens. O exemplo é básico na educação. Eu mesma aprendi com minha mãe e minha avó, pois as via diariamente fazer a Lição-Sermão, Contida no Livrete Trimestral da Ciência Cristã. na Bíblia e em Ciência e Saúde, da Sra. Eddy. Eu entendia que esse estudo proporcionava não apenas um fundamento para a harmonia que reinava em casa, como também para as curas que ocorriam.

Olhando para trás, não consigo lembrar de nenhuma época em que eu não tivesse meus próprios livros e os amasse. Conhecia bem o Salmo 91, pois meu professor da Escola Dominical incentivava a todos, na classe, a que o aprendessem de cor. Também aprendíamos quais eram os livros da Bíblia, o que nos preparou para lermos a Lição-Sermão sozinhos. As crianças em nossa casa eram incentivadas com firmeza a ler a lição todos os dias. Essa era uma exigência específica, embora feita de forma delicada, com carinho. Assim, acostumei-me a estabelecer meu próprio fortalecimento espiritual, com regularidade. Sem dúvida, a inspiração e o conhecimento que obtive com essa leitura, me ajudaram, mais de uma vez, a evitar a apatia e a encontrar soluções adequadas, no momento certo, para as dificuldades de cada dia. Agora entendo como é verdadeira a afirmação da Sra. Eddy: “Ficai também certos disso, que livros e ensinamento são apenas uma escada que baixa do céu da Verdade e do Amor, pela qual os pensamentos angelicais sobem e descem, trazendo em suas asas de luz o espírito de Cristo.” Retrospecção e Introspecção, p. 85.

Ensinar às crianças que orar para si mesmas, sistematicamente, proporciona liberdade, é uma maneira de dar-lhes apoio. Quando as crianças obtêm uma cura como resultado de suas próprias orações, elas não têm dúvida de que foram curadas pela Ciência Cristã. Não esquecerão a felicidade de tal experiência. Nunca é cedo demais para começar a explicar o Amor divino e ajudar as crianças a compreender o belo relacionamento que há entre elas e Deus.

Certa mãe ajudou seu filhinho a orar para si mesmo desde os dois anos de idade. Quando se machucava, ela o abraçava e perguntava com doçura: “Onde está Deus?” De início, o menino respondia, banhado em lágrimas: “Ele está aqui mesmo.” Aí ela dizia: “Como é Ele?” A criança respondia, já com menos lágrimas: “Ele é Amor.” A seguir ela retrucava: “E como é que você é?” “Eu sou o filho do Amor,” dizia o menino e corria a brincar, alegre e curado.

Mais tarde, como militar na guerra do Vietnã, esse mesmo rapaz sentiu que mediante essa forma de oração, foi protegido do mal, por se conscientizar da presença amorosa de Deus e da semelhança do homem com Ele. Naquelas perigosas circunstâncias, tinha de depender de sua própria compreensão de Deus, daquilo que aprendera desde pequeno em casa e na Escola Dominical. Ele sabia que o Pai-Mãe Deus era sua Vida e que ele era inseparável da Vida. Sua base segura era a de que Deus é o único poder para curar e salvar. Esse era o fundamento de sua habilidade de orar para si mesmo com eficácia, qualquer que fosse a situação. Sabia que sua experiência era algo que ocorria sempre entre ele e Deus. O poder de Deus, revelado pelo Cristo, tinha propiciado seu progresso na Ciência Cristã e continuaria sustentando tal crescimento.

A Escola Dominical da Ciência Cristã proporciona a instrução pela qual os alunos aprendem a respeito do perene relacionamento espiritual que eles têm com Deus. Ali se aprende que o homem expressa as qualidades de Deus e que Ele cuida de Sua criação. Que alegria é para as crianças tornar-se mais e mais conscientes daquilo que são realmente, daquilo que são espiritualmente. Que consolo é para elas a certeza de que já têm, e sempre terão, essa união permanente com Deus — que elas estão agora e para sempre em unidade com seu Pai-Mãe Deus.

É de grande ajuda para os jovens saber que “crescer” não significa apenas o desenvolvimento físico do corpo, mas também o crescimento espiritual do caráter cristão. Se a criança é insegura, pode aprender, pouco a pouco e mediante o crescimento do caráter cristão, a abandonar o conceito mortal de si mesma e obter a noção verdadeira, espiritual, segura. As crianças podem aprender como são importantes os ensinamentos de Cristo Jesus, incluindo a Regra Áurea, para o desenvolvimento espiritual de cada um. Assim, estarão mais equipadas para lidar com o medo.

Um dos desafios que muitos jovens enfrentam, é o receio de não serem aceitos pelos colegas. Na Ciência Cristã, descobrem que a identidade é espiritual e distinta. Portanto, ninguém é desajustado, só porque não é a cópia fiel de outra pessoa. Embora todos tenhamos a mesma origem, ou seja, Deus, cada um de nós expressa as qualidades divinas de forma individual. Vejam, por exemplo, como vinte e cinco artistas podem pintar a mesma árvore e, no entanto, a obra de cada um é uma expressão distinta em estilo, composição, cor e técnica.

É importante que as crianças participem da cura e a reconheçam. E isso é possível, mesmo desde a mais tenra idade. Uma menininha que conheço não estava se sentindo bem e telefonou à avó, que é praticista da Ciência Cristã, pedindo-lhe que orasse por ela. A avó ficou feliz de orar pela menina, mas pediu que esta também fizesse sua parte. “Por que você não pensa na oração das crianças que a Sra. Eddy escreveu, especialmente o início: ’Pai-Mãe Deus, que por mim tendes amor. .. ’ ” Poems, p. 69. disse a avó, querendo que a criança compreendesse o amor de Deus por ela. A avó fez também outro pedido: que a menina lhe telefonasse para avisar que estava curada. A avó sabia que era importante a criança ter a expectativa da cura e que a reconhecesse de imediato. A criança realmente orou e sentiu o amor de Deus por ela. Assim que foi curada, telefonou à avó, reconhecendo que Deus a havia curado.

À medida que nossos filhos crescem, enfrentam desafios, mas se aprenderem a seguir a vida e os ensinamentos de Jesus e a compreender o significado espiritual daquilo que ele ensinou, eles estarão seguros. Na parábola das duas casas, que Jesus contou, uma construída sobre a rocha e a outra sobre a areia, o Mestre disse que quem o seguisse, seria como o homem cuja casa fora construída sobre a rocha. Ver Mateus 7:24–27. Ele não disse que não haveria desafios, mas sim que o vento poderia soprar e a chuva cair, mas a casa bem fundamentada continuaria de pé.

Pode acontecer, portanto, de nossos filhos terem de enfrentar desafios. E os pais, avós, professores da Escola Dominical, praticistas e amigos não impedirão que o vento sopre e a chuva caia. Mas podemos ajudar os jovens a construir suas casas sobre o fundamento sólido do Cristo, a Verdade. A maior ajuda que podemos dar é sermos nós mesmos o exemplo, seguindo Jesus e praticando o cristianismo científico. Podemos ajudar as crianças a aprender a usar os livros e mostrar-lhes como é natural orar. Podemos responsabilizar-nos pelo trabalho da Escola Dominical e incentivar as crianças a freqüentá-la. Mas acima de tudo, podemos mostrar-lhes a alegria do significado espiritual da vida, mediante nosso viver e nosso servir a humanidade.

Nosso alvo, em realidade, é ajudar nossos filhos a entender que são filhos de Deus e a compreender como viver melhor para toda a humanidade. A filiação à Igreja será então algo mais, assinalando que eles também estão buscando a Verdade e são seguidores de Cristo Jesus.

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