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Numa Quarta-Feira à noite,...

Da edição de setembro de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


Numa Quarta-Feira à noite, três semanas antes dos tumultos que irromperam em Los Angeles devido ao veredicto de 1992 no caso do espancamento de um homem por policiais, estava eu assistindo a um culto da Ciência Cristã. Meu coração aflito ansiava por uma mensagem de Deus; a inquietação, a desordem e os confrontos em nosso mundo preocupavam-me muito.

Os trechos lidos na igreja, naquela noite, incluíam a passagem em que Jesus lava os pés de seus discípulos. Entendi que essa era uma lição sobre a importância do amor fraternal.

Dei-me conta de quantas vezes, durante o ano, a Lição Bíblica semanal havia incluído relatos em que os apóstolos oravam pelos “irmãos”. Percebi então que orar por nossos “irmãos” é uma coisa que todos deveríamos fazer. É uma exigência cristã. Não quer dizer que devamos ou possamos orar especificamente por este ou aquele indivíduo. Podemos, no entanto, reconhecer claramente que todos os homens estão sob o controle e o cuidado de Deus; que cada um é, em verdade, a expressão singular e individual de Deus, e que é impossível que os filhos de Deus sejam confundidos ou governados erroneamente.

Os trechos lidos na quarta-feira seguinte tinham por tema situações tempestuosas e discordantes. Incluíam a seguinte passagem de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de autoria de Mary Baker Eddy: “Na visão de S. João, o céu e a terra significam idéias espirituais, e o mar, símbolo dos conceitos humanos que avançam e recuam, agitados pela tempestade, é representado como tendo passado. A compreensão divina reina, é tudo, e não há outra consciência.” Percebi claramente que minhas orações pelo mundo precisavam incluir a compreensão de que os “conceitos humanos. .. agitados pela tempestade” não podiam ter nenhuma influência sobre o homem real, já que ele é governado tão somente por Deus, a Mente divina. O homem não é peça de um jogo cruel e desconhecido. Ao contrário, ele reflete a única Mente infinita e imutável, em que não há conflito ou divisão.

No dia em que foi dado o veredicto sobre o caso do espancamento, por volta do meio-dia, havia manifestantes numa rua perto de meu local de trabalho. Um pouco mais tarde, as manifestações se tornaram tão ruidosas que podíamos ouvi-las de nosso edifício; ouvíamos também helicópteros sobrevoando a área. Como os manifestantes ameaçassem interromper todo o transporte público, pareceu-me prudente cancelar um compromisso que eu tinha para aquela tarde e ir para casa com minha filha, que trabalha no mesmo prédio que eu. Saímos em carros separados; eu seguia o carro dela.

Ao nos aproximarmos de uma grande avenida, notei que, um pouco à nossa frente, os carros reduziam a velocidade. De repente, o carro de minha filha foi rodeado por um grupo de manifestantes enfurecidos. Quando ela finalmente conseguiu passar, eles vieram de encontro ao meu carro. Um dos jovens, em atitude ameaçadora, veio em minha direção como se quisesse me agredir.

Eu estava tão bem preparada com o que havia ouvido na igreja e com meu esforço de amar altruisticamente, que não precisei de tempo para voltar-me a Deus em oração, nem foi necessário buscar a orientação divina nessa situação difícil. A Verdade de Deus já estava comigo. Nem por um instante senti-me tentada a ficar com medo. Eu estava segura de que, em realidade, esses jovens só podiam ser os inocentes e amados filhos de Deus, meus irmãos. A coisa mais natural para mim, naquele momento, foi sorrir para aquele rapaz; ao fazê-lo, a nuvem de fúria e ódio dissipou-se. Ele sorriu para mim e os outros sorriram também. Assim, abriu-se o caminho para que eu passasse livre e sem esforço por entre eles.

Esse pequeno incidente ensinou-me grandes lições. Aprendi que a fúria e o ódio são alimentados por outras qualidades más, tais como medo, ressentimento, justificação própria e confusão. Mas essas características errôneas do pensamento, por maiores e mais assustadoras que pareçam, estouram como bolhas de sabão, na presença do amor de Deus.


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