Quando Eu Era criança, meus pais se separaram e disputaram o direito à minha custódia. Eu decidi mentalmente “destituí-los” como pais. Ambos me pareciam incompetentes e eu achava que não os queria. Sentia particular antagonismo em relação a minha mãe. Portanto, comecei a agir e a portar-me como órfã, apesar de meus pais continuarem vivos. Eu me sentia realmente magoada. Por fim, fui morar com uma família que me acolheu e eu considerava aquelas pessoas como meus “pais verdadeiros”.
Mais tarde, já casada e tendo lutas com meu filho de três anos e meio, volvi-me à Ciência Cristã à procura de ajuda. Um praticista me fez ver que cada um de nós é verdadeiramente filho de Deus, governado por Ele em perfeita harmonia. Eu achava estar com toda a razão, sempre, mas depois tive de admitir que estava falhando na educação dos filhos. Nosso filho me disse que ele sentia o amor do pai e da irmãzinha, mas não sentia que eu o amava.
Foi nesse ponto que comecei a reconhecer que Deus é nosso verdadeiro Pai e Mãe. Coloquei os cuidados de nosso filho bem como o meu próprio, nas mãos do Amor divino. Declarei a mim mesma que meu filho não necessitava de disciplina na forma de recompensas e punições, mas que Deus cuidava dele ternamente, guiando a nós dois.
Também percebi que eu precisava desenvolver um interesse sincero por meus próprios pais, por seu bem-estar e felicidade. Raciocinei que isso era importante para eu poder refletir as qualidades de Deus de maternidade e paternidade.
Quando recebi instrução primária da Ciência Cristã, notei o exemplo que nosso professor deu, expressando qualidades paternais tais como carinho, sabedoria e amor, com cada aluno individualmente. Uma expressão de paternidade como eu jamais havia visto ou compreendido anteriormente. Foi para mim uma libertação!
Aos poucos, eu consegui expressar essas qualidades de afeto para com meus pais, meu marido, nossos filhos, nossos amigos e todas as pessoas com quem eu estivesse em contato. Meu relacionamento com os filhos melhorou bastante.
Naquela época, eu também estava me esforçando para compreender que o suprimento do homem é realmente indivisível e inesgotável porque vem de Deus, que é o bem infinito. Concluí, da mesma maneira, que os recursos de qualidades maternais e paternais do homem são indivisíveis e inesgotáveis. Essa compreensão começou a ter efeitos curativos em nossa família. Compramos, através de um empréstimo bancário, um trailer que nos possibilita passar mais tempo com a família de meu marido. Pouco tempo depois, minha mãe veio para uma visita e me adiantou a herança em forma de dinheiro. Com gratidão, pudemos pagar o empréstimo após dois meses e meio da compra.
Cresci a ponto de amar minha mãe e vê-la como a expressão de faculdades e qualidades dadas por Deus. Sua aposentadoria tem sido repleta de atividades significativas, que incluem traduções do polonês para o inglês, para imigrantes poloneses em Toronto.
Tenho aprendido que Deus é nosso verdadeiro Pai-Mãe e que o homem é capaz de compreender e expressar as qualidades maternais e paternais de Deus. Essas qualidades melhoram nossa vida de forma prática.
London, Ontário, Canadá
