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Um escudo protetor

Da edição de setembro de 1993 dO Arauto da Ciência Cristã


Eu Estava Ao volante do carro, acompanhada por meu filho adolescente e um seu amigo, quando de súbito um motociclista ao lado do carro apontou uma arma.

Com muita calma, recomendei aos dois rapazes que olhassem em frente, ficassem quietos e orassem. Como o homem estava muito próximo da traseira do carro, comecei a orar diligentemente, repetindo a Oração do Senhor, que nos foi dada por Cristo Jesus. As duas primeiras palavras, “Pai nosso”, asseguraram-me instantaneamente que nós, os quatro, tínhamos um só Pai e que naquele preciso momento Ele protegia a cada um de nós do mal.

A Bíblia diz-nos que Deus é o único poder criador e que o homem feito à Sua semelhança expressa o domínio concedido por Deus. Enquanto eu orava, percebi que isso significava que nós, os que estávamos no carro, podíamos exercer esse domínio e não ter medo. Mas meu estudo da Ciência Cristã ensinara-me a não ficar por aí. O homem criado por Deus também tem domínio sobre qualquer desejo de ser violento. Por isso, continuei a orar com a certeza de que, sendo espiritual a natureza real do motociclista, ele nunca poderia cometer, nem sequer desejar cometer, um ato de violência. Comecei a sentir o medo desaparecer de meu pensamento e ser substituído pela calma certeza da presença e do poder de Deus, o Amor divino. Quase de imediato lembrei-me de uma frase de Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy, “Revestido com a panóplia do Amor, estás ao abrigo do ódio humano.” Ciência e Saúde, p. 571.

Apeguei-me com firmeza ao conceito verdadeiro do homem como a idéia espiritual de Deus. A natureza do homem criado por Deus reflete com exatidão a natureza do seu Criador, o Amor divino. E o reflexo do Amor divino não pode ser senão amoroso. Enquanto prosseguíamos em nosso percurso, não me permiti pensar em outra coisa senão em Deus, em Sua bondade e onipotência infinitas e no homem espiritual sujeito ao controle do Amor divino.

Apesar de minha oração sincera, o motociclista continuava a perseguir-nos de perto. Embora parecesse que estávamos numa situação muito perigosa, eu tinha a inusitada impressão de estarmos no interior de um enorme casulo que não podia ser penetrado de modo algum. Bem sei que era o Amor divino, Deus, que nos protegia inteiramente com Sua onipresença.

Depois do que pareceu muito tempo, o motociclista deixou por fim a auto-estrada. Nosso reconhecimento da presença de Deus e da natureza divina do homem como Sua semelhança havia-nos protegido do mal. Os rapazes e eu regozijamo-nos no terno amor de Deus para com Sua criação.

Quando regressamos a casa, fui diretamente à minha mesa de trabalho e procurei as palavras que tão significativas me haviam sido, pela manhã. Encontrei no dicionário esta definição de panóplia: “algo que forma um escudo protetor”.

Também procurei no livro Ciência e Saúde e encontrei a frase que me ocorrera, neste parágrafo: “Em todos os tempos e em todas as circunstâncias, vence tu o mal pelo bem. Conhece-te a ti mesmo, e Deus te dará a sabedoria e a ocasião para conseguires a vitória sobre o mal. Revestido com a panóplia do Amor, estás ao abrigo do ódio humano. O cimento de uma humanidade mais elevada unirá todos os interesses na única divindade.” Ibid.

Tínhamos presenciado, naquele dia, o efeito de se compreender que, porque o homem é espiritual, ele é a imagem exata de seu Criador, Deus. Assim como o reflexo não pode expressar coisa alguma a mais do que sua causa original, assim também nós, ao reconhecermos a magnífica herança que nosso Pai-Mãe Deus nos dá, começamos a ver que não podemos expressar coisa alguma que seja dessemelhante do que é divino. Por isso, não podemos ter outra mente senão a Mente única, Deus. A Mente divina é, na realidade, nossa única inteligência e habilita-nos a pensar e agir com domínio.

Deus nos deu essa herança maravilhosa. Como filhos amados de Deus, temos o direito divino de a aceitar e usufruir. No entanto, essa herança não é apenas nossa; pertence a todos os filhos de Deus. E Ele a ninguém deixa fora da onipresença do Amor divino.

A Bíblia diz: “Embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e, sim, poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.”  2 Cor. 10:3–5.

As orações que fazemos pela nossa própria proteção, pela de nossas famílias, de nossas comunidades, de nosso país e de nosso mundo têm de começar com a oração profundamente sincera em prol de paz e harmonia em nosso próprio pensamento. Cristo Jesus, nosso Mestre, deu-nos no Sermão do Monte Ver Mateus, caps. 5–7. o padrão para viver uma vida pacífica, padrão que nos protege, a nós e aos outros, do mal.

O perigo e a violência parecem estar “lá fora”, mas não estão. Não estão em parte alguma, porque não têm realidade. De fato, nem sequer possuem fundamento. A criação espiritual de Deus é a única criação real e é totalmente boa. Não existe uma segunda criação, material, sujeita a um poder separado de Deus. A Sra. Eddy escreve: “A lei de Deus está em três palavras, ‘Eu sou Tudo’; e esta lei perfeita está sempre presente para reprovar qualquer pretensão de outra lei.” Não e Sim, p. 30.

Deus controla Seu universo e o homem está protegido na totalidade do Amor divino. Uma vez que Deus preenche todo o espaço e é o bem infinito, não existe poder nem presença separados d'Ele. Não pode existir mais do que Tudo.

O homem, que é a idéia espiritual perfeita de Deus, nunca poderá estar onde Deus já não exerça o governo absoluto. Deus, o Espírito infinito, está em toda parte. O homem, o filho amado de Deus, vive nesse reino do divino, sempre protegido, sempre em segurança, sempre amado.

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