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A luz da manhã a qualquer hora do dia

Da edição de fevereiro de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Nosso Avião Decolou suavemente através daquele céu límpido de verão, enquanto o sol, com brilho intenso, fazia o mar e a praia cintilarem embaixo. O vôo foi tranqüilo, sem turbulência e bastante diferente do da tarde anterior, quando enfrentamos aumento do calor, colisão de massas de ar, nuvens e tempestades acompanhadas de raios. Viajando freqüentemente em regiões de clima quente, acabei me acostumando a essas grandes variações do tempo no período da tarde.

Mas agora, nessa manhã tranqüla, era fácil reconhecer a realidade espiritual do controle perfeito de Deus sobre o universo. Lembrei-me de muitas personagens da Bíblia que foram inspiradas pelo frescor e pela sensação de renovo que a manhã traz consigo. O Salmista escreveu: “Se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares: ainda lá me haverá de guiar a tua mão e a tua destra me susterá.” Salmos 139:9, 10. Zofar, amigo de Jó, disse: “A tua vida será mais clara que o meio-dia; ainda que lhe haja trevas, será como a manhã.” Jó 11:17. Acaso não foi com essa consciência matinal que Cristo Jesus acalmou as ondas, na noite de forte tempestade? Comecei a perceber que essa consciência, essa clareza de pensamento ou inspiração, não estava limitada ao período que vai das seis às oito horas da manhã. Podemos senti-la tanto ao meio-dia quanto na noite mais escura.

Em todos os tempos, a manhã simbolizou despertar, vigilância, pureza, inocência, suavidade, calma, expectativa, renovação, regeneração. A Ciência Cristã concorda com esse simbolismo e amplia seu sentido. Em Ciência e Saúde, O livro-texto da Ciência Cristã, a Sra. Eddy descreve a manhã como: “Luz; símbolo da Verdade; revelação e progresso.” Ciência e Saúde, p. 591. A manhã é a suave confirmação de que Deus ainda é Tudo e de que Ele sustenta a criação em Seus braços de amor, de que Ele é o bem onipotente e onipresente. Compreender e aceitar sinceramente o poder e a presença universais de Deus, ajuda-nos a anular as sugestões agressivas de que haja outro poder, o argumento de que exista poder verdadeiro no mal, ou na violência e no medo, os quais parecem ser os instrumentos do mal.

Como podemos manter o frescor do pensamento matinal o dia inteiro, ou valer-nos dele sempre que precisarmos? A atitude matinal permanecerá conosco quando começarmos a compreender que nossa inspiração não depende de um relógio e sim da percepção do relacionamento constante que temos com nossa fonte divina, pelo fato de sermos Sua imagem espiritual. Essa percepção aumenta como resultado da oração.

De certa forma, parece que no período da manhã estamos especialmente receptivos ao bem, por não estarmos ainda às voltas com as preocupações e aborrecimentos do pensamento humano. Contudo, rapidamente aquele telefonema ou aquela manchete do jornal podem talvez interromper nossa tranqüilidade e pura confiança. Além disso, a ansiedade para ficar a par dos últimos acontecimentos, ou mesmo para dar andamento às nossas atividades, pode desviar nosso pensamento, fazendo com que usemos para outras coisas o tempo que deveríamos utilizar para orar com tranqüilidade.

Colocar outros assuntos à frente da oração, pode fazer com que nos desviemos ainda mais para um curso de ação limitado e material, do que para um curso espiritual. Portanto, nos primeiros momentos após acordarmos, é bom nos dispormos a estabelecer no pensamento o fato de que a vida é realmente espiritual, não material. Sem dúvida, para nos mantermos conscientes da realidade do bem durante todo o dia, é necessário esforço constante. Mas o pensamento matinal vigoroso e claro, estabelecido através da oração, ajuda-nos a identificar mais rapidamente as tentações do pecado, desassossego, medo ou pressão. Estimula nossa habilidade e nosso desejo de protestar contra essas desarmonias e encará-las como meras sugestões falsas e irreais, perante o controle completo que Deus exerce.

A oração não é algo ingênuo ou teórico. Líderes inspirados dos mais variados setores, freqüentemente afastam-se da pressão da atividade humana para refletir ou orar. A Ciência Cristã nos abre os olhos e nos desperta para vermos que nossas orações conscienciosas, nossas afirmações de que o homem não pode estar separado de Deus, são uma dívida que temos para com a humanidade. Em alguns momentos durante o dia podemos fazer essas afirmações, mesmo que elas durem apenas alguns minutos, ou tenham de ser feitas silenciosamente enquanto esperamos na fila de uma loja, ou no trânsito, enquanto o sinal não abre.

Na Verdade divina, a Verdade a que a Sra. Eddy se referiu em sua explicação espiritual sobre manhã, não existe nenhuma força da materialidade, nenhuma noite de turbulência, de entorpecimento ou declínio. Deus é o Criador do universo e Sua criação não tem falhas, é completa, nova e viva e não pode ser adulterada. O reino da bondade divina é universal e o homem manifesta Sua imagem e semelhança. Aceitando essa realidade, começamos a vivenciá-la ainda mais em nossa experiência do dia-a-dia. Vemos os resultados não somente em nossas curas e na reforma de nosso próprio caráter, mas também nas de nosso próximo. Sentir essa realidade é discernir a manhã perpétua da existência.

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