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Uma armadura espiritual, brilhante e reluzente

Da edição de fevereiro de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


A Recente Explosão de uma bomba no World Trade Center, na cidade de Nova Iorque, assim como os atentados terroristas na Índia e em outros lungares, lembram-nos de que não podemos ignorar os problemas dos indivíduos, em todo o mundo, cujos direitos e privilégios políticos e civis tenham sido cassados. Contudo, não precisamos nos tornar vítimas nem ficar sentados passivamente enquanto os outros sofrem. Para libertar-nos a nós mesmos e aos outros de situações assustadoras e opressivas, precisamos nos dispor a fazer alguma coisa e nossos esforços trarão como recompensa paz e liberdade.

O “algo” que nos é exigido é a oração vigilante e inteligente, a confiança devota em Deus, a Mente divina, e a certeza de que Seu governo está, e continuará, prevalecendo. Cristo Jesus orava dessa maneira e seus seguidores, que enfrentaram muitos perigos graves, aprenderam pela experiência a conhecer a Deus do mesmo modo.

Há diversos instrumentos espirituais que podemos empregar toda vez que tomamos conhecimento de algum ato terrorista ou quando nós mesmos nos sentimos ameaçados. Tais ferramentas espirituais são mencionadas de forma poética na Bíblia, em Efésios. Na luta contra o mal, a advertência é: “Tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau, e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis.” Em seguida, é descrita nossa armadura.

Cingimo-nos “com a verdade”, vestimo-nos com a “couraça da justiça” e o “capacete da salvação”. Calçamos os pés com a “preparação do evangelho da paz”. Vamos armados com o “escudo da fé” e “a espada do Espírito, que é a palavra de Deus”. Efésios 6:13-17. Cada um desses itens é essencial à nossa luta espiritual contra as crenças destrutivas que levam ao terrorismo. É pela oração que nos revestimos dessa armadura.

A “verdade” que nos cinge é o fato de que o homem é espiritual e inseparável de Deus. O Apóstolo Paulo refere-se a isso diversas vezes em seus escritos e talvez a passagem mais bela seja aquela em que diz que nada pode separar-nos do amor de Deus (ver Romanos 8:38,39). Nada pode separar alguém do Amor divino, da disciplina e dos cuidados do Amor.

Esse é um ponto importante a ser incluído em nossas orações contra o terrorismo, pois ajuda-nos a destruir a crença de que alguém possa estar separado do bem, do progresso ou do legítimo acesso ao poder, pois é essa crença que pode levar os terroristas a agir. Podemos orar para saber que é impossível nós sermos separados da proteção do Amor divino, e podemos saber também que a disciplina do Amor governa a todos, está sempre presente e é irresistível. Nada há no homem, a idéia de Deus, que possa nem sequer desejar resistir a seu Criador. No cenário humano, o medo, o sofrimento, o sectarismo político e uma série de outros fatores mortais podem toldar a inocência e, aparentemente, perverter a espiritualidade inata do homem. Por isso nossas orações precisam lidar com os fatores que fomentam o terrorismo e não devem ser empregadas apenas para proporcionar consolo a nós mesmos.

A “couraça da justiça” faz a sua parte, pela pureza e bondade que traz à nossa vida. Ao orarmos para reconhecer que vivemos sob o governo de Deus, é lógico que precisamos examinar nossos pensamentos e atitudes e assegurar-nos de que estão isentos de ódio e preconceito. Porventura supomos que o terrorismo só existe em certas partes do mundo, ou que é fomentado por determinadas religiões? Às vezes, o preconceito se insinua em nosso pensamento sem que o percebamos.

Se quisermos estar “cingidos com a verdade”, precisamos ter certeza de não estarmos acalentando sentimentos e crenças que diminuam nossa natureza espiritual. Não há em nós, filhos e filhas de Deus, nada que perpetue a ignorância e o ódio. Mesmo mágoas e medos do passado podem ser combatidos, embora isso talvez exija empenho de nossa parte. O fato de que nosso mundo necessita dessa boa vontade de abandonar o ódio e de volver-se ao amor é um incentivo maravilhoso, especialmente quando o caminho parece difícil.

Para melhor seguirmos nesse caminho, nossos pés precisam estar calçados “com a preparação do evangelho da paz”. Esse evangelho, ou boas novas de paz na terra, foi demonstrado pelo próprio Cristo Jesus com sua disposição de perdoar mesmo aqueles que o crucificaram. Quantas vezes surgem situações no trabalho, na igreja, no governo de nossa cidade, em que parece haver violentas desavenças entre as pessoas; assumem-se certas posições das quais ninguém quer abdicar; parece impossível chegar-se a um acordo. Antes de assumir posições desse tipo, mentalmente ou em ações, examinemos nosso calçado.

Se estivermos calçando “a preparação do evangelho da paz”, estaremos aptos a perceber que são fatores mentais, tais como a desonestidade, a insubordinação, a ignorância, o egoísmo e outros semelhantes, que levam ao conflito. Estes é que são realmente os inimigos da humanidade. Todos nós podemos lutar contra tais tendências pecaminosas. Em outras palavras, não nos estamos opondo às pessoas, mas às crenças mortais que se apresentam disfarçadas sob a forma de situações irreversíveis, de grupos étnicos ou raciais e até de determinados indivíduos.

Um trecho do livro-texto da Ciência Cristã que tem sido de grande ajuda nessas circunstâncias, é uma admoestação que anteriormente eu aplicava apenas para curas físicas. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: “Quando a ilusão da doença ou do pecado te tentar, apega-te firmemente a Deus e Sua idéia. Não permitas que coisa alguma, a não ser Sua semelhança, permaneça no teu pensamento.” Ciência e Saúde, p.495. Em vez de ver “oponentes”, isto é, estereótipos étnicos ou raciais, apeguemo-nos “firmemente a Deus e Sua idéia” e vejamos o homem espiritual que Ele criou e a realidade de Seu governo exatamente onde nos encontramos. Dessa maneira, podemos começar a desviar o alvo de nossa luta, das pessoas para o verdadeiro inimigo, isto é, tudo aquilo que procura negar que o homem é a expressão do amor de Deus.

Quando admitimos que a supremacia pertence a Deus, não apenas hoje, mas sempre e em todo lugar, estamos reconhecendo a totalidade do bem. Talvez possamos considerar essa compreensão da totalidade do bem, como sendo nosso “capacete da salvação”. Ele nos ajuda a refutar falsas crenças que se apresentam de várias formas — através de noticiários exagerados, por exemplo — e que corrompem nosso pensamento pelo medo ou pela dúvida. Nosso capacete também serve como lembrete de que existe apenas uma Mente, Deus, e que essa Mente governa toda a criação.

Através das orações em que afirmamos a onipresença da Mente, podemos saber que não há postos avançados do terrorismo que possam de alguma maneira se manter isolados da inteligência genuína que leva à paz, em vez de ao sofrimento. Na realidade espiritual, não existem mentes mortais separadas, capazes de conspirar ou extorquir, desafiar ou destruir. Tudo está sob o governo de uma Mente totalmente boa e amorosa. A luz dessa verdade abre o caminho para a eliminação da desonestidade e do mal.

Não poderíamos dizer, então, que “a espada do Espírito” elimina o excesso de formalidades, a burocracia governamental, os interesses egoístas e toda a parafernália mental limitadora que procura impedir que vejamos o homem como ele é de fato, a idéia de Deus? Se as negociações estão paralisadas, se um caso parece não ter solução, desembainhemos nossa espada e expulsemos esses “fantasmas” que procuram obscurecer os fatos. Deus, a Mente, também é o Princípio infalível, e as leis do Princípio devem suplantar as competições mesquinhas que às vezes impedem que os representantes da lei procedam com inteligência.

Cada um dos itens dessa armadura pode ajudar a nós e ao mundo, se estivermos dispostos a empregá-los. Alguns amigos meus constataram que suas orações, minuto a minuto, ajudaram por ocasião do seqüestro de um avião procedente da Alemanha. Como trabalhavam na imprensa falada, eles tinham acesso às últimas notícias e no momento em que souberam do ocorrido, começaram a orar.

À medida que o acontecimento se desenrolava, tratavam em oração de cada novo aspecto da trama, afirmando sempre a presença de Deus e de Seu governo inteligente. (Sem dúvida muitas outras pessoas também estavam orando, cada qual à sua maneira, em prol de uma solução pacífica.) Meus amigos se alegraram juntamente com os outros, quando o seqüestro terminou de maneira pacífica para todos.

Cada um de nós pode contribuir para a paz em seu país e no mundo, para o progresso espiritual em direção da liberdade genuína pela qual a humanidade anseia. Uma das maneiras de conseguir isso é manter nossa armadura espiritual sempre em uso e bem lustrosa!

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