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O momento mais importante de minha vida

Da edição de março de 1994 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando Criança, Sentia muita angústia pelas agruras da vida. Não podia entender as ruindades que as pessoas faziam umas às outras. Mesmo na escola, a agressividade não diminuiu. Agora as coisas mudaram muito e as crianças não são mais corrigidas com vara, mas quando eu era pequeno, não era raro os professores usarem uma longa e dura vara para punir as crianças.

A agressão física era apenas uma das fontes de angústia. Além dessa, havia muitas outras coisas que eu temia, inclusive a sensação de que o futuro do homem é totalmente inseguro, de que ele é governado pelas estrelas e a mera sorte domina cada dia de sua vida.

Uma experiência que tive há muitos anos mostra bem o medo opressivo que eu sentia. Minha família mudara-se para uma cidade nas montanhas, em nosso país. Uma tarde, eu estava dando uma volta com a intenção de conhecer o local. Ao descer por uma estrada, encontrei uma casa velha e empurrei a porta da frente. Estava anoitecendo e, em meio à escuridão, vi dois olhos que brilhavam em minha direção. Pensei que fosse o próprio diabo.

Minha imaginação correu solta, influenciada pelas advertências, que os mais velhos muitas vezes haviam me feito, de que o diabo viria atrás de mim, algum dia. Fugi para casa. Porém, minha incapacidade de superar os medos infantis, mesmo na idade adulta, foi um dos maiores desafios em minha vida. Parecia estar sempre com medo de alguma coisa, especialmente quando eu tinha de tomar decisões.

Entretanto, chegou o dia em que algo aconteceu, que mudou minha vida e mostrou-me como vencer o medo. Eu havia viajado para visitar alguns parentes. Uma de minhas irmãs, que nunca havia saído sozinha, conseguiu ir a uma reunião para a qual fora convidada. Era uma reunião de Cientistas Cristãos. Lá, deram-lhe alguns exemplares do Arauto e, quando voltou, ela me deu um.

Com essa leitura, a luz despontou em minha vida. Decidi pesquisar esse ensinamento cristão. Não muito tempo depois, nossa família foi convidada para uma conferência da Ciência Cristã. Foi uma experiência maravilhosa e logo adquiri um exemplar de Ciência e Saúde, de autoria da Sra. Eddy. Comecei a estudá-lo diariamente junto com a Bíblia.

Comecei, também, a analisar minha vida com uma nova convicção espiritual da unidade do homem com Deus. À medida que eu aprendia mais sobre Deus e sobre a natureza do pensamento humano, que parece ser uma mistura de bem e de mal, percebi que eu não era impotente para mudar o rumo de meu pensamento. Eu estava aprendendo que Deus é bom e que Ele é Amor divino. Cresceu em mim um desejo profundo de viver em harmonia com Deus. Logo comecei a compreender que a regeneração espiritual também traz a cura física. Deixei de apoiar-me em remédios, e passei a apoiar-me na oração, a oração que me eleva a compreender a verdadeira natureza do homem, como a imagem e semelhança espiritual de Deus, como Seu filho espiritual.

Eu estava vendo em minha própria experiência a veracidade desta declaração de Ciência e Saúde: “A disposição de vir a ser como uma criancinha e de deixar o velho pelo novo, torna o pensamento receptivo à idéia avançada. A satisfação de deixar os falsos marcos e a alegria de vê-los desaparecer — eis a disposição que contribui para apressar a harmonia final. A purificação do sentido e do eu é prova de progresso.” Ciência e Saúde, pp. 323–324.

O primeiro passo que dei foi o de tomar consciência de que a totalidade de Deus é absoluta e sustenta a integridade do homem. Entendi que o mal não é o poder que parece ser. É um engano, uma mentira, porque ele não tem poder proveniente de Deus, nem jamais terá. À medida que eu estudava a Bíblia, entendi que nosso Mestre, Cristo Jesus, demonstrou que o mal não é definitivo nem supremo; que a lei de Deus não lhe confere nem autoridade nem fundamento. Portanto, todo mal tem de se render por fim ante o poder da Verdade, da Vida e do Amor divinos. O momento mais importante de minha vida foi aquele em que a Ciência Cristã me foi apresentada. Foi o que me trouxe a libertação do medo, da angústia e da desolação que haviam me assolado.

No meu caso, a Ciência Cristã trouxe luz à minha escura morada, onde muitas sombras do passado me atormentavam. Como eu estivera longe de ter um mínimo de compreensão de Deus! Ele, porém, estava tão perto de mim, que eu cheguei a ver que aquelas limitações que me haviam acorrentado eram, em realidade, fictícias e inexistentes.

Cada pessoa tem essa mesma oportunidade e capacidade para ser livre. De fato, o desejo de libertação é o primeiro requisito, acompanhado da disposição de mudar nosso modo de pensar e de viver. Nossa verdadeira natureza não é material nem limitada, porque o homem é o descendente espiritual de Deus e é governado, de modo absoluto, por Deus, que é totalmente bom. O homem real é livre, e foi isso o que aprendi na Ciência Cristã. A ignorância quanto ao nosso eu espiritual não é permanente, embora eu tenha aprendido que a ignorância espiritual pode nos acarretar muitos infortúnios e calamidades, até que compreendamos a Deus e o homem como eles são realmente.

Um acontecimento levou-me de volta às proximidades do local onde, quando criança, eu acreditara ter encontrado o diabo. Sendo professor universitário, eu me candidatara a um novo cargo como diretor de um centro de estudos superiores. Em conseqüência desse novo posto, mudei-me para uma província na zona de Cuzco, perto da cidade nas montanhas na qual minha família havia morado. Logo que cheguei, foram feitos muitos comentários sobre os desafios de se viver em altitude tão elevada e sobre o mal-estar que poderia causar.

Embora eu houvesse rejeitado esses comentários, uma noite, quando fui para a cama, senti-me mal e meu coração batia tão forte que eu não conseguia dormir. Assustei-me, a princípio, com a sensação de que não podia respirar normalmente devido à altitude e à falta de oxigênio. À medida que orava para calar o medo, pensei sobre esta declaração de Ciência e Saúde: “Não há vida, verdade, inteligência, nem substância na matéria. Tudo é Mente infinita e sua manifestação infinita, porque Deus é Tudo-em-tudo.” Ibidem, p. 468. Com isso em mente, comecei a identificar-me como uma idéia espiritual e perfeita de Deus, o grande Tudo-em-tudo. O mal-estar provocado pela altitude desapareceu, eu dormi e, no dia seguinte, fui trabalhar. Não tive mais problemas com a altitude durante os dois anos em que morei naquela região.

Não muito depois dessa cura, quando eu estava viajando a negócios, o ônibus parou na cidade onde eu, quando criança, havia empurrado a porta daquela casa velha. Dessa vez também era noite e, ao olhar para os campos, percebi que o que eu acreditara serem os olhos do diabo, nada mais eram do que vagalumes, ou seja, pirilampos!

A luz do Cristo, a Verdade, que chegou à minha vida através do estudo e da prática da Ciência Cristã, destruiu os medos que havia muito obscureciam minha vida. Agora eu sei o que significam as palavras do Mestre, registradas no Evangelho de João: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”  João 8:32. Essa liberdade de mente e de corpo é o que encontrei na Ciência Cristã.

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