Quando eu tinha oito anos de idade, minha família mudou-se para outro bairro. Ali, todas as casas estavam numa colina, por isso a rua em frente à nossa casa fazia uma curva para cima ou para baixo, dependendo de onde você olhasse. No dia da mudança, eu achei que seria divertido andar de patinete pela rua abaixo, em frente de casa. Todos estavam ocupados em desfazer os caixotes e ninguém me viu sair para explorar um pouco a vizinhança.
Foi emocionante deslizar colina abaixo. O sol estava quentinho, era gostoso sentir o ventinho no rosto, e eu nem precisava empurrar o patinete com o outro pé. Quando cheguei no fim da rua, virei a esquina. Andei muitos quarteirões, ora dando impulso ao patinete, ora deixando que ele corresse em roda livre, aproveitando a descida. Dobrei outra esquina. Meu espírito de aventura ficara mais aguçado. Logo, porém, percebi que estava perdida. Vi um canteiro no meio da rua, fui até lá e sentei no chão.
Por um momento, fiquei desesperada. Não lembrava como voltar para casa e vinha-me a tentação de chorar. Aí lembrei-me do que estava aprendendo na Escola Dominical da Ciência Cristã. Eu aprendera que Deus é Amor, como a Bíblia ensina, e que Deus, nosso Pai-Mãe, cuida de cada um de nós. (Esse pensamento me consolou muito.) A Bíblia também diz que Deus é Espírito e que nós somos Seus filhos, Sua descendência espiritual. Lembrei-me de como Cristo Jesus amava a Deus e sempre se voltava para Ele. Jesus nos mostrou que Deus estava, e está, sempre perto, para ajudar! Assim, eu podia saber que não estava sozinha, porque Deus estava ali, comigo. Isso ajudou a acalmar a sensação de medo, para eu poder ouvir mais claramente a orientação divina.
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