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Um nicho para cada um de nós

Da edição de janeiro de 1996 dO Arauto da Ciência Cristã


Há Alguns Anos meu trabalho requeria que eu falasse em público para um grupo de pessoas, pelo menos duas vezes por semana. Depois de haver aceito essa incumbência, percebi que todos os dias eu me sentia como se estivesse sendo sufocada. Sentia a garganta inchada e a situação chegou a tal ponto, que mal conseguia falar. Apesar de não sentir dor e de o inchaço não ser perceptível, as pessoas percebiam meu silêncio! Comecei a me perguntar como é que eu faria para continuar.

Como Cientista Cristã, naturalmente volvi-me a Deus pela oração, para entender melhor meu relacionamento com Ele. Porque Deus, o bem, é a única causa verdadeira, e por ser o homem a imagem de Deus, ou seja, Seu efeito, o homem reflete todo o bem que se origina em Deus. Durante esse tempo, por meio da oração e do estudo, comecei a perceber mais claramente que Deus expressa a Si mesmo no homem. Porque Deus é o bem, o homem expressa bondade. Porque Deus é Vida onipresente, o homem reflete a atividade da Vida. Porque Deus é capaz de fazer todas as coisas, o homem reflete a capacidade divina.

Compreendi que precisamos cultivar a compreensão espiritual sobre o homem como filho de Deus, que o homem é Sua imagem e semelhança espiritual, sempre refletindo o Criador. Também compreendi que o homem não pode ficar sem Deus, e que Deus não pode ficar sem o homem. Deus e o homem são inseparáveis. Portanto, Deus se expressa no homem, e o homem expressa a perfeição de Deus. Essa compreensão fortaleceu-me.

Percebi que, pelo fato de Deus ser Espírito, o homem é espiritual e portanto, não pode perder nenhuma qualidade ou função inerente à sua natureza. E como o homem é a expressão de Deus, meu desejo de expressá-Lo plenamente não podia ser impedido por uma idéia de separação. Depois de eu haver compreendido esse fato, fiquei completamente curada.

Deus é bom e o homem reflete a bondade divina, e para que possamos curar, o bem precisa ser destacado como realidade, e aquilo que não reflete a Deus deve ser destruído por falta de expressão. Quando damos ênfase ao bem e, em espírito de oração, nos mantemos em sintonia com a verdade sobre o homem como reflexo de Deus, não estamos, de forma alguma ignorando o mal. Na realidade, essa atitude denota que estamos inundando a consciência com a compreensão sobre a totalidade de Deus, que elimina do pensamento, e portanto, de nossa experiência, qualquer noção de anormalidade. Quando reconhecemos que refletimos qualidades que procedem de Deus, nos imbuímos de confiança, segurança, humildade e capacidade de fazer aquilo que somos chamados a fazer. Cada filho de Deus é uma idéia individual. Portanto, faz-se necessário compreender que cada um de nós tem seu próprio nicho para preencher, um nicho que não poder ser preenchido por ninguém mais. Cada um de nós é necessário e tem valor inestimável. E cada um de nós, como reflexo de Deus, é totalmente capaz.

No entanto, às vezes nos subestimamos, pensando não sermos tão capazes como outras pessoas. Porém, quando esses pensamentos e sentimentos se apresentam, podemos nos volver a Deus em oração, para discernir nossa verdadeira natureza como Seu reflexo, para buscar Sua orientação, para adquirir uma compreensão melhor sobre a individualidade e o lugar que o homem ocupa. Quando compreendemos espiritualmente que cada um de nós tem seu próprio nicho no reino de Deus, vemos a habilidade e a auto-estima marcar nossa experiência com sucesso. Assim, também, pomos em prática a veracidade das palavras da Sra. Eddy: "Cada indivíduo tem de ocupar seu próprio nicho no tempo e na eternidade."Retrospecção e Introspecção, p. 70.

Quando nos recusamos a reconhecer o valor e a utilidade de cada um no reino de Deus, subestimamos o homem e fomentamos o erro. Daí a necessidade de vermos o homem como filho de Deus, que reflete a infinita individualidade dEle. Esse reconhecimento ajuda-nos a compreender e a provar que cada um tem um papel importante a desempenhar, que cada um tem talentos e habilidades que expressam a natureza de Deus.

Cristo Jesus disse: "Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus." Mateus 5:16. Deixamos nossa luz brilhar quando expressamos a Deus em nossos pensamentos, em nossos anelos e ações. Quando deixamos nossa luz brilhar, expressando a pureza e a capacidade que Deus nos concedeu, somos capazes de descobrir nosso próprio nicho e ver refletida a natureza de Deus no homem.

Poderá acontecer, no entanto, que mesmo assim não nos consideremos tão capazes como os outros. Talvez nossa vida tenha tomado um rumo diferente do que havíamos planejado. No entanto, por meio da oração, somos capazes de ver a nós mesmos sob o ponto de vista espiritual como filhos ou filhas de Deus, amados e de valor inestimável para Ele. Também, por meio da oração, podemos perceber que Deus tem um nicho reservado para nós, que nenhuma outra pessoa pode ocupar e que não pode ser usurpado.

Quando compreendemos o relacionamento indissolúvel do homem com Deus, como foi ensinado e demonstrado por Jesus, reconhecemos que o sentimento de estarmos separados de nosso Criador não passa de uma sugestão da mente carnal, não é um fato do ser. E porque é uma sugestão e não um fato, podemos negá-la e substituí-la com uma percepção mais profunda sobre a união do homem com seu Criador.

Quando alcançamos essa compreensão mais clara e profunda, somos capazes de sufocar as sugestões de inutilidade e incapacidade. Vemos, então, as falsas sugestões se dissolverem por falta de expressão. E a verdadeira natureza do homem, como filho de Deus, se amplia e se expressa.

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