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Espiritualmente "em forma"

Da edição de fevereiro de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Hoje Em Dia, muitas pessoas dedicam boa parte de seu tempo a manter-se "em forma". Todos querem ter boa aparência e sentir-se bem. No entanto, essa "forma", na maioria das vezes, é medida unicamente do ponto de vista físico. O que podemos fazer para que nossos pensamentos estejam "em forma"? Sabemos que estamos espiritualmente em forma quando nossa vida serve a Deus mais e mais. Flexionar os músculos mentais do altruísmo, da dedicação, da imolação própria e da pureza desenvolve nossa força espiritual inata e, na realidade, traz mais satisfação do que o exercício físico.

No entanto, treinar o pensamento para se basear em conceitos espirituais requer disciplina, muito mais disciplina do que para levantar alguns pesos adicionais ou correr alguns quilômetros a mais. O treinamento a que nos referimos exige a compreensão constante da "anatomia" do pensamento. A Sra. Eddy escreve em Ciência e Saúde: "A anatomia, quando espiritualmente concebida, é o conhecimento mental de si mesmo e consiste na dissecação dos pensamentos para descobrir-lhes a qualidade, a quantidade e a origem. São divinos ou humanos os pensamentos? Eis a questão importante."Ciência e Saúde, p. 462.

Verificar cada pensamento para constatar se sua origem é divina ou humana exige esforço e empenho. Resulta, no entanto, em muita alegria, pois conduz-nos a um novo e inspirado reconhecimento, vindo de Deus, de nosso propósito e satisfação.

Talvez acreditemos que por mais "exercício" espiritual que façamos, não conseguiremos apagar os erros cometidos no passado. Isso, no entanto, não pode ser verdade. O bom de ficarmos mentalmente em "forma" é que a Bíblia nos assegura de que já somos como devemos ser! Cada um de nós é espiritual e perfeito, criado à imagem de Deus, à própria imagem do Altíssimo. A Bíblia nos diz: "O próprio Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus." Romanos 8:16. Como idéia de Deus, o homem não pode jamais decair de Sua graça e glória. O que temos, é a oportunidade de comprovar nossa verdadeira união com Ele, apesar de quaisquer evidências em contrário.

Precisamos perguntar-nos: qual é nosso propósito ao ficar "em forma"? Acaso não é o de provar que somos, de fato, filhos e filhos de Deus?

O desejo de estar em forma é o primeiro passo para alcançar esse alvo. Cristo Jesus prometeu: "Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e a quem bate, abrir-se-lhe-á. Qual dentre vós é o pai que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?" Lucas 11:10, 11. No seguinte trecho de Miscellaneous Writings, a Sra. Eddy projeta nova luz sobre o versículo acima: "Quando um coração faminto pede pão ao divino Pai-Mãe Deus, não recebe uma pedra — mas sim mais graça, obediência e amor. Se esse coração, humilde e confiante, com fé pedir ao Amor divino que o alimente com o pão do céu, com saúde e santidade, ele será moldado de forma a poder receber a resposta a seus desejos; então fluirá para a 'torrente das Suas delícias', o tributário do Amor divino, e seguir-se-á um grande crescimento na Ciência Cristã, ou seja, aquela alegria que encontra seu próprio bem no bem que proporciona a outrem." Mis., p. 127. Nosso desejo de crescimento em graça encontra sua origem no Cristo que fala á consciência humana, e essa receptividade tem de ser recompensada.

Vejamos o que aconteceu com Jacó, no relato bíblico. Ver Gênesis 25–33. O Antigo Testamento conta que, na juventude, seu caráter deixava mutio a desejar. Por um prato de lentilhas negociou com Esaú o direito deste à primogenitura. Enganou seu pai, induzindo-o a abençoá-lo no lugar de Esaú e depois fugiu de casa para escapar da ira de seu irmão. No entanto, transformou-se no homem que, sob a orientação de Deus, iria tornar-se o pai de todas as tribos hebraicas.

Os acontecimentos que se sucederam transformaram a Jacó. Longe de casa, passou muitos anos trabalhando duro, criando uma família e aproximando-se de Deus. Esses anos moldaram e amadureceram seu pensamento. Quando compreendeu que havia chegado a hora de voltar e enfrentar o irmão, estava pronto e foi obediente em seguir a orientação de Deus.

Na viagem de volta à sua terra, aconteceu algo extraordinário. Jacó lutou durante toda uma noite com um anjo, uma mensagem de Deus, e tanto seu nome como seu caráter foram mudados. Ao invés de Jacó, que significa "aquele que toma o lugar ou passa para trás", passou a ser chamado de Israel, que significa "o príncipe que prevalece com Deus". Essa mudança da natureza de Jacó pode ser considerada como uma mudança do conceito que tinha de si mesmo. Havia aprendido a vencer a fraqueza humana com a ajuda de Deus e agora poderia enfrentar seu irmão com coragem. O que aconteceu foi que o encontro dos dois se transformou numa ocasião de regozijo para ambos.

Deus sempre tivera um plano para Jacó (como Ele o tem para cada um de Seus filhos), mas Jacó precisava estar "em forma" para fazer a vontade do Pai. Enquanto se apegou ao velho conceito mortal de si mesmo, não estava preparado para cumprir seu propósito. As experiências pelas quais passou e a espiritual que teve, provocaram a mudança necessária. Sua vida transformou-se num testemunho de serviço ao único Deus e á fundação de uma nação.

Eu tive uma experiência que me ensinou algumas coisas sobre a verdadeira "forma". Apesar de ser, havia algum tempo, membro ativo de uma igreja de Cristo, Cientista, senti que precisava adquirir um conceito mais profundo sobre o que a Ciência Cristã significava para mim. Isso ficou especialmente claro após haver passado por uma situação difícil que continuava a provocar agitação emocional.

A certa altura, decidi dedicar um dia inteiro a observar meus pensamentos para que se mantivessem alinhados com o que eu sabia ser a verdade sobre Deus, sobre mim e meu próximo. Os primeiros cinco minutos foram suficientes para alertar-me para o quanto em precisava aprender! Usei todas as ferramentas de que dispunha para chegar ao fim do dia com algum resultado eficaz. No carro, ouvi fitas gravadas com hinos da Ciência Cristã e tratei de ter uma Bíblia sempre perto de mim para estudar nos momentos livres. Com diligência procurei manter em primeiro plano, no pensamento, o fato de que somente Deus governava cada detalhe de meu dia, tanto em casa como no trabalho. Senti que estava novamente aprendendo a pensar.

No fim do dia, constatei que manter a mente firme na Verdade não só era possível, mas era os pensamentos sem direção, durante o dia inteiro. Essa disciplina mental foi muito importante para que eu vencesse a agitação emocional com que me defrontava. No entanto, só quando ocorreu outro fato é que percebi o amplo alcance de se ficar cada vez mais próximo a Deus.

Logo depois de haver passado o dia disciplinando meu pensamento, a diretoria de minha igreja perguntou-me se eu poderia aceitar um cargo numa determinada comissão. Eu sempre almejara fazer parte dessa comissão, mas nunca me sentira digna e pronta. Essa, no entanto, era a prova de que eu estava agora apta para a responsabilidade!

Como a Diretoria nada sabia de minha vida particular, nem tinha conhecimento de minha recente cura, senti claramente que essa nova incumbência era uma dupla mensagem de Deus: (1) Você está pronta e se desempenhará bem, e (2) Você tem essa nova responsabilidade, portanto, nada de voltar para trás! Ambas as mensagens eram importantes. Aceitei o cargo com uma alegria e gratidão que não podiam ser totalmente explicadas à diretoria.

Quanto a estar em forma, portanto, podemos perguntar-nos: "Para onde Deus está me conduzindo, espiritualmente? O que posso fazer para estar "em forma" quando vier o chamado? Essa maravilhosa aventura de novas descobertas está aguardando a todos nós. Um programa de exercitação espiritual, por meio da oração e do estudo, apresenta desafios, mas é gratificante, e nos manterá constantemente "em forma".

Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.

Gálatas 5:25

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