No Início De 1991, fiquei doente com uma espécie de gripe. Orei bastante, não só por essa situação de desarmonia, mas também por minha vida profissional em geral, pois eu estava insatisfeito com alguns aspectos de meu trabalho como professor universitário. No entanto, o problema continuou a piorar de tal maneira que eu já não conseguia mais dar aulas.
Em março, achei que deveria solicitar uma licença. Para isso tive de passar por um exame médico. O médico ficou muito preocupado e disse que eu sofria de bronquite muito forte, que estava rapidamente se tornando enfisema. Ele achou que o meu estado de saúde era ruim.
Tirei seis semanas de licença e continuei minha oração e estudo profundo da Ciência Cristã. Trabalhei com vários praticistas durante essa experiência (um de cada vez, lógico). Cada um sugeriu muitas citações inspirativas para meu estudo, bem como tarefas específicas, inclusive escrever uma palestra sobre a Ciência Cristã. Percebi que tinha de colocar em prática tudo que eu pudesse, daquilo que estava estudando.
Entre as muitas citações maravilhosas da Bíblia e dos escritos da Sra. Eddy, várias se destacam em minha lembrança, inclusive uma de Retrospecção e Introspecção: "As palavras do poeta 'A ordem é a primeira lei do céu', são tão eternamente verdadeiras, tão axiomáticas, que se tornaram um truísmo; e sua sabedoria é tão óbvia para a religião e a erudição, quanto o é para a astronomia ou a matemática" (p.87). Parecia que eu estava tendo dificuldade de manter organizados os meus pensamentos, as minhas atividades e também minha capacidade de me concentrar no estudo. Esse trecho me ajudou a pôr mais ordem na minha vida.
Embora não estivesse totalmente bem, minhas orações me levaram a decidir retornar ao trabalho no início de maio. Dois versículos da Bíblia me deram muito alento, especialmente nos dias em que eu parecia não ter forças suficientes para desempenhar minhas obrigações. O primeiro, do Salmo 23: "O Senhor é meu pastor; nada me faltará" (versículo 1); e o segundo, de Provérbios: "Confia no Senhor de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos e ele endireitará as tuas veredas" (3:5, 6). A primeira linha de Ciência e Saúde também me ajudou muito: "Para os que se apóiam no infinito sustentador, o dia de hoje está repleto de bênçãos" (p. vii).
Um praticista fez uma analogia com o esporte, que foi muito importante para mim. "Se você quiser jogar no melhor time, terá de enfrentar os melhores jogadores do mundo." Isso me esclareceu pelo menos dois aspectos: primeiro, percebi que não tinha de me sentir culpado por ter tirado licença médica, porque fora algo necessário e eu estava progredindo em minha compreensão e demonstração da Ciência Cristã. Segundo, eu realmente precisava me dedicar com afinco a enfrentar o mal e destruí-lo pelo poder da oração, ali onde eu estava humanamente.
Tinha de enfrentar a crença de que eu era um ser corpóreo, suscetível a doenças graves que iriam exigir tempo para a recuperação. Não precisamos de tempo para nos recuperar, quando despertamos de um pesadelo. Da mesma maneira, a Ciência Cristã nos mostra que toda e qualquer doença não tem mais realidade do que um sonho mau e, como este, não faz parte de nós.
Durante o verão, decidi fazer alguns trabalhos administrativos, enquanto lecionava em um curso. Embora por momentos ainda me sentisse bastante mal, conseguia demonstrar mais domínio a cada dia e, em agosto, estava totalmente livre da doença e da fraqueza. Desde essa experiência, participo em muitas atividades esportivas e também canto muito. O fato de ter ganhado alguns troféus em maratonas, desde que fiquei curado, deixa claro que estou totalmente livre de problemas respiratórios.
Sou muito grato a Deus por essa cura. Também prezo o crescimento que fiz em demonstrar a Ciência Cristã. Agradeço a ajuda recebida dos praticistas e sou grato por todos os meios que temos à nossa disposição para estudar e compartilhar a Ciência Cristã no nosso mundo faminto.
Yabucoa, Porto Rico
 
    
