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Espelho d'água e propósito

Da edição de julho de 1997 dO Arauto da Ciência Cristã


Alunos amados: — Ao agradecer-vos pelo presente do gracioso espelho d' água para minha residência, Pleasant View, em Concord, New Hampshire, não faço distinção entre meus alunos, e vossos alunos; pois aqui, os vossos se tornam meus através da gratidão e do afeto.

Quando, da minha janela na torre, eu olhar para esse sorriso da Ciência Cristã, esse presente de meus alunos e dos alunos deles espelhará sempre o seu amor, lealdade e boas obras. Salomão disse: "Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim, o coração do homem, ao homem."

As águas que correm pelos vales, e que vós suavemente desviastes de seu curso para virem até mim, estão, há séculos, alimentando a imaginação. A teologia, religiosamente, batiza com água, a medicina a aplica ao físico, a hidrologia a utiliza de forma pretensamente científica, e a metafísica a adota especificamente como símbolo e sombra. Do ponto de vista metafísico, o batismo tem o propósito de repreender os sentidos e ilustrar a Ciência Cristã.

Primeiro: O batismo do arrependimento é sem dúvida um estado de contrição da consciência humana, no qual os mortais passam a examinar a si mesmos com severidade; é um estado mental em que se rasga o véu que esconde a deformidade mental. Os olhos se enchem de lágrimas, a angústia se debate, o orgulho se rebela e o homem mortal perece um monstro, uma nuvem de erro, escura e impenetrável; então, humilde perante Deus, caindo de joelhos em oração, ele clama: "Salva-me, ou perecerei." Dessa forma, a Verdade, sondando o coração, neutraliza e destrói o erro.

Esse período mental é às vezes um estado crônico mas, com mais frequência, é agudo. Enquanto perdura, vem acompanhado de dúvida, esperança, pesar, alegria, derrota e triunfo. Quando é travado o bom combate, o erro depõe as armas e beija os pés do Amor, enquanto a paz, com brancas asas, canta ao coração a canção dos anjos.

Segundo: O batismo do Espírito Santo é o espírito da Verdade, que lava de todo pecado; dando aos mortais novos motivos, novos propósitos, novos afetos, todos apontando para cima. Esse estado mental se estabelece sob a forma de força, liberdade, profunda fé em Deus; além de notável perda de fé no mal, na sabedoria humana, nos procedimentos, sistemas e meios humanos. Ele desenvolve a capacidade individual, aumenta as atividades intelectuais e desperta de tal forma a sensibilidade moral, que as grandes exigências do sentido espiritual são reconhecidas, e elas repreendem os sentidos materiais, exercendo domínio sobre a consciência humana.

Mediante a purificação do pensamento humano, esse estado mental permeia de maior harmonia todas as minúcias dos assuntos humanos. Traz consigo presciência, sabedoria e poder maravilhosos; faz com que o propósito mortal se desprenda do eu, dota de firmeza as resoluções e coroa de êxito o esforço. Mediante o aumento da espiritualidade, Deus, o Princípio divino da Ciência Cristã, literalmente governa os objetivos, a ambição e os atos do Cientista. O governo divino proporciona prudência e energia; elimina para sempre toda inveja e rivalidade, toda malignidade no pensar, no falar e no agir; e a mente mortal, assim purificada, ganha paz e poder exteriores a si própria.

Essa Ciência Cristã prática é a Mente divina, a Verdade e o Amor incorpóreos, brilhantes em meio à neblina da materialidade, dissipando as sombras chamadas pecado, doença e morte.

Na experiência mortal, o fogo do arrependimento primeiro separa o ouro da escória, e a reforma traz a luz que dissipa a escuridão. Dessa forma, a atuação do espírito da Verdade e do Amor no pensamento humano "há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar", conforme as palavras de São João.

Terceiro: O batismo do Espírito, a imersão final da consciência humana no oceano infinito do Amor, é a última cena dentro do sentido corpóreo. Esse ato onipotente faz descer o pano sobre o homem material e a mortalidade. Depois disso, a identidade, ou seja, a consciência do homem reflete somente o Espírito, o bem, cujo ser visível é invisível aos sentidos físicos; os olhos nunca o viram, pois é a substância-Espírito, a consciência-Espírito, individual e sem corpo, denominada, na metafísica cristã, homem ideal, — para sempre impregnado de vida eterna, de santidade, de paraíso. Essa ordem da Ciência é o encadeamento das épocas, que mantém entre elas sua óbvia concordância e une todos os períodos no desígnio divino. O arrependimento do homem mortal e seu abandono absoluto do pecado dissolve por fim toda suposta vida material ou sensação física, e o homem corpóreo ou mortal desaparece para sempre. As incômodas moléculas mortais, chamadas homem, desvanecem-se como um sonho; mas o homem nascido do grande Sempiterno continua a viver, coroado e abençoado por Deus.

Os mortais que, nas praias do tempo, aprendem a Ciência Cristã, e vivem o que aprendem, fazem rapidamente a transição para o céu — o eixo em volta do qual giram todas as revoluções, naturais, civis e religiosas, as primeiras sendo as servas destas últimas, — do instável para o permanente, do imundo para o puro, do entorpecido para o sereno, dos extremos para o intermédio. Acima das ondas do Jordão, a lamberem as margens que se encolhem, ouvem-se as boas-vindas do Pai e Mãe, dizendo para sempre ao que foi batizado no Espírito: "Este é o meu Filho amado." O que mais, a não ser a Ciência divina, poderá interpretar a existência eterna do homem, a totalidade de Deus, e a científica indestrutibilidade do universo?

Os estágios progressivos da Ciência Cristã são alcançados mediante crescimento, não acréscimo; a ociosidade é inimiga do progresso. E o crescimento científico não manifesta nenhuma fraqueza, nenhuma emasculação, nenhuma visão ilusória, nenhum alheamento sonhador, nenhuma insubordinação às leis que existem, nenhuma perda nem falta daquilo que constitui a verdadeira natureza do homem.

O crescimento é governado pela inteligência; pelo Princípio ativo, Deus, que é todo-sábio, cria a lei, impõe-na e a cumpre. O verdadeiro Cientista Cristão realça constantemente a harmonia, em palavras e em obras, mental e verbalmente, repetindo em perpetuidade este diapasão celestial: "O bem é meu Deus, e o meu Deus é o bem. O Amor é meu Deus, e meu Deus, é Amor."

Amados alunos, vós já empreendestes o caminho. Nele persisti com paciência; Deus é bom, e o bem é a recompensa de todos os que diligentemente buscam a Deus. Vosso crescimento será rápido, se amardes o bem acima de tudo, se compreenderdes e obedecerdes ao Guia, que, indo à vossa frente, escalou a íngreme subida da Ciência Cristã, ergue-se no cimo do monte da santidade, a habitação de nosso Deus, e banha-se na fonte batismal do Amor eterno.

Durante vossa jornada, ao suspirar, às vezes, pelo alívio "junto às águas de descanso", ponderai essa lição de amor. Aprendei seu propósito; e, com esperança e fé, onde os corações se encontram e se abençoam reciprocamente, bebei comigo as águas vivas do espírito do propósito da minha vida — inculcar na humanidade o verdadeiro reconhecimento da Ciência Cristã prática e atuante.

Da obra Miscellaneous writings (Escritos Diversos), PP. 203-207. Publicado com permissão do Conselho de Diretores da Ciência Cristã.


De acordo com diretrizes estabelecidas por Mary Baker Eddy, o texto original inglês aparece nas páginas que confrontam a tradução de seus escritos. Todas as outras páginas serão em português, como de costume.

Pond and Purpose

Beloved Students: — In thanking you for your gift of the pretty pond contributed to Pleasant View, in Concord, New Hampshire, I make no distinction between my students and your students; for here, thine becomes mine through gratitude and affection.

From my tower window, as I look on this smile of Christian Science, this gift from my students and their students, it will always mirror their love, loyalty, and good works.Solomon saith, “As in water face answereth to face, so the heart of man to man.”

The waters that run among the valleys, and that you have coaxed in their course to call on me, have served the imagination for centuries. Theology religiously bathes in water, medicine applies it physically, hydrology handles it with so-called science, and metaphysics appropriates it topically as type and shadow. Metaphysically, baptism serves to rebuke the senses and illustrate Christian Science.

First: The baptism of repentance is indeed a stricken state of human consciousness, wherein mortals gain severe views of themselves; a state of mind which rends the veil that hides mental deformity. Tears flood the eyes, agony struggles, pride rebels, and a mortal seems a monster, a dark, impenetrable cloud of error; and falling on the bended knee of prayer, humble before God, he cries, “Save, or I perish.” Thus Truth, searching the heart, neutralizes and destroys error.

This mental period is sometimes chronic, but oftener acute. It is attended throughout with doubt, hope, sorrow, joy, defeat, and triumph. When the good fight is fought, error yields up its weapons and kisses the feet of Love, while white-winged peace sings to the heart a song of angels.

Second: The baptism of the Holy Ghost is the spirit of Truth cleansing from all sin; giving mortals new motives, new purposes, new affections, all pointing upward. This mental condition settles into strength, freedom, deep-toned faith in God; and a marked loss of faith in evil, in human wisdom, human policy, ways, and means. It develops individual capacity, increases the intellectual activities, and so quickens moral sensibility that the great demands of spiritual sense are recognized, and they rebuke the material senses, holding sway over human consciousness.

By purifying human thought, this state of mind permeates with increased harmony all the minutiæ of human affairs. It brings with it wonderful foresight, wisdom, and power; it unselfs the mortal purpose, gives steadiness to resolve, and success to endeavor. Through the accession of spirituality, God, the divine Principle of Christian Science, literally governs the aims, ambition, and acts of the Scientist. The divine ruling gives prudence and energy; it banishes forever all envy, rivalry, evil thinking, evil speaking and acting; and mortal mind, thus purged, obtains peace and power outside of itself.

This practical Christian Science is the divine Mind, the incorporeal Truth and Love, shining through the mists of materiality and melting away the shadows called sin, disease, and death.

In mortal experience, the fire of repentance first separates the dross from the gold, and reformation brings the light which dispels darkness. Thus the operation of the spirit of Truth and Love on the human thought, in the words of St. John, “shall take of mine and show it unto you.”

Third: The baptism of Spirit, or final immersion of human consciousness in the infinite ocean of Love, is the last scene in corporeal sense. This omnipotent act drops the curtain on material man and mortality. After this, man’s identity or consciousness reflects only Spirit, good, whose visible being is invisible to the physical senses: eye hath not seen it, inasmuch as it is the disembodied individual Spirit-substance and consciousness termed in Christian metaphysics the ideal man — forever permeated with eternal life, holiness, heaven. This order of Science is the chain of ages, which maintain their obvious correspondence, and unites all periods in the divine design. Mortal man’s repentance and absolute abandonment of sin finally dissolves all supposed material life or physical sensation, and the corporeal or mortal man disappears forever. The encumbering mortal molecules, called man, vanish as a dream; but man born of the great Forever, lives on, God-crowned and blest.

Mortals who on the shores of time learn Christian Science, and live what they learn, take rapid transit to heaven, — the hinge on which have turned all revolutions, natural, civil, or religious, the former being servant to the latter, — from flux to permanence, from foul to pure, from torpid to serene, from extremes to intermediate. Above the waves of Jordan, dashing against the receding shore, is heard the Father and Mother’s welcome, saying forever to the baptized of Spirit: “This is my beloved Son.” What but divine Science can interpret man’s eternal existence, God’s allness, and the scientific indestructibility of the universe?

The advancing stages of Christian Science are gained through growth, not accretion; idleness is the foe of progress. And scientific growth manifests no weakness, no emasculation, no illusive vision, no dreamy absentness, no insubordination to the laws that be, no loss nor lack of what constitutes true manhood.

Growth is governed by intelligence; by the active, all-wise, law-creating, law-disciplining, law-abiding Principle, God. The real Christian Scientist is constantly accentuating harmony in word and deed, mentally and orally, perpetually repeating this diapason of heaven: “Good is my God, and my God is good. Love is my God, and my God is Love.”

Beloved students, you have entered the path. Press patiently on; God is good, and good is the reward of all who diligently seek God. Your growth will be rapid, if you love good supremely, and understand and obey the Way-shower, who, going before you, has scaled the steep ascent of Christian Science, stands upon the mount of holiness, the dwelling-place of our God, and bathes in the baptismal font of eternal Love.

As you journey, and betimes sigh for rest “beside the still waters,” ponder this lesson of love. Learn its purpose; and in hope and faith, where heart meets heart reciprocally blest, drink with me the living waters of the spirit of my life-purpose, — to impress humanity withthe genuine recognition of practical, operative Christian Science.

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