"Qual De Vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?" (Mateus 6:27) A Bíblia nos ensina que tudo é possível a Deus, quando compreendemos que é pela influência do Cristo em nós que a obra se realiza.
Há muitos anos eu caí e machuquei gravemente uma perna, que ficou quase cinco centímetros mais curta do que a outra. Para manter o equilíbrio ao caminhar, eu usava um calçado ortopédico de sola grossa, que parecia pesar uma tonelada.
Esforcei-me para não sentir pena de mim mesma, pois eu sabia que devia achegar-me, "confiadamente, junto ao trono da graça", e enfrentar e destruir aquela dificuldade, atenta à voz de Deus e Seu Cristo. Fui divinamente protegida em meio à fornalha ardente do medo e do desânimo, e triunfei contra a tirania do pensamento aleijado.
A cada manhã eu elevava o pensamento a Deus, além e acima da grossa sola do sapato. Eu andava entre amigos e conhecidos com a convicção espiritual de que a única coisa que o homem podia ver era a imagem de Deus, completa, sem sofrer falta de coisa alguma. Eu vivia com o Cristo, apoiada nestas palavras sagradas: "E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim mesmo" (João 12:32).
Tive a oportunidade de falar com um dedicado praticista da Ciência Cristã, cuja compreensão do Cristo me infundiu um sentimento do amor infalível de Deus pelo homem. Guiada por Deus, abri o coração ao praticista e falei-lhe acerca do meu problema. De certo modo, sentia que sua consciência do Cristo sanador poderia inspirar o meu próprio pensamento.
No dia seguinte, foi muito incômodo usar o sapato ortopédico. Era um dia muito quente, e eu atribuí o desconforto ao calor. Devido ao desequilíbrio, eu sempre usava sapatos em casa mas, naquela noite, chutei-os literalmente para longe, com grande alívio. Depois de ler por algum tempo, resolvi ir me deitar. Em vez de calçar novamente os sapatos, decidi equilibrar-me num pé só mas, ao levantar-me da cadeira, subitamente senti como se estivesse em estado de choque, ou como se eu tivesse adormecido e continuasse a sonhar. Ou talvez eu estivesse em ponto de morte, pois ali estava eu, apoiada sobre os dois pés, e estes encontravam-se alinhados perfeitamente, um ao lado do outro. É claro que eu não estava sonhando, nem morrendo, mas ali estavam, ambos os pés firmes, na presença de Deus, a comprovar o Seu poder sanador!
Não contei nada a meu marido e fui para a cama (se é que se pode dizer assim, pois passei a maior parte da noite levantando e deitando, olhando os dois pés para ver se estavam nivelados com o assoalho, quase sem conseguir acreditar que a perna mais curta tinha-se alongado).
Na manhã seguinte, que era um domingo, anunciei a meu marido que eu não iria à igreja. Surpreso, perguntou-me por quê. Respondi-lhe, e não estava mentindo, que eu não tinha sapatos para calçar. Ele me olhou, muito preocupado, e veio até mim, declarando que há uma Mente só. Eu lhe disse: "Não se impressione, não", e pedi que olhasse para os meus pés.
A gratidão que ambos sentimos era tanta que jamais poderá ser posta em meras palavras. Contatei o praticisata que levara meu pensamento à presença do Cristo sanador, e dei-lhe as boas-novas.
Qual foi, porém, a verdadeira cura? Naturalmente, além da volta à normalidade, foi a revelação de que eu nunca havia perdido a saúde e a inteireza de meu ser espiritual. Assim é a oração atendida.
Essa demonstração mostra o poder de curar e a glória da Ciência Cristã, que cumpre a promessa de Deus e de Seu Cristo. É Emanuel, "Deus conosco".
Houston, Texas, E.U.A.
