Num programa em ondas curtas do O Arauto da Christian Science,
, que mora agora em Zurique, na Suíça, contou como orou para resolver um problema de saúde de sua filhinha recém-nascida. Temos o prazer de apresentar aos nossos leitores o conteúdo dessa entrevista radiofônica.Umas horas depois do nascimento de minha primeira filha, em 1987, quando morávamos no Texas, a pediatra de plantão entrou no meu quarto com um semblante muito desagradável e espalhou na minha cama uma pilha de radiografias. Contou que a menina tinha nascido com as pernas deslocadas, devido à posição em que estivera a gestação. Liguei para um praticista e ele me consolou e disse que me apoiaria no trabalho de oração, e que a menina já era, naquele mesmo momento, perfeita, pois era crida por Deus. Umas horas depois meu marido chegou. Expliquei o que a médica tinha dito e lhe assegurei que a menina estava bem e já era perfeita naquele momento. Meia hora depois a pediatra voltou com outra médica, dizendo que a situação era grave. Meu marido ouviu tudo com muita calma e agradeceu-lhes a atenção. Disse-lhes que nós dois, de comum acordo, resolveríamos o que seria melhor para nossa filha. A médica percebeu que existia uma união entre nós onde ela não podia penetrar. Fomos para casa e pedi ao meu marido que me desse dez dias para orar e ver nossa filha perfeita, como ela era por ser filha de Deus, feita à imagem e semelhança dEle. Prometi que, se nesses dez dias não houvesse nenhuma mudança, falaríamos de novo sobre que medidas tomar. A razão desses dez dias é porque a médica marcara uma data para levarmos o bebê a um especialista. Se não o fizéssemos, ela abriria um processo contra nós, alegando negligência de nossa parte. Durante esse período oraríamos, afirmando as verdades que eu aprendera na Christian Science, desde criança. Meu marido me perguntou como poderia ajudar, o que poderia fazer. E eu lhe pedi que me apoiasse simplesmente em duas coisas: uma, que durante o dia, quando ele fosse trabalhar, sempre se lembrasse da filhinha como um ser perfeito, como a filha de Deus, criada em toda perfeição. E que não ocupasse seu pensamento com o medo devido ao quadro descrito no hospital. Ele respondeu: "Isso não é problema para mim. Eu posso ver que ela é perfeita. Ela é tão bonitinha." E pedi que não conversássemos com ninguém sobre o problema, para não causar medo e preocupação aos nossos amigos e parentes.
Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz: "A grande verdade na Ciência do ser, de que o homem real era, é, e sempre será perfeito, é incontrovertível; pois se o homem é a imagem, o reflexo, de Deus, não está invertido nem subvertido, mas é reto e semelhante a Deus" (p.200). Apeguei-me com toda a força a essa passagem, para compreendê-la a fundo. Pouco antes a Sra. Eddy fala sobre o escultor que sempre olha para o modelo perfeito, para que sua obra seja o mais semelhante possível àquele modelo. Procurei também compreender isto, do mesmo livro: "A oração que reforma o pecador e cura o doente é uma fé absoluta em que tudo é possível a Deus — uma compreensão espiritual acerca dEle, um amor abnegado" (p. 1). Senti muito alento ao pensar que tudo é possível a Deus, mas que precisamos ter fé absoluta e compreensão acerca dEle. Esse era o meu dever, compreender a Deus melhor e compreender que nós três éramos filhos perfeitos de Deus, Sua imagem e semelhança. Durante dez dias eu liguei para o praticista com freqüência. Nunca procurei ver se as pernas estavam no lugar. Eu sempre trocava as fraldas do bebê com alegria. Quando vinham visitas, nunca comentávamos o problema, ninguém jamais notou nada. Ao cabo de dez dias fomos à consulta, levando todas as radiografias e o diagnóstico. Na sala espera havia cinco ou seis casais com crianças recém-nascidas, com o mesmo problema da nossa filha. A única diferença é que era a nossa primeira visita e essas crianças estavam no mínimo na terceira ou quarta visita. Elas estavam todas com gesso pesado, do peito para baixo, cobrindo totalmente as cadeiras e as perninhas. Meu marido ficou muito impressionado com aquela cena, com medo que saíssemos de lá com nossa filhinha também engessada. Convidei-o a sair dali e caminhar pelo corredor, para não nos impressionarmos. E eu lhe disse: "Passamos dez dias pensando no homem criado à imagem e semelhança de Deus. Você passou esses dez dias lembrando que a sua filhinha é perfeita. Não deixe o sentido material e esse quadro que estamos vendo destruir tudo que fizemos até agora." E acrescentei: "Sabe, não existe nenhuma diferença entre a nossa filha e essas outras crianças. Elas também são perfeitas. A única diferença é que nós sabemos a verdade, e aqueles pais ainda não aprenderam esse fato espiritual. Mas elas também são perfeitas. Vamos manter esse pensamento para nossa filha e para todas as crianças."
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