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O corpo é sempre inocente

O Amor cura a humanidade por meio da lei divina.

Da edição de março de 1999 dO Arauto da Ciência Cristã


O Corpo Humano não é criminoso, não é um malfeitor. Não tem culpa de nenhum "crime" de doença ou de alguma função que não esteja em plena harmonia. Não é ele que causa, produz ou desenvolve a doença. Comumente, porém, aceita-se que é necessário constantemente observar o corpo em busca de sinais ou sintomas de doenças das quais o corpo supostamente toma a iniciativa e depois as desenvolve, independente da mente. Mas o corpo não é autônomo, não é auto-atuante nem auto-governado. Ele é totalmente controlado pelo pensamento, de forma consciente ou inconsciente.

Os assim chamados mente e corpo mortais não são entidades separadas. Constituem uma unidade na qual a mente, de acordo com a crença humana, é o fator dominante. O corpo poderia ser comparado com a tela de um computador. As mensagens e formas que nela aparecem são determinadas somente pela informação colocada no computador. O corpo é tão inocente quanto a tela, por assim dizer, pois simplesmente registra os pensamentos aos quais demos entrada. Se quisermos curar um corpo doente, os estados mentais negativos que a mente mortal pretende impor sobre ele, tais como o medo, têm de ceder lugar às verdades da Mente eterna, aos pensamentos sagrados que proporcionam saúde, constantemente transmitidos por Deus à Sua idéia, o homem.

Mary Baker Eddy escreve em Ciência e Saúde: "Nosso Mestre perguntou: 'Como pode alguém entrar na casa do valente e roubar-lhe os bens sem primeiro amarrá-lo?' Em outras palavras: como posso curar o corpo, sem começar pela assim chamada mente mortal, que governa diretamente o corpo? Uma vez destruída a moléstia nessa assim chamada mente, o medo à moléstia desaparece, e portanto a moléstia fica completamente curada" (p. 399).

Como podemos "amarrar o valente, a mentalidade mortal, material, para poder despojá-lo de seus "bens", ou seja, dos maus efeitos da doença e da dor? Os medos da mente mortal estão amarrados, despojados de poder para causar dano, à medida que chegamos a conhecer a Deus como Amor divino, a única Mente perfeita, e sentir assim a presença do Amor. "No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo", (1 João 4:18) é o que diz o Apóstolo João. O medo constantemente diminui quando tomamos maior consciência do grande amor de Deus pelo homem e da disposição, prontidão e capacidade de Deus para curar.

O Amor divino é onipotente. Não cede poder à matéria ou ao mal. O Amor cura a humanidade por meio da lei divina. Compreendendo a lei de Deus e confiando nessa lei, podemos subjugar as teorias materiais sobre a doença, comumente aceitas pela mente mortal como se fossem leis. Cristo Jesus deu provas da supremacia dessa lei, curando as doenças do corpo, tanto as crônicas quanto as agudas. A ciência da cura-pela-Mente, seu Princípio divino e suas leis de Amor, que Jesus demonstrou ao expulsar o medo e ao curar a doença, estão tão ao nosso alcance hoje como no primeiro século.

A Christian Science aborda a cura da doença, acalmando e corrigindo o pensamento humano com a verdade sobre a identidade real do homem como a imagem e semelhança espiritual de Deus. Nossa harmonia e nossa saúde estão para sempre intactas, porque Deus mantém o homem em estado de perfeição. À medida que começamos a compreender o fato de que nosso verdadeiro ser é a incorporação das qualidades espirituais da Mente divina, intacta, não-contaminada, e que não foi perturbada pela doença, desprendem-se as ataduras de medo impostas pelo "valente" e o corpo inocente fica livre.

Nas últimas treze páginas do capítulo "A prática da Christian Science" no livro Ciência e Saúde a Sra. Eddy apresenta uma alegoria que ilustra como a doença é curada por meio da compreensão da supremacia da lei de Deus. A alegoria aparece sob a forma de um julgamento. O "Homem Mortal", o réu, é julgado e condenado no "Tribunal de Erros", pelo "crime" de "doença hepática", cometida como resultado de haver cuidado de um amigo doente. Quando a apelação é feita no "Tribunal do Espírito", a Christian Science aparece como advogado de defesa. A defesa apresentada por esse advogado, baseada nos estatutos das Escrituras, põe a descoberto a falsidade das "Leis de Saúde", que haviam sentenciado o Homem mortal a sofrer e morrer por haver feito o bem ao seu próximo. No discurso de abertura da defesa, o advogado pergunta: "Foi o corpo ou foi a Mente Mortal que cometeu um ato criminoso?" E ele mesmo responde: "O corpo não cometeu delito algum".

O advogado continua, estabelecendo o fato de que o Homem Mortal não pode receber punição por cumprir com a lei do Amor e que o testemunho do "Sentido Pessoal" é totalmente falso. A defesa apresentada pela Christian Science ganha a causa a favor dos direitos divinos que o homem tem, de desfrutar de saúde e harmonia. O prisioneiro é libertado, sua saúde e bem-estar completamente restaurados.

Essa alegoria contém instruções preciosas quanto ao método utilizado na prática da Christian Science. O ponto mais importante, porém, nesse assunto, é que o corpo nunca comete a ofensa de ficar doente. O corpo é sempre inocente. Os estudantes desta Ciência aprendem a jamais culpar o corpo ou temê-lo, quando têm de enfrentar sintomas de doença. O culpado, a causa visível do problema, não é o corpo, mas os medos ou outros erros mentais que parecem governá-lo. Portanto, em vez de observar os sintomas físicos e ficar alarmados com eles, precisamos a espiritualizar nosso pensamento, cedendo à influência sanadora, purificadora da Mente divina e de suas informações sobre a perpétua harmonia do homem A cura por meio da oração requer que desviemos o olhar do corpo, quando buscamos a suposta origem ou causa da doença, e que reconheçamos a Deus, a Mente divina, como a única verdadeira causa e como a sanadora de todos os males humanos.

Em vez de observar os sintomas físicos, precisamos espiritualizar nosso pensamento.

O medo é subjugado quando firmemente nos volvemos à Verdade e ao Amor divino, estabelecendo em nossa consciência os fatos espirituais sobre a totalidade de Deus e ao reconhecermos que o homem, por ser a imagem e semelhança de Deus, é imune ao mal. A consciência pura da verdade espiritual neutraliza as imagens mentais de doença, as quais a mente mortal pretende atrelar ao corpo, e as anula. É assim que se restaura a saúde.

E se nossas orações não produzirem uma cura rápida? Será culpa do corpo? Será que o corpo teimosamente se recusa a cooperar? Não, o corpo não tem culpa. Se ele não responder favoravelmente a nossas orações mais sinceras, geralmente é porque o pensamento está controlado pelo medo. Ciência e Saúde explica: "O corpo melhora sob o mesmo regime que espiritualiza o pensamento; e se a saúde não se manifesta sob esse regime, isso prova que o medo está governando o corpo. Essa é a lei de causa e efeito, ou seja, o semelhante que produz o semelhante" (p. 370).

As vezes o medo subjacente a um problema de saúde não transparece, pode estar latente, escondido no pensamento. Nesse caso, nossa oração tem de aprofundar-se ainda mais na verdade do ser, até que esse erro oculto venha à tona e seja destruído pela Verdade. Jesus declarou: "Nada há oculto, que não haja de manifestar-se, nem escondido, que não venha a ser conhecido e revelado"(Lucas 8:17).

A fim de discernir qual o erro ou o medo que talvez estejam fazendo com que a cura demore em ocorrer, é importante não perder tempo analisando a mente mortal, pois seria como escrutinar a escuridão para discernir a luz. Em vez disso, por meio da oração elevamos o pensamento para a luz do Cristo, a Verdade. Essa luz penetra as trevas do medo e põe a descoberto o erro específico que precisa ser expulso da consciência a fim de que possa haver cura.

Todas as vezes que o "valente" é completamente amarrado pelo Amor divino, seus "bens" desaparecem. É assim que exoneramos o corpo inocente e estabelecemos a liberdade mental e física de acordo com a lei de Deus.

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