Durante séculos, A maioria das pessoas pensou sobre a cura espiritual como um fenômeno do passado. Elas a associavam principalmente com Jesus de Nazaré. Este curou homens, mulheres e crianças de praticamente todas as doenças conhecidas nos tempos bíblicos. Contudo, até mesmo ardorosos cristãos supõem que as curas que Jesus fazia eram acontecimentos únicos da época dele. Eram para ficar na história, não para a época atual, proezas de Jesus e de seus seguidores imediatos, nada que dissese respeito a você ou a mim.
Hoje, tais suposições tornaram-se, elas mesmas, coisa do passado. No mundo inteiro, mulheres e homens estão praticando publicamente a cura espiritual. No Reino Unido, a National Federation of Spiritual Healers (Federação Nacional dos Sanadores Espirituais) anuncia 6.500 associados que “praticam... a arte e a ciência da cura espiritual”. Site da National Federation of Spiritual Healers na Internet. Um número cada vez maior de médicos também está orando com os seus pacientes. Eles estão documentando que as pessoas que tomam “medicamentos espirituais” são mais saudáveis, se recuperam mais depressa de doenças e vivem mais tempo.
Em Bagdá, o clérigo islâmico Abdel Wahab al-Sumari e sua esposa oram com pessoas doentes que desejam volver-se a “um poder divino” para obter a cura. Agência de Notícias Reuters, 11 março de 1999. Em Detroit, EUA, a Pastora Canon Meredith Hunt, da Catedral Episcopal St. Paul, trabalha com pessoas treinadas para serem “lideres de orações” a fim de ajudar membros que estão doentes. “Essa é, com certeza, uma parte da nossa tradição bíblica que havíamos perdido por algum tempo mas que, agora, estamos reavivando”, diz ela. Jornal The Florida Times-Union, 6 de fevereiro de 1998.
Obviamente Canon Meredith Hunt está certa. Jesus convocou os seus discípulos a continuar a missão de cura que ele tinha iniciado. E ele fez tal recomendação para o presente: “Curai enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios” (Mateus 10:8)
Os discípulos de Jesus levaram essa ordem a sério. “Então... percorriam todas as aldeias, anunciando o evangelho e efetuando curas por toda parte” diz a Bíblia (Lucas 9:6). Essa tradição continuou por uns trezentos anos até que rituais, credos e a ordem política a eliminaram. Em seguida, por uns mil e quinhentos anos, a cura cristã foi praticada apenas ocasionalmente por alguns poucos devotos. Ela desapareceu da vida e dos cultos do povo.
Em 1866, entretanto, algo acionou a revitalização da cura espiritual. Uma senhora da Nova Inglaterra recuperou-se, após um grave acidente, unicamente através da leitura da Bíblia. Confiando no fato de que tal cura não fora acidental, ela continuou a estudar a Bíblia — e a cura. Em casos e mais casos ela provou que a cura cristã não estava perdida. Estava bem viva. E isso porque a verdade sanadora de Deus é ativa, agora e para sempre.
Mais tarde, essa mulher, Mary Baker Eddy, escreveu um livro sobre a sua descoberta: Ciência e Saúde Com a Chave das Escrituras, que é uma explicação completa da “Christian Science”, a lei divina da cura que ela encontrou na Bíblia. Em seu livro, ela emprega a palavra curar mais de seiscentas vezes de várias maneriras — e, na maioria das vezes, no tempo presente. “Os cristãos estão hoje sob ordens tão diretas como estavam então”, ela escreve, “de ser semelhantes a Cristo, de possuir o espírito-Cristo, de seguir o exemplo do Cristo e de curar tanto os doentes como os pecadores” (p. 138).
Até hoje, milhões de pessoas já leram Ciência e Saúde. A mensagem desse livro está influenciando o pensamento do mundo há 125 anos. Não é de se surpreender, então, que pessoas de todos os lugares, mesmo que elas ainda não tenham ouvido falar nesse livro, estejam começando a pensar na cura espiritual como uma possibilidade presente, aqui e agora. Margaret é uma dessas pessoas.
Ela me ligou em setembro do ano passado e me disse que seu neto Joe estava em coma, após um acidente de automóvel. Em seu desespero, ela queria saber como deveria orar por ele. Conversamos sobre Deus e como Ele, naquele exato momento, estava mantendo a vida real e espiritual de Joe.
Eis o que Margaret contou, mais tarde, ao seu grupo de oração na Internet, a respeito da nossa conversa e daquilo que se seguiu: “Uma amiga... me assegurou que o espírito de Joe estava vivo e bem. Pouco depois dessa conversa, comecei minha oração e senti uma paz profunda e duradoura que não me abandonou durante todo o processo de cura do Joe e que ainda permanece, durante seu último ano de colegial.”
A cura de Joe foi para valer. Para já. Foi uma cura espiritual no tempo presente — o tipo de cura que nunca mais deverá ser relegada a um passado distante.
