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Matéria de capa

Podemos ter a expectativa do bem?

Da edição de outubro de 2000 dO Arauto da Ciência Cristã


Por ter passado por períodos muito difíceis e por esperar que mais coisas ruins me acontecessem, eu me mantinha num estado de perpétua ansiedade. Vivia apavorada, esperando pela próxima catástrofe. Mas aí descobri um livro maravilhoso: Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy.

Como eu havia conseguido alguns resultados extraordinários com a leitura desse livro, quis saber mais sobre essa maneira de pensar e fui ver uma praticista da Christian Science, uma pessoa que trabalha em tempo integral na prática da cura cristã. Ela me ajudou a compreender mais sobre Deus e sobre a minha relação com o nosso Pai-Mãe. Quando ela ouviu as muitas dificuldades pelas quais eu havia passado, observou: "Isso é estranho, porque não sinto cheiro de fogo em você." Seu comentário fora do comum surpreendeu-me, pois eu não havia mencionado nenhum incêndio. Entretanto, quando conheci melhor a Bíblia, entendi o que ela quisera dizer com isso.

O livro de Daniel relata que o rei Nabucodonosor ordenou que três jovens hebreus, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, fossem lançados numa fornalha ardente, porque eles não queriam adorar a imagem que o rei havia mandado construir (Ver Daniel 3:1-27). Embora soubessem quais seriam as conseqüências de sua decisão, eles optaram por adorar ao único Deus e agora colocavam sua total confiança nEle. Depois de terem sido lançados na fornalha, o rei se espantou ao vê-los caminhando, sem nenhum dano, no meio fogo. A Bíblia continua dizendo que, após terem sido libertados, nem cheiro de fogo passara sobre eles.

Quando comecei a reconhecer a Deus como meu Pai-Mãe amoroso, Aquele em quem eu, também, podia confiar inteiramente, vi que estava sendo igualmente libertada de uma espécie de fornalha. Os fardos que eu havia carregado por tanto tempo começaram a cair de minhas costas, juntamente com o estresse e a ansiedade. A disposição de confiar em Deus, o bem, venceu o medo de que coisas terríveis fossem me acontecer. Em vez de estar num estado mental "inflamável" ou deprimido, estava me tornando consciente de um sentido mais profundo, mais espiritual de mim mesma. A compreensão de que eu era a filha de Deus, trouxe-me um grande senso de paz. Agora que estava consciente do amor de Deus por toda a Sua criação e havia começado a confiar no Seu cuidado infinito, parei de esperar que o pior acontecesse. Ao invés de me deixar vencer pelos problemas, conseguia elevar-me acima deles, estando atenta às idéias de Deus para me guiar.

Afastando-nos mentalmente das aflições e dos obstáculos, conseguimos ficar atentos ao que Deus está nos dizendo. Suas mensagens instilam em nós uma calma confiança no bem. Descobrimos que existem escolhas possíveis. Ao invés de aceitar a doença ou qualquer outro problema, por exemplo, nós podemos escolher a oração, reconhecer a totalidade e a bondade de Deus e a irrealidade de qualquer coisa dessemelhante dEle. Assim, obtemos a cura.

A profissão de meu marido passou por muitos altos e baixos, nas vezes em que nosso país entrou em recessão. Durante um desses períodos, passamos por longos meses de desemprego. Naquela ocasião, não tínhamos nenhuma compreensão do cuidado amoroso e protetor de Deus. Estávamos cheios de medo, desespero e ressentimento e, como resultado, passamos por muitas dificuldades mentais e físicas. Esse torvelinho impedia-nos de ver novas maneiras de lidar com o mercado de trabalho e demoramos muito para nos recuperar.

Muitos anos mais tarde, em outra recessão, meu marido encontrou-se, uma vez mais, à procura de emprego, mas dessa vez enfrentamos o problema de maneira diferente. Tínhamos a expectativa de uma experiência nova e proveitosa. Nessa ocasião, estávamos estudando Ciência e Saúde havia algum tempo e sabíamos que Deus, o Amor divino, estava governando a nossa vida e a nossa carreira. Foi dito ao meu marido que sua situação era muito difícil devido à idade, além de estar em um nível profissional elevado demais. Nós nos recusamos a aceitar e a temer essas alegações. Ao contrário, ficamos firmes nesta afirmação dos Salmos: "O Senhor é o meu pastor; nada me faltará" (23:1).

Tínhamos a certeza de que, se colocássemos nossa confiança em Deus, saberíamos o que fazer. Essa confiança na bondade de Deus elevou-nos acima de toda ansiedade e medo. Pusemos de lado o orgulho pessoal e toda conjectura sobre o que poderia acontecer e confiamos inteiramente na lei divina do bem. Esse foi um período de crescimento, não de carência. Embora as coisas não tivessem melhorado da noite para o dia, nunca nos sentimos exauridos por esforçar-nos para manter pensamentos de alegria e de expectativa do bem. Mesmo quando parecia que éramos vítimas de circunstâncias inoportunas, recusamo-nos a ficar desanimados e continuamos a confiar na promessa divina de suprimento infinito.

Estávamos aprendendo a não depender de uma conta bancária, mas de Deus. Para cada necessidade imediata, o suprimento esteve sempre disponível. Em nenhum momento cedemos ao desânimo, nem mesmo quando todos os esforços para encontrar emprego pareciam inúteis. A oração inclui o recusar-se a duvidar. Ela nos capacita a ouvir e a seguir em frente sem medo, sabendo, intuitivamente, qual o próximo passo a tomar.

Um dia, meu marido decidiu ligar para uma determinada companhia, embora não houvesse nenhuma indicação de que existissem novas vagas. Para surpresa sua, a pessoa com quem falou disse que a companhia tinha acabado de iniciar alguns projetos e que a experiência de meu marido era exatamente o que estavam procurando. Ele começou a trabalhar imediatamente, e o emprego atendeu a todas as nossas necessidades. O mais importante de tudo, porém, foi que, ao encontrar o emprego, ficou provado que podíamos vencer limitações, quer fossem de ordem financeira, quer de idade ou de saúde.

Em Ciência e Saúde, a Sra. Eddy diz: "Para os que se apóiam no infinito sustentador, o dia de hoje está repleto de bênçãos" (p. vii). Esse não é apenas um pensamento positivo. Minha família vem provando sua veracidade na nossa vida diária.

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