Há alguns meses, eu estava na casa de meu filho, ajudando na cozinha. Fui abrir uma gaveta que estava cheia de latas de óleo e outros mantimentos, mas o fiz com muita força e a gaveta veio inteira para fora e caiu em cima do meu pé esquerdo, com todo o peso, que não era pouco. Eu estava descalça e a dor foi terrível. Imediatamente, o pé começou a inchar e a mudar de cor.
Junto com o grito de dor, veiome à lembrança, num lampejo, aquele trecho de Ciência e Saúde em que a Sra. Eddy diz: “Quando acontece um acidente, pensas ou exclamas: ‘Machuquei-me!’ Teu pensamento é mais poderoso do que tuas palavras, mais poderoso do que o próprio acidente, para tornar real o ferimento. Agora inverte o processo. Declara que não te machucaste e compreende a razão disso; verás que os bons efeitos que daí resultam, estarão em exata proporção à tua descrença em relação à física e à tua fidelidade para com a metafísica divina — à tua confiança em que Deus é Tudo, como as Escrituras declaram que Ele é” (p. 397).
É claro que não me lembrei de todas as palavras, mas a idéia ali contida veio-me clara e a coloquei em prática imediatamente. Disse a meu filho para não se preocupar, que eu estava bem. Sempre orando e pensando nessas idéias, continuei a fazer o que estava fazendo, lembrando-me de outros trechos do livro-texto e dos hinos de que mais gosto. Havia momentos em que era tentada a pensar: “Esta noite vou ter de dirigir muitos quilômetros para voltar à minha casa. Como é que eu vou fazer? Será que vou conseguir calçar o sapato? Será que vou conseguir pisar na embreagem?” Quando me vinham esses pensamentos, eu os substituía pela verdade de que Deus cuidaria de mim a cada minuto e de que nada poderia me tirar do reino de Deus, onde todos nós vivemos. Após o almoço, resolvi dar o meu passeio pelos arredores, como faço sempre que visito meu filho, admirando o pôr-do-sol e agradecendo a Deus pela beleza tão evidente ali. Procurei ficar o tempo todo orando dessa maneira.
Quando chegou a hora de voltar para casa, consegui calçar os sapatos e vim dirigindo o carro, sem problemas. Ao chegar em casa, a aparência do pé estava completamente normal. Só restava um pouco de dor mas, no dia seguinte, não havia absolutamente nenhum sinal do acidente.
Outra experiência que foi muito significativa para mim, aconteceu algum tempo antes disso. Devido ao recente falecimento de meu marido, eu vinha orando para superar o pesar e havia solicitado a ajuda de uma praticista da Christian Science. Confortava-me muito o estudo diário da Lição Bíblica, a leitura de Ciência e Saúde bem como as palavras dos hinos, especialmente o de n° 350, que diz: “Com o amor de Deus, bendito, / Vai tudo bem.” Havia muitas providências a serem tomadas com relação aos negócios de meu marido e meus filhos me haviam dado alguns talões de cheques para guardar até que pudéssemos acertar as contas com o banco. Algumas semanas depois, minha filha me pediu os talões de cheques e eu não conseguia lembrar onde estavam; até veio-me a suspeita de que talvez eu os tivesse jogado fora. Fiquei muito aflita, mas logo recusei-me a pensar em desarmonia. Comecei a procurá-los em todas as gavetas e armários, mas inutilmente.
Parei de procurar e comecei a orar. A Lição Bíblica daquela semana tinha como tema “Mente”, que é um dos sinônimos de Deus. Lembrei-me de que a Mente, Deus, jamais esquece, tudo sabe e tudo vê. Nada há encoberto para ela. Entreguei o caso a Deus, por completo. Senti paz e tranqüilidade e voltei à minha costura. Poucos minutos depois, senti o forte impulso de ir até uma determinada gaveta do armário, como se alguém estivesse me levando pela mão. Lá estavam os talões de cheques! Eu já havia olhado antes nessa mesma gaveta, mas não os vira. Foi a oração que me abriu os olhos. Esse sinal tangível da presença de Deus ajudou-me muito também a superar o pesar.
Sou muito grata por todas as bênçãos recebidas através da oração como é ensinada na Christian Science!
São Paulo, SP, Brasil
