Em 1998, fiquei sabendo que A Igreja Mãe estava organizando um encontro internacional de Cientistas Cristãos universitários, em Boston, nos Estados Unidos.
Eu estava no último ano da faculdade e, sem dúvida, tinha o desejo de participar, mas imediatamente descartei a idéia, pois não tinha condições financeiras para fazer uma viagem internacional. Todavia, uma amiga me lembrou de algumas coisas que eu sabia em teoria, mas que poderia colocar em prática, ou seja, que para Deus tudo é possível, não há empecilhos para Ele; que Deus tem recursos infinitos para abençoar Seus filhos; que o progresso é uma lei divina e aquilo que eu iria aprender nessa reunião seria uma forma de progresso espiritual. Também me fez ver que, se meu desejo fosse sincero, isto é, se eu não visasse a ter simplesmente a satisfação material de viajar, mas tivesse o intuito de abençoar os outros com aquilo que iria aprender, meu desejo estaria de acordo com o plano divino e, portanto, se realizaria.
Falei com meu marido sobre essa possibilidade e logo ele se lembrou de que o item mais caro do projeto, que seria a passagem aérea, poderia ser conseguida com uns bônus a que ele tinha direito, pois viajava muito a serviço. A companhia aérea confirmou que isso seria possível e nós fizemos a reserva.
Duas semanas antes da partida, porém, os bilhetes que seriam trocados pela passagem aérea, sumiram da pasta de meu marido. Procuramos por eles cuidadosamente, durante vários dias, mas foi inútil. Havia um prazo para fazermos a troca e faltavam apenas três dias para o vencimento. Fiquei muito aflita e já não conseguia mais orar sozinha. Por isso, pedi ajuda a uma praticista da Christian Science. Compreendi que a Verdade, Deus, nos revela aquilo que precisamos saber e nada há escondido para Deus. Reconheci que eu deveria incluir em meus preparativos a expectativa do bem, pois o plano de Deus é perfeito, sempre.
Solicitamos uma segunda via dos bilhetes, mas nos informaram que seria impossível. Aí, empenhei-me conscientemente em não aceitar nenhum pensamento de crítica com relação às pessoas envolvidas, em não procurar culpados para o que estava ocorrendo. Reconheci que cada pessoa ao meu redor era um filho amado e inocente de Deus e que, portanto, não poderia me prejudicar nem impedir que se realizasse o plano de Deus.
No dia seguinte, recebemos por entrega especial a segunda via dos bilhetes, apesar de terem dito que seria impossível.
Conseguimos fazer a troca no último dia do prazo. A viagem foi maravilhosa e, tanto na reunião de estudantes, como nas outras atividades, aprendi muitas coisas novas e boas.
Essa experiência fortaleceu muito minha confiança no plano de Deus para nós. Sejam quais forem as circunstâncias, podemos confiar nEle.
São Paulo, SP, Brasil
