Caroline Horstman-Hochstatter e seu marido, , moram em Scottsdale, no Arizona, Estados Unidos, com seus três filhos: Elmarie, de 14 anos, Mimi, de 8, e Willy, de 5. Tanto a família da Caroline quanto a do Leland conhecem a Christian Science há duas gerações. No caso da Caroline, uma vizinha, ao ver que sua tia-avó estava chorando, perguntou se poderia ajudar. A tia desabafou, dizendo que seu marido estava com um problema de saúde que havia sido diagnosticado recentemente como uma doença cardíaca e, por causa disso, precisava parar de trabalhar. A vizinha ofereceulhe um pequeno livro intitulado Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, que a tia leu e mostrou ao marido. Ele se recuperou completamente do problema e a família passou a estudar a Christian Science.
Os avós do Leland também começaram o estudo da Christian Science após a cura notável da avó, que era mãe de sete filhos, e estava à beira da morte, após sofrer de uma doença durante muitos anos. Desesperado, seu marido correu para a rua onde encontrou uma enfermeira, a quem pediu ajuda. Era uma enfermeira da Christian Science. Ela entrou na casa e orou com a avó do Leland, que ficou completamente curada.
Diante desse histórico de curas espirituais obtidas por várias gerações, não é de admirar que Caroline e o marido tenham se voltado para Deus quando houve um acidente de carro envolvendo seus três filhos e a moça que cuidava deles, Fely, que vivia com a família havia nove anos. A Caroline, que é gerente de pesquisa de mercado de uma grande empresa, falou à nossa revista sobre essa experiência.
Mark Preston é colega de trabalho da Caroline e amigo da família.
: Certo dia, quando participava de uma reunião no escritório, a recepcionista me chamou, informando que havia recebido um telefonema urgente. Meus três filhos e a moça que os acompanhava haviam se envolvido num grave acidente de carro, e estavam sendo levados de ambulância para o hospital.
De início, fiquei muito assustada. Queria orar, mas tudo o que eu conseguia dizer era: "Deus, me ajude!" Senti minhas pernas fraquejarem, e entrei na sala de um colega para sentar-me um pouco. Mark era amigo da família e nossos filhos costumavam brincar juntos.
: Caroline entrou em minha sala parecendo confusa e agitada. Falou-me sobre o acidente. Era óbvio que ela não tinha nenhuma condição de dirigir e, por isso, ofereci-me para levá-la ao hospital. Ficou evidente que esse pequeno gesto de minha parte permitiu que ela organizasse seus pensamentos e se preparasse para o papel mais difícil que teria de desempenhar: o de mãe e sanadora.
Caroline: Antes de sairmos do escritório, fui até minha sala para telefonar para uma praticista da Christian Science, e pedi que ela orasse para as crianças. Também apanhei um Christian Science Journal para levá-lo comigo. Durante esses momentos iniciais, muitas perguntas vinham ao meu pensamento. E se eles não sobreviverem? E se ficarem com alguma deformidade permanente? Enquanto nos dirigíamos ao hospital, abri o Journal e me deparei com um artigo intitulado: "Não se envolva no sonho". Perguntei ao Mark se ele se importaria que eu lesse o artigo em voz alta, e ele me disse que eu deveria fazer tudo aquilo que um Cientista Cristão faria. O que li me fez perceber que Deus produz somente o bem, e que tudo o que não é bom como, por exemplo, um acidente, é uma espécie de sonho. Compreendi que eu não deveria me deixar aterrorizar por um sonho.
Durante a leitura, Mark várias vezes comentou: "Isso é muito interessante. Nunca imaginei que essas fossem as idéias em que você se apóia". Ele me encorajava a continuar lendo, o que fiz. Eu lia com voz firme e repetia várias frases até sentir que estava captando o significado espiritual da mensagem. Então pude afirmar com sinceridade: "O que estou lendo não são apenas palavras! Isso é a verdade e eu creio nessa verdade!" Foi aí que comecei a sentir que a paz e a tranqüilidade realmente estavam tomando conta do meu pensamento.
Mark: Durante o percurso, Caroline me explicou como é que os Cientistas Cristãos abordam a questão da cura. Embora nossa maneira de pensar nesse aspecto fosse muito diferente, sua convicção era forte e ela possuía uma confiança e uma esperança indiscutíveis.
Caroline: No hospital, encontreime com meu marido. Levaram-nos até nossa filha de seis anos, a mais gravemente ferida, que chorava e gritava muito. Meu marido ficou com ela para consolá-la, afirmando-lhe que na realidade, ou seja, no reino de Deus, não havia acidentes, e mantendo seu pensamento firme nessa realidade espiritual. Fui então procurar meus dois outros filhos. Concentrei meu pensamento na gratidão. Estava grata por ter a capacidade de orar e pelo fato de que, ao longo dos anos, eu havia visto e vivenciado muitas curas, grandes e pequenas, apoiando-me na oração. Tive uma convicção muito firme de que a Christian Science cura. Foi difícil não desviar a atenção, devido a toda a comoção que estava acontecendo ao nosso redor, mas a oração conservou meus pensamentos em Deus e no Seu cuidado pelos meus filhos.
Tive uma convicção muito forte de que a Christian Science cura.
Encontrei nossa filha de doze anos em uma das enfermarias e procurei acalmá-la. Ela estava muito agitada e não queria que ninguém lhe tocasse o rosto, coberto de queimaduras causadas pelo contato com o airbag do carro, que havia inflado durante o acidente. Ela não deixava ninguém se aproximar. Ajoelhei-me perto da mesa em que ela estava deitada, e disse-lhe que ela era a imagem de Deus, naquele momento e naquele lugar. Ela repetiu essa verdade para mim. Depois disso, acalmou-se bastante e deixou que o pessoal do hospital limpasse seu rosto.
Ela começou a cantar os hinos que conhecia e repetiu a "exposição científica do ser", que se encontra em Ciência e Saúde (ver p. 468) e outras mensagens que ela havia aprendido na Escola Dominical. Depois de algum tempo, ela disse: "Agora já posso andar". E, em seguida, comentou: "Já dá para eu ir para a sala de espera". Ela saiu do pronto-socorro rapidamente.
Nosso filho de três anos, Willy, havia sido examinado e não estava ferido. Fely havia quebrado o tornozelo, mas ela estava procurando as crianças, mancando. Disse-lhe que as crianças já estavam sendo tratadas e então ela permitiu que os médicos a atendessem.
Mark: Para ajudar a família a dar maior atenção àqueles que precisavam de cura, levei o Willy para a casa de uma amiga, que se dispôs a ficar com ele pelo tempo necessário. No caminho de volta para o escritório, não pude deixar de pensar na calma e na confiança que a família da Caroline havia demonstrado ao tratar do problema.
Caroline: O diagnóstico de nossa filha de seis anos, na época, foi de fratura de bacia e hemorragia interna. Ela foi submetida a muitos exames, durante toda a tarde e noite. Às duas horas da manhã, disseramnos que ela precisaria de uma transfusão de sangue, porque a hemorragia não parava. Eu me sentia muito calma e perguntei se poderíamos esperar o resultado de mais uma sessão de exames antes de tomar essa decisão. Embora o médico estivesse bastante preocupado, ele concordou em esperar.
Telefonei para a praticista e pedi-lhe que orasse comigo até que o exame fosse repetido. Em minhas orações, apeguei-me à verdade de que Deus é Espírito e de que Ele tinha total controle sobre a situação. Confiei no fato de que o controle perfeito de Deus era uma lei espiritual e de que essa lei mais elevada estava governando a situação naquele exato momento.
: Quando o médico falou sobre a necessidade de uma transfusão, comecei a orar para reconhecer a totalidade e onipresença de Deus. Eu sabia que nossa filha era o reflexo do Espírito, Deus, e, por isso, ela era completa e saudável. Quando o exame foi repetido, duas horas e meia depois, a pressão sanguínea dela estava normal e a hemorragia interna havia estancado.
Agradeci a Deus de todo o coração e a enfermeira de plantão e eu ficamos muito contentes. A essa altura já havia amanhecido, e a enfermeira abriu a cortina do quarto, deixando que a luz do sol entrasse. Nossa filha acordou, e foi como se o momento mais difícil já tivesse passado. Ela sentou-se na cama, e as coisas progrediram muito rapidamente a partir daí. Quando o médico fez sua ronda matinal, a menina estava tão animada que ele concordou em liberá-la para que a transferíssemos para uma casa de estudo e repouso da Christian Science. Nessas casas, os pacientes recebem cuidados de enfermeiros da Christian Science, que se apóiam na oração para a cura.
Caroline: Em poucos dias, nossa filha estava de pé. Ela gostava de ouvir fitas com histórias da Bíblia e hinos. Depois passou a usar um andador, e ficava percorrendo os corredores do sanatório atrás do cachorro que lá vivia. Ela voltou para casa mais ou menos uma semana após o acidente e logo estava andando sem precisar apoiar-se em nada. Saímos em férias depois de alguns dias e, nas fotos que tiramos, ela aparece se divertindo, correndo pela praia e brincando no mar.
Havíamos nos comprometido a levá-la de volta ao médico duas semanas depois para tirar uma radiografia, e eles ficaram muito surpresos com sua total liberdade de movimentos. Após quatro semanas a levamos para nova avaliação. O médico, ao entrar na sala de exames, encontrou-a fazendo piruetas sobre a mesa. Após descer da mesa com um pulo, ela esticou o corpo como uma ginasta, levantando as mãos bem acima da cabeça. Ele não pediu mais nenhum exame.
Mark: Nos dias que se seguiram ao acidente, procurei sair do escritório no horário normal, para ficar mais tempo com minha família (e não por volta de duas horas depois do término do expediente, como costumava fazer). Hoje em dia, estou mais atento com relação ao tempo que passo com eles. Não quero perder a oportunidade de demonstrar a eles o quanto eu os amo. Um pouco antes de Caroline sair em férias com a família, ela veio com os filhos à minha casa, agradecer pela ajuda, trazendo um prato de biscoitos. Minha família ficou muito contente porque foi a Mimi, a filha mais nova, quem carregou o prato.
Caroline: Nossa filha de 12 anos retornou às aulas alguns dias após o acidente, muito embora as queimaduras ainda cobrissem grande parte do seu rosto. Continuamos a orar, compreendendo que ela era o reflexo perfeito de Deus e somente poderia ver e expressar a perfeição de Deus. Em um ou dois dias ela parou de se preocupar e de querer esconder o rosto, e a cura começou a se processar rapidamente. Em dez dias, sua pele estava completamente curada, sem nenhuma cicatriz.
Ela agora está com 14 anos e está indo muito bem na escola. Aprendeu a aplicar a Christian Science de verdade. Parece que essa experiência mostrou a ela que a Christian Science não se restringe a meras palavras de conforto; é um modo de vida.
Um detalhe interessante: a responsável pelo centro de traumatologia do hospital veio visitar a enfermaria da casa de estudo e repouso da Christian Science para saber como nossa filha havia se curado com tanta rapidez. Ela visitou as instalações e foi embora levando um exemplar de Ciência e Saúde. Quanto à Fely, a moça que cuidava das crianças, foi-lhe dito que, como alguns dos ossos do seu pé haviam sido esmagados, ela nunca mais conseguiria ficar em pé por longos períodos de tempo. Entretanto, em três meses, a Fely estava completamente recuperada. Ela sentiu que essa cura foi apoiada pela leitura de Ciência e Saúde e do livro de Robert Peel intitulado "A Cura Espiritual numa Era Científica" (Spiritual Healing in a Scientific Age).
Toda essa experiência me trouxe uma profunda e absoluta tranqüilidade. Agora, quando surgem problemas, posso dizer: "Vamos presenciar a cura de Deus para esse caso". Sentimo-nos profundamente abençoados pelo fato de a Christian Science fazer parte de nossa vida.
