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Cristianismo — a religião da Páscoa

Da edição de abril de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã


O Cristianismo é a religião da Páscoa. Ele deve sua glória ao fato de que, certo dia, há aproximadamente vinte séculos, um túmulo foi encontrado vazio: Jesus havia ressuscitado e aparecido vivo a seus discípulos. A força e valor dos ensinamentos do Mestre ficaram patentes para os apóstolos, quando estes o viram no dia da ressurreição e nos dias subseqüentes. Não fosse isso, provavelmente esses alunos teriam voltado à antiga profissão e não transmitido à posteridade os ensinamentos recebidos.

Muito embora o Natal, o nascimento de Jesus, seja mais festejado, é a Páscoa da ressurreição e seu significado espiritual a razão de ser do Cristianismo. Apesar de muitas tradições cristãs enfatizarem o sofrimento e a crucificação de Jesus, é a ressurreição que dá o pleno significado de sua missão. Paulo tinha noção clara desse fato, pois escreveu: "Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé ... Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem" (1 Cor. 15:14, 20).

A história da Páscoa cristã e da semana que a precedeu está nos quatro Evangelhos. Nesses relatos, muitos detalhes são iguais, mas cada evangelista dá sua própria visão dos acontecimentos. Tudo teve lugar nos dias antes e depois da festa de Páscoa, quando era comemorada a saída dos judeus do Egito.

Domingo — Jesus entra em Jerusalém, vindo da Galiléia, e é muito festejado. A cidade estava cheia de pessoas vindas de vários lugares para celebrar a Páscoa. A fama de Jesus havia se espalhado e o povo o acolheu calorosamente, agitando ramos de palmeiras e clamando "Hosana". Essa palavra tinha o sentido original de "salva, pedimos" e havia se tornado uma saudação de enaltecimento. Essa acolhida provocou o ciúme dos fariseus, temerosos de perder sua ascendência sobre o povo.

Segunda-feira — Jesus expulsa os comerciantes e cambistas do Templo. O ato aguçou ainda mais a hostilidade dos fariseus. Por ocasião da Páscoa, o povo devia oferecer sacrifícios de animais, que eram vendidos no pátio. Para comprálos, era preciso trocar, pela moeda local, o dinheiro trazido dos vários países; daí a presença dos cambistas. Segundo alguns estudiosos, essas concessões para comerciar no pátio do Templo (algo não condizente com a reverência e recolhimento que favoreceriam a oração) eram dadas pelos sacerdotes em troca de propinas, e essa corrupção teria aumentado a revolta de Jesus contra tal materialismo.

De segunda a quinta, o Mestre falou intensamente ao povo, aos saduceus, aos fariseus, aos escribas e aos sacerdotes. Foi muito procurado para dar explicações e proferiu diversas parábolas e profecias. Consciente de que não lhe restava muito tempo, aproveitou para ensinar o máximo. Enquanto isso, seus inimigos planejavam como livrar-se dele, mas temiam a reação do povo; pensaram que seria melhor esperar o fim das festividades, quando haveria menos pessoas circulando. A oferta de Judas de revelar onde Jesus passaria a noite, apressou a decisão, pois propiciou a oportunidade de prendê-lo, longe da vista de todos.

Quinta-feira — ao pôr do sol comia-se o cordeiro pascal, conforme os preceitos de Moisés. Foi assim que Jesus fez sua última ceia. João dedica cinco capítulos a essa última reunião, tantos e tão importantes foram os ensinamentos dessas horas finais. Após a ceia, foram ao Jardim das Oliveiras, onde Jesus costumava orar. Ali, foi ele preso e conduzido ao sumo sacerdote perante o qual foi julgado durante a noite toda.

Sexta-feira — Os judeus tinham a liberdade de julgar os de seu povo segundo a lei mosaica, mas só as autoridades romanas poderiam condenar à morte. Por isso, era preciso que Pilatos, o governador romano, condenasse Jesus. Levaram-no cedo perante Pilatos que, impressionado com o Mestre, tentou de todas as maneiras esquivar-se. Contudo, para Pilatos era importante estar nas graças do imperador e isso significava evitar atritos com as autoridades locais, por isso acabou cedendo. A crucificação era o pior castigo da lei romana; por sua crueldade, só era aplicada aos criminosos escravos ou estrangeiros. Assim, nesse dia, Jesus foi crucificado e, pelo adiantado da hora, seu corpo foi colocado às pressas num túmulo próximo. Ao pôr do sol começava o sábado e nada mais podia ser feito.

Domingo — O túmulo é encontrado aberto e vazio. Jesus aparece vivo às mulheres que haviam ido embalsamá-lo. Logo após e por diversas vezes, ele aparece também aos outros e aproveita para ensinar algo mais. As feridas, a morte, a enorme pedra que fechava o túmulo, tudo fora vencido pelo poder espiritual que o Mestre havia pregado e demonstrado em seu ministério. Agora, os discípulos puderam entender o enorme alcance de tudo o que haviam visto e ouvido. A ressurreição foi a vitória suprema sobre a matéria, o coroamento da missão do Messias: ensinar e provar ao mundo a natureza espiritual de todas as coisas.

Falando sobre a Páscoa, em um de seus sermões, Mary Baker Eddy disse: "O que é que parece ser uma pedra entre nós e a manhã da ressurreição? É a crença de haver mente na matéria. Só podemos chegar à ressurreição espiritual, abandonando a velha consciência de haver Alma nos sentidos. ... Façamos nosso trabalho; então teremos parte em sua ressurreição" (Miscellaneous Writings, pp. 179—180).

Bibliografia: Estudo Perspicaz das Escrituras, Sociedade Torre de Vigia de Bíblias e Tratados; Bíblia de Estudo Almeida, Sociedade Bíblica do Brasil; The New Westminster Dictionary of the Bible; Revista Scripture Forum, Volume 2, N0 4.

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