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Matéria de capa

O que fazer sobre a injustiça

Da edição de abril de 2004 dO Arauto da Ciência Cristã


TERRORISMO

Os australianos sentem orgulho de todos serem tratados com justiça em seu país. Aplaudem a honestidade e ardentemente apóiam o que é certo e justo. Às vezes, porém, a ação não combina com o sentimento. Todas as noites, num programa popular de televisão, há entrevistas com pessoas que perderam a casa ou todo o dinheiro, devido aos erros ou ao comportamento desonesto de outros. Essas vítimas inocentes não recebem nem assistência nem compensação. São raras as vezes em que seus problemas são resolvidos.

O lar não é só uma construção, é um lugar de amor, paz e abrigo. Ninguém pode tirar isso de nós.

Sei como é vivenciar esse tipo de injustiça. Numa época em que meu marido e eu morávamos em Adelaide, na Austrália do Sul, ele recebeu uma proposta de emprego, como professor, em Brisbane, no estado de Queensland. Colocamos nossa casa à venda com uma corretora idônea e fomos morar com minha mãe. Algumas semanas depois, um casal assinou um contrato para comprar nossa casa à vista e fez um depósito como garantia. Enquanto esperávamos a data para fechar o negócio, fomos a Brisbane para procurar uma casa.

Ao chegarmos lá, o corretor em Adelaide nos avisou que tinha deixado o casal se mudar para nossa casa. Eles o tinham convencido de que nós havíamos permitido a mudança. Ficamos atônitos por ele não ter verificado conosco primeiro e dissemos que o casal teria de sair imediatamente. O corretor ligou de volta, dizendo que o casal tinha se oferecido para pagar um aluguel até a data do fechamento e ele tinha recebido duas semanas de aluguel. No dia de fechar o negócio, o casal não efetuou a compra e consultamos um advogado para iniciar uma ação de despejo. Ele disse que não poderíamos fazer isso, pois, ao aceitar o aluguel, tínhamos criado um acordo de proprietário e inquilino.

A situação era muito injusta. O casal agora ocupava nossa casa devido às ações do corretor e não havia nada que pudéssemos fazer. Enviei cartas registradas e até entreguei pessoalmente um aviso para quebrar o contrato, mas os moradores se negavam a falar conosco. Parecia que éramos impotentes, a menos que o casal saísse de livre e espontânea vontade.

Uma noite, muito angustiados, meu marido e eu fomos até a casa, na esperança de conversar com o casal. Enquanto esperávamos no carro, decidi orar. De início, simplesmente implorei a Deus que nos devolvesse nossa casa. Disse a Ele que éramos inocentes e que não merecíamos sofrer. Então percebi que não precisava orar dessa maneira. Deus nos amava. Ninguém podia nos desapropriar do Seu cuidado. A situação estava sob o controle do Amor divino. O lar não era só uma construção, era um lugar de amor, paz e abrigo. Ninguém podia tirar isso de nós.

A seguir, orei em relação ao casal que estava em nossa casa. Disse: "Pai querido, eles são Seus filhos. Você os criou à Sua imagem, por isso eles são honestos e justos. A desonestidade não pode fazer parte da verdadeira natureza deles." Depois orei com relação ao corretor. Recusei-me a continuar condenando-o pelas dificuldades que nos causara. Naquela noite, enquanto dirigíamos de volta à casa de minha mãe, sem ter visto o casal, perdoei o corretor e pedi a Deus que me mostrasse o que era necessário.

Na manhã seguinte, senti que precisava conversar pessoalmente com o casal e não por intermédio do advogado. Como eu estava com muito medo, pedi a minha mãe que me acompanhasse e ficasse no carro orando, enquanto eu falava com eles. Quando chegamos, um senhor de mais idade estava colocando muitos objetos em um carro. Ao conversar com ele, contou-me que sua filha tinha recentemente abandonado o marido e os filhos para viver com o amante em nossa casa. O casal não tinha dinheiro para comprá-la. Ele implorou que eu pusesse fim àquela situação infeliz.

Ele foi embora e eu senti, com muita força, que estava na hora de pôr fim à situação, mas de maneira correta. Lembrando que a presença de Deus estava comigo, fui até a porta dos fundos. Estava aberta. Ninguém estava em casa. A casa não tinha móveis. Pedindo a ajuda e a orientação de Deus, entrei, telefonei para o advogado e lhe contei o que tinha descoberto. Enquanto conversávamos, chegou o homem com quem a filha daquele senhor estivera morando em nossa casa. Entreguei o telefone para ele. Depois de ficar ouvindo, ele virou-se para mim e disse: "Está tudo terminado. Ela voltou para o marido. Sairei dentro de uma hora. Peço desculpas por todas as dificuldades que lhes causamos."

Naquele dia, nossa casa nos foi devolvida. A corretora concordou em nos dar uma compensação monetária pelos erros causados pelo funcionário. Poucas semanas depois, nossa casa finalmente foi vendida. Essa experiência me mostrou que, embora a lei humana nem sempre traga soluções, a lei onipotente do Amor divino, de fato, nos ajuda. Uma situação errada pode ser resolvida e a eqüidade, a honestidade e a justiça prevalecem.

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