Eu era comissária de bordo e fazia muitas viagens internacionais. Sempre achei fascinante os vôos longos. Às vezes, pessoas entravam no avião e, de repente, me atacavam verbalmente ou faziam muitas exigências. Então, começava a orar. E era lindo ver como essas pessoas mudavam na mesma hora, com a ajuda de Deus. Algumas me diziam, depois, que não sabiam por que tinham gritado comigo.
Certa vez, tive uma experiência impressionante. A Guerra do Golfo acabara de estourar. Estávamos voando da Arábia Saudita para a América do Norte. Os passageiros estavam proibidos de levar máquinas fotográficas a bordo. Mas, por alguma razão, um passageiro vestido com uma capa, apareceu de repente na cozinha com uma câmera. Minha colega empalideceu, se desesperou e começou a gritar histericamente. Além disso, alguns passageiros na cabina tinham visto o ocorrido e começaram a falar alto.
O homem me fitou com olhos que jamais esquecerei. Empurroume para o lado e continuou em frente, em direção à Classe Executiva. Entretanto, ninguém deveria passar por ali.
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