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ESPIRITUALIDADE E CURA

A cura pela oração ao alcance de todos

Da edição de julho de 2006 dO Arauto da Ciência Cristã


Os resultados de um importante estudo publicado recentemente na mídia sobre a eficácia da oração para a recuperação de pacientes que passaram por cirurgias cardíacas me fizeram refletir. Embora não tenham demonstrado claramente o impacto positivo da oração, esses resultados certamente não descrevem minha experiência quando alguém ora por mim!

Tenho a impressão de que milhões de pessoas de várias denominações religiosas diferentes, que têm o hábito de orar, percebem uma contradição entre o que os pesquisadores científicos dizem sobre a eficácia da oração e o que eles vivenciam em sua própria vida. Talvez, como eu, eles imaginem que tentar medir a oração seja o mesmo que tentar medir seu amor pelos filhos usando uma fita métrica. Talvez imaginem: “Seria mesmo possível medir o Espírito e os efeitos da espiritualidade por meio de dados materiais”?

Eis algumas das perguntas sobre as quais tenho refletido, com relação à eficácia da oração na cura.

Como a oração, que é espiritual, muda a condição física?

O corpo humano é o estado atual da consciência de uma pessoa, manifestado em uma forma visível. Nossos corpos expressam o que o mundo acredita sobre o físico, na proporção em que aceitamos essas crenças consensuais como verdadeiras. A oração inspirada nos eleva acima da maneira física de vermos a nós mesmos e aos outros, à compreensão maravilhosa de que, porque Deus, o Espírito, cria cada um de nós como Sua própria imagem e semelhança, somos como o Espírito, ou seja, espirituais e, por conseguinte, isentos do que parecem ser leis e condições físicas. Essa compreensão elimina a doença ou a lesão na consciência e, quando o pensamento muda, o corpo corresponde a essa mudança.

Quando tal cura ocorre, parece que a condição física foi mudada; contudo, o fato é que não existia nenhuma corporalidade. Deus fez tudo espiritual e perfeito. Quando a oração corrige a crença de que vivemos em um estado de corporalidade vulnerável, então a discórdia não mais se reflete no corpo. Cristo Jesus disse: “...conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).

O que torna a oração eficaz e confiável?

As pessoas oram de muitas maneiras, todas elas boas, pois nos ajudam a sentir a presença amorosa de Deus. Contudo, algumas orações têm um fundamento mais cristãmente científico, ou divinamente legítimo, do que outras e, por essa razão, são mais coerentes em seus efeitos. A oração mais elevada, mais eficaz, é a de louvor a Deus por Sua criação perfeita. Como reflexo de Deus, não podemos nos separar de nossa natureza original e cair em imperfeição, assim como nosso reflexo em um espelho não pode abandonar o espelho para fazer coisas por conta própria. Isso é motivo para uma gratidão cheia de júbilo.

A oração de louvor, que está fundamentada em uma compreensão da supremacia e da onipresença de Deus, não é aquela que tenta consertar um problema. Ao contrário, ela envolve uma afirmação firme e destemida de que não pode haver nenhum problema na existência espiritual. Como Sua manifestação, Deus nos mantém perfeitos, simplesmente pelo fato de Ele mesmo ser perfeito.

Existe um “princípio da cura” que, se compreendido, traz a cura por meios espirituais?

Sim, é a lei do Amor. Deus é o Princípio divino, o Amor. Esse Princípio da existência mantém tudo em perfeita ordem. A oração é a aplicação da lei de Deus ao falso quadro de discórdia que se apresenta aos sentidos. Da mesma maneira que a luz expulsa a escuridão (que não é “algo”, mas apenas ausência de luz), a oração, que utiliza a lei de Deus, destrói as falsas leis materiais (tais como hereditariedade, contágio, envelhecimento, acidente, etc.), e revela a saúde como normal e permanente.

A oração é reveladora. É a Mente divina abrangendo todo o conhecimento e nós, como reflexo dessa Mente, expressando o que Deus sabe sobre nós. Portanto, cada verdade que percebemos na oração tem a autoridade de Deus para reforçá-la, como uma lei atuando na presente situação. Ao nos esforçarmos para nos alinhar com a lei de Deus, tornamo-nos mais receptivos a ela. Os dez mandamentos são declarações de como a lei divina se aplica à humanidade.

Pode a oração ser tanto espontânea como sistemática?

Às vezes, uma revelação de cura vem como um clarão de luz espontâneo. A Verdade se firma por si só. Contudo, em outras ocasiões, não estamos tão afinados com a Verdade. Em tais casos, conforme Mary Baker Eddy indicou no capítulo “A Prática da Ciência Cristã” do livro Ciência e Saúde, a oração precisa se elevar acima do medo; afirmar o que é verdadeiro; negar erros mentais ou morais específicos; reconhecer a Deus como o único poder e lei para o caso. A oração que cura não é uma fórmula, mas a oração sistemática pode abrir o caminho para aquele sentimento especial de cura que a Alma propicia.

Quando estou orando por alguém, como avalio o estado do paciente?

A cura acontece quando o pensamento do paciente se alinha mais com a realidade espiritual, do que com o sentido ignorante e mortal das coisas. Imagine uma balança antiga, com um prato de cada lado. Vamos supor que um lado represente o espiritual e o outro, o material. Caso existam aspectos que precisem ser eliminados em determinada situação, tais como medo, educação equivocada, preocupações sobre um diagnóstico médico, ceticismo, talvez até mesmo imoralidade voluntariosa, um dos pratos pode estar totalmente embaixo e o outro bem no alto. A cura se tornará evidente, quando o prato da balança se inclinar (mesmo que sutilmente) para o lado espiritual. Um lampejo de convicção inspirada pode realizar isso instantaneamente.

Contudo, não deveria haver nenhum desânimo enquanto a balança estiver oscilando. Talvez muita regeneração espiritual possa estar ocorrendo, antes mesmo que ela seja manifestada no corpo. A inclinação da balança é inevitável, se tanto o praticista como o paciente colocarem continuamente o peso no lado espiritual.

A distância entre o paciente e a pessoa que está orando faz alguma diferença na cura?

De maneira nenhuma. Nem a Verdade e nem um toque amoroso conhecem distâncias. Cristo Jesus demonstrou isso para nós, curando o servo de um centurião romano sem se deslocar até a casa do centurião (ver Lucas 7:1-10).

Cristo Jesus foi o sanador fundamental. Jesus é o Guia para a cura cristã, e seu ministério inspirou e guiou a saúde espiritual de minha família.

A quem podemos recorrer para exemplos de oração sanadora eficaz?

Cristo Jesus foi o sanador fundamental. Jesus é o Guia para a cura cristã, e seu ministério inspirou e guiou a saúde espiritual de minha família.

Uma cura é inesquecível para mim. Nossa filha mais nova adoeceu durante seu primeiro ano na faculdade. Sherry não só estava impossibilitada de falar, como também não conseguia abrir a boca o bastante para que eu inserisse um canudo e conseguisse alimentá-la. Ela preferiu confiar na oração que cura e, a seu pedido, liguei para um Praticista da Christian Science para lhe dar tratamento por meio de oração. Sherry, seu pai e eu começamos a orar em apoio ao tratamento.

Às vezes, minha oração não ia além de prometer a Deus o quão conscienciosa eu seria, se apenas pudesse manter essa filha querida. Eu conhecia bem a natureza todo-amorosa de Deus para saber que não precisava barganhar dessa maneira, mas não conseguia pensar direito. Visto que era a única que tentava alimentá-la, fui levada pelo desespero a tentar curar a matéria, a condição material, ao invés de confiar na percepção da verdade espiritual que realmente a curaria. Durante todo o tempo, nossa maior preocupação era com o bem-estar de nossa filha.

Em um momento de muita tristeza, deixei-a com meu marido e fui dar uma caminhada. Precisava estar sozinha para orar. Logo no início da caminhada, algo dito por Cristo Jesus quando curou um homem surdo, veio-me ao pensamento: “Abre-te” (Marcos 7:34). Bem, eu estava visualizando mentalmente uma garganta fechada que precisava ser aberta. Estava tentando usar uma verdade espiritual para me livrar de uma condição material. Esse não era um pensamento cristãmente científico, e não poderia ser eficaz.

O que me veio ao pensamento a seguir foi que Deus nunca “havia entregado Sherry para adoção” a pais humanos bem-intencionados. Ele seria sempre seu Pai-Mãe e cuidaria dela por toda a eternidade e jamais permitiria que qualquer um de nós ficasse sujeito a influências e concepções equivocadas e aterrorizantes. Na verdade, éramos, cada um de nós, um com a consciência divina, incapazes de ficarmos sujeitos à ignorância e ao medo. Comecei a ficar mais tranqüila.

Dei uma longa caminhada naquele dia. Quando me aproximei de casa, havia alcançado um nível de inspiração que nunca havia atingido antes. O Cristo, a Verdade, havia caminhado comigo. Um pouco antes de chegar em casa, as palavras de Jesus me voltaram ao pensamento, as mesmas sobre as quais havia pensado antes: “Abre-te”. Contudo, agora meus sentimentos sobre elas eram completamente espirituais. Reconhecia Sherry como um reflexo inteiramente espiritual de Deus, sempre receptiva ao Amor, sempre alimentada pela lei do reflexo divino. Compreendi que a filha que tanto temia perder, nem mesmo existia como um mortal! Ela era e sempre seria imortal. Em realidade, todo aquele cenário havia sido nada mais do que um conceito errôneo, e agora, um conceito errôneo que eu havia corrigido. Ao me aproximar da casa, não posso dizer que estivesse certa de que a cura já havia ocorrido. Mas, realmente tive certeza de que tudo estaria bem.

Ao entrar em casa, meu marido me disse que, momentos antes, a garganta de Sherry havia coçado, e, ao pigarrear, ela sentira que o que a estava obstruindo, havia sido desalojado e agora sua garganta estava desobstruída. Ela me pediu que fosse ao supermercado e comprasse muitas coisas, porque ela estava faminta! Ela não ingeriu alimentos sólidos nesse primeiro dia, mas conseguiu tomar sopa. Dois dias mais tarde, enquanto a levava de volta à faculdade, ela mastigava batatas fritas no carro.

Deus dá a cada um de nós a capacidade de curar da mesma maneira que Cristo Jesus nos ensinou.

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