Qual seria a percepção dos acusadores? Na avaliação deles, talvez os acontecimentos à sua volta, incluindo a prisão, o julgamento e a crucificação de Cristo Jesus, fossem considerados mais como atos vindos da exigência política do que uma brutalidade ultrajante. Seguindo esse raciocínio, os principais representantes da comunidade hebraica estavam cautelosos devido ao relacionamento frágil que tinham com o governo romano, sob o qual viviam. Poderiam eles permitir a ascensão de uma pessoa tão heterodoxa e que atraía tanta devoção de seus seguidores?
Para pessoas motivadas por objetivos políticos e egoístas, a mensagem de Jesus sobre o amor incondicional do Pai celestial, deve ter parecido estranha e também alarmante. Ainda mais ameaçador era o seu ministério de cura. Contrariava totalmente a visão convencional sobre o que a vida representava e anunciava um poder que não poderiam manipular. Do ponto de vista dos envolvidos no julgamento de Jesus, eliminá-lo parecia a solução mais simples. Era uma questão de conveniência política. Uma forma de se preservar o estado anterior. Por outro lado, o maior de todos os crimes cometidos contra o Rei de todos os reis.
De qualquer modo, esse episódio nos faz lembrar, com seriedade, a que ponto o oportunismo político pode chegar. É uma demonstração de como o engajamento em atividades políticas, em todas as suas manifestações, necessita desesperadamente ser elevado. A história de Jesus mostra como essa elevação pode ocorrer por intermédio da oração.
Faça o login para visualizar esta página
Para ter acesso total aos Arautos, ative uma conta usando sua assinatura do Arauto impresso, ou faça uma assinatura para o JSH-Online ainda hoje!