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Matéria de capa

Atingir o equilíbrio – A oração cura sintomas de anorexia

Da edição de outubro de 2007 dO Arauto da Ciência Cristã


Quando estava na faculdade, tornei-me obcecada pelo meu peso. O primeiro pensamento que me vinha pela manhã era: “Como posso evitar de comer hoje”? Ou então: “sou gorda”. Eu comia muito pouco e, freqüentemente, passava fome. Embora essa condição nunca tenha sido diagnosticada, os sintomas eram parecidos com os de anorexia.

Como era Cientista Cristã desde pequena, reconhecia a natureza totalmente errônea dessa maneira de pensar. Entretanto, só orava a respeito do assunto esporadicamente. As pessoas comentavam sobre meu peso, mas eu descartava as preocupações. Nunca me considerei magra. Não achava que tivesse um problema, até que, um dia, subi na balança de uma amiga e me pesei: 40,5 kg, completamente vestida e com sapatos!

Reconheci que esse não era um peso saudável para uma mulher da minha altura. Fiquei chocada e compreendi que precisava orar mais seriamente a respeito da situação.

Não tinha nenhuma idéia de como começar, mas encontrei consolo ao ler minhas passagens favoritas da Bíblia e dos escritos de Mary Baker Eddy. Uma delas foi: “Jamais peçais para amanhã; é suficiente o fato de o Amor divino ser uma ajuda sempre presente; e se esperardes, jamais duvidando, tereis tudo o de que necessitais, a cada momento” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883-1896, p. 307). Esse trecho foi particularmente útil durante meu último ano de faculdade, quando estava muito difícil me concentrar nos estudos. Muito embora estivesse lutando contra o cansaço resultante da falta de comida e da obsessão que tinha de não comer, sabia, através de minhas orações, bem lá no fundo, que Deus continuaria me sustentando.

Como resultado das orações, melhorei um pouco. À medida que entrava na rotina das aulas, percebia que estava começando a comer mais regularmente, embora ainda me sentisse ansiosa e a quantidade de alimento que ingeria fosse muito pequena. A fim de não me sentir desanimada com o progresso lento, esforçava-me para não me pesar. Orei para saber que a minha força, capacidade e inteligência não dependiam daquilo que eu comia, nem da quantidade que ingeria. Eu possuía todas essas qualidades provenientes de Deus, a toda hora, porque elas estavam incluídas em minha identidade espiritual como filha de Deus.

Comecei a compreender que eu era a expressão de Deus, da Alma, e que em vez de me concentrar no corpo, poderia me concentrar em minha identidade espiritual.

Como resultado da oração contínua, completei com êxito o curso universitário e não tive nenhum prejuízo no desempenho acadêmico.

Após a formatura, à medida que orava, tive momentos de clareza e inspiração espiritual, que me encorajavam. Percebia que os pensamentos constantes de que eu estava demasiado gorda, eram inverídicos, porque não tinham sua origem na Verdade. Desejava me ver da maneira que Deus me via. Não foi fácil e, às vezes, parecia que me preocuparia com o peso pelo resto da vida. A essa altura, desejava muito me sentir normal e comer, sem me preocupar, quando tivesse fome. Durante os momentos de desânimo, lia todos os testemunhos que encontrava nas revistas da Ciência Cristã. Esses relatos de curas de todos os tipos de problemas e de doenças, deram-me uma grande esperança de que esse distúrbio alimentar não era algo com o qual precisaria conviver para o resto da vida.

Aos poucos, comecei a compreender que eu era a expressão de Deus, da Alma, e que em vez de me concentrar no corpo, poderia me concentrar em minha identidade espiritual. Percebi que minha verdadeira substância não era material e, tendo em vista que Deus é também a Mente única e infinita, Ele me daria a capacidade de libertar-me dos pensamentos obsessivos e intrusos. Esta idéia de Ciência e Saúde me deu força para isso: “A Mente divina é a Alma do homem e dá ao homem domínio sobre todas as coisas” (p. 307). Que bela garantia!

Todas as orações me trouxeram muitas bênçãos e crescimento espiritual. Casei-me com um homem maravilhoso que me apoiava muito, comecei a trabalhar em tempo integral e vivenciei outras curas, não relacionadas com minha luta contra o distúrbio alimentar. Durante esse período, embora ainda estivesse abaixo do peso normal e comer ainda fosse um desafio contínuo, já conseguia me sentar à mesa e fazer as refeições.

Apesar dos momentos de desânimo, percebia a atuação de Deus em minha vida e não desisti. Continuei diligentemente com minhas orações. Obtive uma nova inspiração com este trecho de Isaías: “Saireis com alegria e em paz sereis guiados; os montes e os outeiros romperão em cânticos diante de vós, e todas as árvores do campo baterão palmas” (55:12). Fortaleci-me na convicção de que esse problema, que me parecia “do tamanho de uma montanha”, alcançaria um ponto crítico e desapareceria.

Então, na hora do almoço de um sábado, fiz um sanduíche de queijo e presunto. No começo, só consegui olhar fixamente para ele. Estava com fome, mas não conseguia comê-lo. A batalha mental ainda estava ali, depois de todo aquele tempo. Sentia-me desanimada e pronta para me debulhar em lágrimas.

Então, veio-me calmamente o pensamento: “Você está curada”. “Ó sim”, pensei. “Como posso estar curada se não consigo nem ao menos comer um sanduíche!” Entretanto, ouvi novamente: “Você está curada”.

“Tudo bem”, raciocinei, “e se eu realmente estiver curada?” Acabei aceitando esse pensamento. Então, um enorme alívio tomou conta de mim. Sentei-me e comi aquele sanduíche sem hesitação.

Esse foi o começo do fim do problema. Ao longo das semanas seguintes, as sugestões de não comer diminuíram à medida que aceitava que estava curada. Como ecos em um vale profundo ou lembranças que se desvanecem, aqueles pensamentos mórbidos se tornaram cada vez mais fracos, até que desapareceram. Comecei a comer de forma mais regular e meu peso passou a se normalizar.

Isso aconteceu há mais de 20 anos e nunca mais tive de lutar contra aquela enfermidade. Durante as refeições, eu como porções regulares e tenho mantido um peso saudável. Não penso em comida como algo que tenha o potencial de me ajudar ou de me prejudicar. A cura foi permanente e nunca mais me preocupei com a possibilidade de o problema retornar.

Devido a essa cura, aprendi também que existe um equilíbrio natural na alimentação. Não me sinto tentada a exagerar na comida. Meu peso não tem oscilado e, embora continue magra, não fico obcecada com minha aparência. Na verdade, se os amigos me perguntam como consigo permanecer magra, freqüentemente me certifico de que eu esteja pensando sobre mim mesma em termos espirituais. Pondero o trecho no Sermão do Monte, onde Jesus instrui seus seguidores: “...não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer...” (Mateus 6:25). Para mim, isso não significa que devemos tratar a alimentação de forma negligente. Ao contrário, quando confiamos em que Deus cuida de nós, as idéias a respeito de porções apropriadas e equilibradas aparecerão, sem preocupações exageradas ou obsessivas. O alimento é algo necessário e deve ser apreciado com equilíbrio.

Desde aquela época, tenho percebido como essa experiência ilustra nitidamente a natureza ilusória da mente mortal. Pensava que fosse “gorda”, ou seja, isso era o que eu via no espelho. Contudo, eu não era nem um pouco gorda. Pura ilusão! Para todo mundo ao meu redor, eu era apenas pele e osso. Aprendi que os pensamentos mortais nunca são confiáveis para nos dar informações precisas sobre a verdadeira substância de que somos constituídos. É o sentido espiritual das coisas que torna a saúde e o bem-estar equilibrados.

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