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”Começar de novo...”

Da edição de janeiro de 2008 dO Arauto da Ciência Cristã


“Começar de novo...” Assim começa uma conhecida canção do cantor e compositor Ivan Lins. Para muitos, pode significar o início de um novo emprego, uma nova moradia, uma nova família ou uma mudança de país. Certamente, essas duas palavras “começo” e “novo” despertam esperança, ou melhor, uma expectativa do que virá.

A Ciência Cristã ensina que Deus é Amor e que Ele age em todos os tempos. Ter a expectativa do bem espiritual o torna real no "presente". Por isso, é importante confiar em que tudo dará certo, que nada poderá impedir o progresso, que se desdobrará em perfeita harmonia. De onde vêm essas idéias? Da Mente divina, que orienta e governa as ações corretamente.

A Bíblia traz dois versículos que demonstram a certeza de que é possível vivenciar "coisas boas", pois elas procedem da Mente divina, que só conhece o bem: "...novas coisas eu vos anuncio..." e "...formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas..." (Isaías 42:9 e 52:7). Ao entrar em sintonia com essa Mente, sente-se uma paz indescritível. Por quê? Porque é natural almejar o que é novo e bom. Deus, nosso Pai-Mãe, nunca frustra nossa expectativa, pois Ele quer o melhor para Seus filhos. Porém, é necessário estar atento e vigilante a essa direção infalível, que nada mais é do que a vontade divina agindo em nossa vida.

"Começar certo é acabar certo" (Ciência e Saúde, p. 262). O que dizer do início de um Novo Ano? Todos, sem exceção, desejam começar de maneira certa. Impelidas pela mídia, as pessoas se agitam e se envolvem com compras, planos de viagem e incertezas de onde e como passar o réveillon com familiares ou amigos. Essa preocupação com os futuros acontecimentos pode levar à agitação mental, ao invés de à genuína alegria espiritual. Pode-se até dizer que essa agitação é uma espécie de alegria misturada com ansiedade e dúvida. Assim, quando o pensamento está exaltado, inconscientemente duvida-se ou teme-se que o idealizado não venha a acontecer.

Há alguns anos, no final do mês de dezembro, meu marido e eu começamos a fazer planos para passar o final do ano com parentes que moram no sul do Brasil. Viajar para passar o réveillon e as férias de verão fora, levaram-me a uma grande euforia mental. Nas vésperas da viagem só pensava em fazer compras, na longa viagem de carro, em fazer as malas e em organizar o necessário para viajar com dois filhos pequenos.

Durante o trajeto, que levaria aproximadamente 10 horas, enfrentamos um fortíssimo temporal que nos obrigou a parar o carro. Nessa hora, lembrei-me destas palavras do Hino 33, do Hinário da Ciência Cristã: "Hostes de anjos Ele manda/A velar teu viajar...". Em Ciência e Saúde, Mary Baker Eddy define anjos como: "Pensamentos de Deus que vêm ao homem; intuições espirituais, puras e perfeitas..." (p. 581). Então, percebi que precisava acalmar o pensamento e ter a certeza de que estávamos todos abrigados no Amor, onde nada de mal pode ocorrer. Logo depois, a tempestade cessou e aquele "anjo divino" continuou a proteger nossa viagem.

Chegamos tarde da noite à casa de nossos parentes, onde ficaríamos hospedados. Logo comecei a perceber que as coisas ali não estavam tão harmoniosas. Havia uma atmosfera de discórdia entre os familiares. Nossos filhos, por serem pequenos, exigiam a nossa atenção; ficávamos atentos a tudo o que faziam, principalmente porque naquela casa não havia nenhuma criança para eles brincarem. Eles nos mantinham ocupados durante todo o tempo. Por isso, pouco desfrutamos dos passeios para conhecer a cidade em que estávamos, o que também me frustrou.

Dois dias depois, seguimos para uma pequena cidade onde toda a família se reuniria para passar o fim do ano. Então, surgiu uma nova frustração, algo que aconteceu com um de meus filhos. Comecei a me sentir triste e decepcionada com tudo. Nada do que havíamos planejado para aquela festa havia dado certo.

No primeiro dia do ano, ao acordar, notei que estava com várias aftas na boca, mal conseguia mastigar e não tomei o café da manhã. No almoço, foi posta uma mesa farta. Todos os membros da família estavam muito alegres. Contudo, eu não me sentia feliz e pouco almocei.

Apenas pensava: "Como foi que tantos planos deram errado"? Naquele momento, percebi que todo o meu preparo para a viagem havia sido feito com euforia e não com alegria. A Ciência Cristã me ensinara que a verdadeira alegria é espiritual e traz paz, mas a euforia traz inquietação.

Então, resolvi me acalmar e me apoiar em Deus para me livrar daquele estado mental de insatisfação, crítica e descontentamento. Peguei a Bíblia, Ciência e Saúde, o Livrete Trimestral da Ciência Cristã e comecei a estudar a Lição Bíblica daquela semana. As idéias desse estudo trouxeram paz ao meu pensamento.

Reconheci, então, que só a Mente divina poderia me orientar e prover a verdadeira alegria. Comecei a orar e o primeiro "anjo" que me veio foi a gratidão por termos feito uma linda viagem, por estarmos em um lugar tão agradável e também por compreender que o Amor divino estava presente ali mesmo, para abençoar a mim e a todos. Essas idéias substituíram a "acidez mental" e, conseqüentemente, as aftas sumiram. No dia seguinte, à noite, todos fomos a uma pizzaria para comemorar mais uma vez o início do ano. Como eu estava completamente curada e livre daquele desconforto físico, desfrutei das deliciosas pizzas que nos foram servidas.

Experiências desse tipo ajudam a discernir se é a vontade divina ou a humana que está orientando e governando. Para mim, aquele foi o começar não apenas de um novo ano, mas de uma nova forma de pensar sobre muitas coisas.

Todos podem vivenciar um novo começo e encontrar a felicidade cada vez que o pensamento estiver sobre uma base espiritual.

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