Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Matéria de capa

Meio Ambiente (Meta)Físico

Da edição de julho de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Fico entusiasmada quando falo de meio ambiente e sua preservação, que para mim não se restringe à materialidade nem às coisas que reutilizamos ou descartamos. Ao estudar a Ciência Cristã, aprendi que o universo e todos os seres vivos são ideias da Mente única, que é Deus. Assim, as impressões que recebemos por meio dos sentidos corporais não correspondem à realidade das coisas e pessoas.

Mary Baker Eddy escreveu que "é chegada a hora dos pensadores" (Ciência e Saúde, P. vii). Para mim, ser um pensador não é somente refletir e filosofar, mas sim manter o pensamento voltado para os conceitos metafísicos, mesmo diante de situações que parecem meramente físicas. Assim, dei-me conta de que tudo é um reflexo da luz. Essa luz não é somente a do sol. Gradativamente, cheguei à compreensão mais elevada de que a verdadeira luz é divina, não material.

Certa vez, vivenciei um momento de inspiração ao olhar por uma das janelas do prédio mais alto da região em que moro. Lá embaixo, a luz solar se refletia nas ruas e nos jardins. Prestei atenção aos carros que se moviam e nos pneus, produzidos com borracha gerada da seringueira, que necessita da luz do sol para viver. Vi que a luz solar iluminava cada parte dos prédios, e que nada seria visível sem que aí estivesse presente a luz. A árvore e a sombra projetada embaixo dela eram efeitos da luz; se não fosse a luz, nada do que estava sendo visto existiria, e nada do que existia poderia ser visto.

Como havia aprendido na Ciência Cristã que não há vida, inteligência ou substância na matéria, pensei naquele momento: "A luz não é material". Assim, compreendi que o meio ambiente pode ser visto sob uma ótica metafísica.

Minha emoção nesse momento veio do fato de que as palavras da Bíblia, as quais afirmam que somos filhos da luz, tornaram-se para mim mais claras e científicas; não somente místicas, poéticas ou teóricas, porém reais. Nessa hora, com lágrimas banhando minha face e nova luz a me banhar o entendimento, pude ver perfeitamente que na origem de toda essa luz e calor atribuídos ao sol, está a inteligência única que tudo cria e sustenta. A luz do sol é um reflexo da luz suprema, Deus, que é tudo, e assim são todas as pessoas e a natureza.

Por saber que nossa existência se deve somente a essa inteligência, que tudo cria, governa e sustenta, sei também que nada necessitamos temer com relação ao meio ambiente. Afinal, a Mente divina, sendo perfeita, gera somente a perfeição, que a tudo mantém em harmonia. Assim, vejo cada uma das coisas que compõem o meio ambiente como algo pelo qual devo zelar e agradecer. Sei que, como reflexos do amor e providência divinos, elas representam ideias do bem, que não estão sujeitas à degradação ou extinção. O mesmo poder que até agora manteve o universo espiritualmente, sempre realizará sua obra perfeita.

Os cuidados que tenho não são gerados por medo de escassez, mas por gratidão a essa fonte inesgotável, de onde nos vem o que necessitamos.

Respeito tudo o que recebemos do Amor infinito. Os cuidados que tenho não são gerados por medo de escassez, mas por gratidão a essa fonte inesgotável, de onde nos vem o que necessitamos. Reutilizo cada pequena coisa, e preservo para partilhar com quem precisar. Minha filha mais velha disse-me, certa vez, que se lembra do quanto ela gostava de encontrar entre minhas coisas o que ela precisava quando era adolescente e ainda morava comigo.

Amo partilhar ideias metafísicas também com a família maior, a comunidade. Assim, participei de um festival multicultural no Cape Cod Community College, na região em que moro, em Massachusetts, nos Estados Unidos. Apresentei utilidades e objetos decorativos que fiz de cacos de vidro, meias usadas e embalagens. Como resultado, foi-me oferecido um curso de liderança em questões ambientais, e me convidaram para participar de outro evento. Mostrei então os bordados que criei para reaproveitar diversas peças de roupa que haviam sido danificadas por água sanitária. Essas roupas não foram para o lixo, e agora são mais bonitas do que antes. A ideia de beleza permanecia intacta, pronta para ser encontrada, revelada, realçada. Porque é tudo mental, nada pode ser definitivamente perdido, nenhum problema pode ficar sem solução.

Mesmo antes de me chamarem de ativista ambiental, sempre gostei de reaproveitar as coisas em vez de jogar tudo no lixo. Eu questiono essa facilidade de descartar tudo tão impensadamente. Assim, fico feliz quando encontro novos usos para descartáveis; caixinhas vazias, depois de pintadas e decoradas, servem como porta- treco e embalagens de presente. Isto confirma que a vida está sempre a se manifestar em beleza, harmonia e graça. Dou esses passos humanos me voltando para ideias metafísicas, em busca da compreensão espiritual.

O que eu desejo é aprender mais, para melhor servir. A mensagem que se revela para mim por meio dessas oportunidades é que, da mesma forma como podemos reciclar objetos, assim será também nas nossas relações com familiares e conhecidos. Cada um de nós ajudará a revelar a beleza e as infinitas possibilidades que todos têm como filhos da perfeição, até que não mais existam os excluídos, os "inúteis", os "joões-ninguém", o lixo social. A natureza, todas as amizades e relacionamentos podem ser reciclados, à luz do entendimento metafísico.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / julho de 2009

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.