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Matéria de capa

Oração pelo planeta

Da edição de julho de 2009 dO Arauto da Ciência Cristã


Recentemente, minha esposa e eu fizemos o famoso passeio passeio das 17 milhas, ao longo de Carmel, na costa da Califórnia. Que dia glorioso! O brilhante sol refletia-se sobre as ondas do Oceano Pacífico, que se elevavam e se abaixavam alternadamente com suavidade. Cada curva da estrada descortinava paisagens magníficas.

Ninguém consegue ficar alheio à beleza da terra. Desde o nascer e o pôr do sol deslumbrantes, os verdes vales luxuriantes da floresta, os espetaculares picos das montanhas, flores de todos os tipos e tonalidades, aos animais em seus habitats naturais, tudo nos faz parar e apreciar com admiração e gratidão pela rica e variada vida no nosso planeta.

Ainda assim, diariamente ouvimos reportagens de que traímos essa beleza natural, quando a arruinamos com nossa civilização. Aquecimento global, desmatamento, poluição do ar, explosão demográfica e espécies em extinção, tudo isso ameaça a beleza e a saúde da terra. Algumas vezes, a impressão que dá é que deveríamos simplesmente expulsar a civilização e começar tudo de novo, vivendo uma vida mais simples e mais cuidadosa.

As categorias da metafísica assentam sobre uma única base, a Mente divina

Talvez esse ímpeto de retornar à natureza simbolize um desejo mais profundo de retomar nossa concepção da terra como Deus a criou. A Bíblia explica: "No princípio, criou Deus os céus e a terra" (Gênesis 1:1) e mais adiante, nesse mesmo capítulo, somos informados que: "Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom" (Gênesis 1:31) e "Assim, pois, foram acabados os céus e a terra e todo o seu exército" (Gênesis 2:1).

Essa concepção de um céu e terra criados por Deus, inteiramente bons, completos, intactos, de fato, perfeitos, é o ponto de partida principal em nossas orações para o planeta. Essa concepção requer que primeiro definamos nossa concepção de Deus, a fim de entender melhor Sua criação. "Deus é Espírito..." disse Jesus, "...e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade" (ver João 4:24). Jesus também definiu a Deus como bom, pois quando "certo homem de posição" se referiu a Jesus como "Bom Mestre," Jesus respondeu: "Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus" (ver Lucas 18:18,19).

Certamente, um Deus que é Espírito e é bom deve ter produzido uma criação que é espiritual e boa. Mary Baker Eddy explicou este conceito em Ciência e Saúde: "A metafísica está acima da física, e a matéria não entra nas premissas nem nas conclusões metafísicas. As categorias da metafísica assentam sobre uma única base, a Mente divina. A metafísica reduz as coisas a pensamentos e substitui os objetos dos sentidos pelas idéias da Alma" (P. 269).

Ao reduzirmos nossa terra e seu meio ambiente a pensamentos, perceberemos que as soluções sanadoras devem ser primeiramente mentais. Na verdade, nossas orações podem revelar e revelarão os passos humanos práticos que podemos dar para resolver qualquer problema, mas nosso enfoque principal deve estar em ver os "céus e terra" como ideias espirituais que residem no reino da Mente infalível e perfeita. A Mente criou o universo com seu poder e por sua sabedoria.

Ao reduzirmos nossa terra e seu meio ambiente a pensamentos, perceberemos que as soluções sanadoras devem ser primeiramente mentais.

É necessário afirmar em oração que nossa terra, nossos semelhantes e nós mesmos somos as expressões espirituais, perfeitas e boas da natureza sempre presente e eterna de Deus para trazer cura a tudo quanto necessita de correção em nosso planeta. Em nenhuma parte das curas de Jesus ou nos escritos de Mary Baker Eddy, encontramos o homem (o termo genérico para a identidade espiritual de todos nós), ou o nosso meio ambiente, em transformação.

Ao contrário, o homem e seu meio ambiente já são divinamente perfeitos, incontaminados e inocentes. Na medida em que purificarmos nosso pensamento de conceitos equivocados a respeito da criação, e eliminarmos do comportamento humano individual impurezas como luxúria, inveja, avareza, egoísmo e indiferença, compreenderemos melhor e perceberemos as evidências da imutável equação espiritual: Deus perfeito=criação perfeita.

Tive a oportunidade de constatar como mudar o pensamento a respeito da natureza da criação trouxe mudanças positivas em meu próprio quintal. Certa vez, quando nossa comunidade vivenciou uma terrível tempestade, dois raios atingiram duas árvores perto de casa. Um especialista disse que as árvores, um carvalho e um álamo, estavam gravemente danificadas, não poderiam ser salvas e teriam de ser cortadas. Agradecemos pelo seu conselho, mas não nos agradou a ideia de perder esses dois velhos amigos, magníficos e altaneiros.

Persisti em reconhecer que Deus é o único poder e que não existe nenhum outro poder ou presença

Um dia, quando orava sobre essa situação, li a seguinte passagem em Ciência e Saúde: "O poder que erra é uma crença material, por engano chamada força, a qual age às cegas; é o rebento da vontade e não da sabedoria, da mente mortal e não da imortal. É a catarata impetuosa, a chama devoradora, o sopro da tempestade. É raio e furacão, tudo o que é egoísta, mau, desonesto e impuro" (P. 192).

Ative-me firmemente à ideia de que essas árvores eram uma parte integral da criação boa e espiritual de Deus e que, portanto, eram ideias espirituais perfeitas, intocadas por qualquer suposto poder material chamado relâmpago. Persisti em reconhecer que Deus é o único poder, portanto, não existe outro poder ou presença. Em poucos dias, tive uma sensação de paz e deixei o assunto de lado. Muito mais tarde, quando apareceu outro especialista em árvores para tratar de outro assunto, dei-me conta de quão sanadora minha oração científica havia sido! Ao olhar para as duas árvores cheias de marcas, o especialista em árvores observou que ele nunca havia visto nenhuma árvore sobreviver a um golpe como aquele e ainda estar viva e saudável.

Tomar partido de um Criador espiritual e de sua criação espiritual não significa que estejamos livres para negligenciar nossos cuidados para com o planeta, sob nenhuma hipótese.

Tomar partido de um Criador espiritual e de sua criação espiritual não significa que estejamos livres para negligenciar nossos cuidados para com o planeta, sob nenhuma hipótese. Todos nós já incluímos as extraordinárias qualidades de zelo, como ternura, paciência, consideração, afeto e praticidade. Podemos utilizar esses atributos e dar um fundamento às nossas orações, ao atentarmos às formas pelas quais podemos demonstrar nosso amor pela criação de Deus na vida diária, de modo prático. Talvez sejamos inspirados a fazer uma reciclagem criteriosa, em vez de simplesmente jogar tudo na lixeira. Talvez possamos experimentar formas alternativas de gerar eletricidade para nossa casa, utilizando energia eólica ou solar. Ou quem sabe nos sintamos impelidos a aderir a um grupo organizado de preservação da natureza.

Somos expressões espirituais da única Mente, Deus, reconhecendo com gratidão, agora e sempre, Seu completo controle sobre toda a criação

Contudo, também temos de estar alerta às pretensões do panteísmo, a crença de ver Deus agindo por meio da matéria, bem como da fisiologia, do estudo das funções mecânicas, físicas e bioquímicas dos organismos vivos. Não somos mortais vivendo em um planeta material, por cujo bem-estar somos responsáveis. Somos expressões espirituais da única Mente, Deus, reconhecendo com gratidão, agora e sempre, Seu completo controle sobre toda a criação.

Será que isso significa que não deveríamos nos maravilhar diante de toda a beleza que vemos em nosso planeta, e tomar providências para protegê-lo? Mary Baker Eddy respondeu a essa pergunta desta forma: "Resumir toda a beleza da terra como que em um sorvo de vácuo e rotulá-la como nada, equivale a fazer uma caricatura da criação de Deus, e isso é injusto para com o senso humano e o realismo divino. Em nossa compreensão imatura das coisas espirituais, digamos o seguinte a respeito das belezas do universo sensório: 'Amo tua promessa; algum dia eu conhecerei a realidade e a substância espiritual da forma, luz e cor daquilo que, através de ti, agora percebo fracamente; e sabendo disso, ficarei satisfeito. A matéria é uma débil concepção da mente mortal; e a mente mortal é a representante mais pobre da beleza, grandiosidade e glória da Mente imortal' " (Miscellaneous Writings 1883-1896, p. 87).

Tomemos todas as medidas práticas que nossa oração nos guiar a tomar no sentido de contribuir com a limpeza, segurança e preservação do planeta.

Portanto, sigamos em frente. Tomemos todas as medidas práticas que nossa oração nos guiar a tomar no sentido de contribuir com a limpeza, segurança e preservação do planeta. Caminhemos pelas florestas e maravilhemo-nos com a grandiosa tranquilidade da natureza. Acordemos bem cedo e apreciemos a beleza do nascer do sol. Escalemos uma montanha e deslumbremo-nos com a força e o poder de Deus. Oremos pelas questões ambientais e regozijemonos com as gloriosas ideias divinas que estão por vir.

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