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Deus, o único progenitor

Da edição de janeiro de 2016 dO Arauto da Ciência Cristã

Original em português


Quando meu primeiro filho nasceu, enfrentei um grande desafio. A médica chegou ao quarto do hospital e nos disse que eu poderia ter alta, mas que o bebê deveria ficar internado devido a seu sangue não ser compatível com o meu. Fiquei muito assustada quando ela propôs uma transfusão de sangue, caso o estado da criança piorasse. Quando a médica se retirou do quarto e ficamos sozinhos, meu marido na época (hoje estamos divorciados), disse: “Isso não é possível! Nosso filho é uma ideia espiritual, criada por Deus, e não pode estar em conflito com outra ideia espiritual”.

Começamos a ler a Lição Bíblica do Livrete Trimestral da Ciência Cristã para aquela semana, Lição essa que consiste de trechos da Bíblia e de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, e vi que as palavras de meu então marido estavam fundamentadas nesta verdade espiritual: “Uma ideia espiritual não contém nem um só elemento do erro, e essa verdade remove devidamente tudo o que é nocivo” (Ciência e Saúde, p. 463). Percebi também que, por ser uma ideia espiritual, meu filho não tinha sido concebido materialmente, mas sim por Deus, o Espírito. Deus é o verdadeiro e único progenitor de todos nós. Assim, naquele momento reconheci que meu filho só poderia ser espiritual e perfeito, por ser parte da criação espiritual e perfeita de Deus.

Enquanto líamos a Lição Bíblica, fizeram outro exame de sangue no bebê, e, cerca de uma hora depois, quando chegamos ao berçário, a médica nos disse que não sabia o que tinha acontecido, pois o último exame de sangue não mostrava nenhuma anormalidade. A transfusão não foi necessária, o bebê recebeu alta e foi conosco para casa.

No nascimento de nossa segunda filha, enfrentamos outro desafio. Dessa vez o problema era o cordão umbilical enrolado no pescoço. Além disso, o parto foi difícil e demorado. Foi necessário o uso de fórceps para ajudar a retirada do feto, e a circulação do sangue para a cabeça da criança foi comprometida. Após o nascimento, ela demorou para começar a chorar. Apesar da recomendação médica de procurarmos um neurologista, decidimos confiar somente em Deus e pedimos a uma Praticista da Ciência Cristã que nos ajudasse por meio da oração. Essa ajuda foi muito importante para nós, principalmente porque, após chegarmos da maternidade, nossa filha desfalecia e virava os olhinhos para trás, de uma forma muito anormal. Quando isso acontecia, eu ficava muito assustada, mas orava com as ideias de Ciência e Saúde. Nas páginas 528 e 529 desse livro, Mary Baker Eddy dá o significado espiritual dos versículos 21 e 22 do segundo capítulo de Gênesis, na Bíblia. Esses versículos relatam que “o Senhor Deus” fez Adão cair em pesado sono para então lhe tomar uma das costelas e a transformar em uma mulher. A Sra. Eddy escreve: “Aqui a falsidade, o erro, atribui à Verdade, Deus, o haver produzido em Adão um sono ou estado hipnótico para submetê-lo a uma operação cirúrgica e criar assim a mulher”.

No próximo parágrafo, relacionado ao título marginal “Obstetrícia mental”, lemos: “Contudo, de acordo com essa narrativa, a cirurgia foi de início praticada mentalmente e sem instrumentos; e isso pode ser uma indicação útil para a classe médica. Mais tarde na história humana, quando o fruto proibido estava produzindo fruto de sua própria espécie, veio a sugestão de mudança no modus operandi — que o homem deveria nascer da mulher, e não que a mulher fosse novamente tomada do homem. Aconteceu, também, que surgiu a necessidade de instrumentos para ajudar o nascimento dos mortais. O primeiro sistema de obstetrícia por influência hipnótica se modificou. Outra modificação virá quanto à natureza e à origem do homem, e essa revelação destruirá o sonho da existência, restabelecerá a realidade, introduzirá a Ciência e o glorioso fato da criação, a saber, que tanto o homem como a mulher procedem de Deus e são Seus filhos eternos, sem pertencer a nenhum progenitor inferior”.

Refletir sobre esses conceitos me ajudou muito. Entendi que nossa filha sempre foi uma ideia espiritual e perfeita, que não é procedente de pais humanos, mas que emana eternamente de Deus. Por isso, ela não poderia estar sofrendo das complicações de um nascimento material. Após alguns meses orando dessa forma, sem que eu percebesse, aqueles sintomas desapareceram completamente.

Essas ideias também me ajudaram na cura de hemorroida e das dores que eu sentia quando urinava, sequelas daquele parto difícil e demorado. De novo orei reconhecendo que uma ideia espiritual não pode prejudicar outra ideia espiritual. Em alguns meses, após começar a orar, o problema havia se desvanecido totalmente e não retornou.

Foi fundamental perdoar o obstetra para a cura de nossa filha e para minha própria cura. Ele havia recomendado cesariana, mas quando cheguei à maternidade ela já estava encaixada para nascer de parto normal. Ele me culpou por ter demorado a chegar ao hospital e ter comprometido a minha vida e a da criança. Também foi de suma importância perdoar a mim mesma por ter, mesmo sem nenhuma intenção, nos colocado naquela situação difícil. Mas a verdade é que o Amor divino sempre esteve presente, cuidando de nós duas, e está presente em todos os momentos.

No parto do meu terceiro filho, tudo correu bem. Hoje, meus três filhos são jovens inteligentes, ativos e gozam de muita saúde. Sou muito grata pela compreensão de que na totalidade de Deus todos estão sempre em perfeita harmonia.

Maria Bernadete Filizzola, Belo Horizonte

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