Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Matéria de capa

Viver plenamente ao demonstrar a perfeição divina

Da edição de janeiro de 2016 dO Arauto da Ciência Cristã

Original em francês


Mais um ano termina e outro começa. Nós tomamos novas resoluções, até mesmo assumimos compromissos, para nós mesmos e nossos filhos. Algumas vezes, essas resoluções se constituem em objetivos que devemos alcançar para termos uma vida mais feliz e mais confortável. Seguimos em frente com esses objetivos que parecem fundamentais para o nosso bem-estar, muito embora alcançá-los possa nos causar muito estresse.

Quando crianças, nossa vida de estudante é marcada pela passagem de um ano escolar para o seguinte e pela aprovação nos exames finais a cada ano. Então, pensamos sobre o futuro, aspiramos por uma situação profissional que nos permita estabelecer uma vida social, uma vida familiar e então isso... e depois aquilo... e então... Em resumo, vivemos apressados, com obstinação, ambição e ansiedade; nos esforçamos muito, mas, para chegar aonde?

No Glossário de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, a definição metafísica que Mary Baker Eddy dá para tempo diz o seguinte: “Medições mortais, limites, dentro dos quais se resumem todos os atos, pensamentos, crenças, opiniões e conhecimentos humanos; matéria; erro; aquilo que começa antes e continua depois da ocorrência que se denomina morte, até que o mortal desapareça e a perfeição espiritual apareça” (p. 595).

Conforme lemos na última parte dessa definição, o tempo não está limitado ao período da vida que acreditamos transcorrer entre o nascimento e a morte. Essa compreensão abre nosso pensamento para um propósito mais elevado. À medida que cumprimos nossas obrigações a cada estágio da vida, é muito mais recompensador ver o mortal desaparecer para que a “perfeição espiritual apareça” e esse deve ser o propósito principal em nossa vida.

“É preciso tirar o máximo proveito da escola preparatória da terra”, escreve a Sra. Eddy (Ciência e Saúde, p. 486). Gostaria de ilustrar essa declaração com uma experiência. No ano passado, durante as provas escolares que começam muito cedo, meu neto tinha de estudar lições importantes. Mas uma matéria lhe parecia muito difícil e, portanto, teve de estudar mais essa matéria, de forma mais conscienciosa e com a ajuda dos pais. Como resultado de seu árduo esforço, ele se saiu tão bem na prova que obteve a nota mais alta da turma! Ele estava muito feliz e orgulhoso quando me contou.

Naturalmente, dei-lhe os parabéns, mas então lhe disse: “Essa nota alta não é o que importa”. Ele me olhou surpreso. “O que é importante”, disse eu em seguida, “são as qualidades que você possui e que você expressou na ocasião, qualidades como inteligência, boa memória, perseverança e assim por diante. Você também sentiu o gostinho de fazer um esforço e a satisfação de ter feito um bom trabalho. Você sabe que possui todas essas boas qualidades, porque é filho de Deus, a reflexão, o reflexo do Criador, que é a inteligência infinita.”

“Essa experiência lhe será sempre útil em sua jornada”, continuei. “Se amanhã, nos próximos seis meses ou em vinte anos, você se deparar com um desafio, certamente se lembrará de que necessita pôr de lado a crença em escassez, incapacidade, limitações, incompetência, porque essas crenças pertencem a um ser mortal, e você não é esse mortal. Ao contrário, ao reconhecer e declarar que você é o filho de Deus, você conseguirá aceitar com alegria que já possui todas as qualidades necessárias para enfrentar a situação e estará consciente da perfeição espiritual de seu existir e se identificará com essa perfeição. 

“Portanto, o importante são todas as qualidades que constituem a sua verdadeira identidade e as quais você expressa. Expressá-las é o verdadeiro propósito de uma vida cheia de êxito. Acaso não nos ensinou Jesus que somos a ‘luz do mundo’ (ver Mateus 5:14) e o ‘sal da terra’ ?” (ver Mateus 5:13).

“Então, em que consiste essa nota alta? Bem, essa é a cereja do bolo!” Ele sorriu com a imagem da cereja, mas entendeu o que eu queria dizer e aceitou meu ponto de vista.

Cada estágio da vida, cada momento do dia, nos proporciona a oportunidade de ver a Deus Se manifestando em nossa experiência, mediante a oração e a demonstração. Devemos começar nosso dia orando e lendo a Bíblia e os escritos de Mary Baker Eddy. Uma compreensão correta de Deus, o bem, e da natureza espiritual do nosso próprio existir e de todo o existir, é fundamental para que se nos revele tudo o que Deus está eternamente expressando em nós.

Esse estudo, porém, não deve nos isolar do mundo. Ao contrário, o conhecimento que adquirimos deveria nos transformar em valiosos colaboradores para um mundo melhor. Temos nosso existir em Deus, e nossa função é compreender esse conceito, colocá-lo em prática e vivê-lo. Com frequência, as tarefas que realizamos são necessárias e importantes. O que  importa, contudo, é a atitude interior e a compreensão espiritual que adotamos quando realizamos essas tarefas. Eu não me sinto mais sobrecarregada pelos meus afazeres diários, porque agora eu os realizo para a glória de Deus e por amor ao meu próximo e, assim, tudo o que faço se torna uma alegria.

Sinto-me realmente viva cada vez que vivencio algo, converso e ajo do ponto de vista da minha união com Deus, quando vivo conscientemente o que compreendo da minha natureza espiritual, e assim me abro mais para os outros. “O Amor é Vida, o bem” (Mary Baker Eddy, Hinário da Ciência Cristã, 30). Visto que Deus é a Vida e o Amor, Ele é o bem perfeito, e quando silenciamos o senso mortal de vida, vemos mais claramente a Deus Se manifestando e expressando no dia a dia.

Dessa maneira, podemos amar cada momento de nossa vida, quer estejamos na escola, no trabalho, fazendo compras ou dando um passeio, sem nos preocupar de que a vida mortal está transcorrendo com o passar do tempo. Viver verdadeiramente é ver a natureza espiritual da vida e assim nos regozijar com tudo o que temos de fazer, realizando tudo da melhor maneira que podemos e nos empenhando em expressar a perfeição divina.

Quando mantemos esse estado de consciência, as sombras e os desafios relacionados com os anos que parecem se acumular desaparecem, porque vivemos cada vez mais em comunhão com Deus, cheios de gratidão por Sua presença, que se torna cada vez mais tangível para nós. Trazemos o senso espiritual para a nossa vida, para os nossos dias e para todas as nossas ações. O mortal desaparece cada vez mais e a perfeição espiritual é melhor demonstrada. Não  seria isso fazer bom uso do nosso tempo?

Talvez você se pergunte: “E o que dizer de saúde, abundância, êxito, paz, amor, alegria”? Tudo isso é muito mais do que a cereja do bolo! Essas são as bênçãos maravilhosas que resultam da compreensão de que a vida é espiritual e eterna.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / janeiro de 2016

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.