A faculdade é um lugar onde muitas correntes de pensamento circulam livremente e o trabalho feito por uma Organização da Ciência Cristã (OCC) tende a desafiar algumas práticas. Por esse motivo, é fundamental que o membro de uma OCC conheça a si mesmo e se proteja, reconhecendo a verdade que mostra que estamos sempre protegidos sob as asas de Deus, livres do perigo.
Os membros da OCC à qual pertenço queriam patrocinar uma conferência da Ciência Cristã e eu precisava passar no escritório do Diretor Executivo da universidade para saber a resposta à carta que escrevemos solicitando o uso de um espaço no campus. Os funcionários com quem me reuni no escritório fizeram muitas perguntas sobre a Ciência Cristã. Respondi com cautela. Finalmente, eles disseram que meu pedido não seria aceito porque, na opinião deles, a Ciência Cristã pertencia ao ocultismo. Naquele momento, orei reconhecendo que nada poderia se opor ao poder do Cristo, a Verdade, em ação.
Também tive de aprender a ser paciente e a ter a expectativa do bem, porque depois de eu ter fornecido ao diretor a papelada necessária, o funcionário encarregado do caso saiu de férias e deixou nosso processo em sua gaveta. Durante esse período, senti-me tentado a insistir no assunto reunindo-me com o próprio Diretor Executivo, mas venci essa tentação quando compreendi melhor o que é a paciência. A seguinte passagem de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy, vinha-me ao pensamento toda vez que me sentia tentado e isso removia qualquer dúvida: “Os poderes deste mundo combaterão e darão ordem às suas sentinelas para não deixarem a verdade passar, enquanto esta não adotar seus sistemas; mas a Ciência, sem fazer caso da baioneta em riste, continua sua marcha” (p. 225). Aquele funcionário voltou das férias algumas semanas depois. Ao contrário do que seus colegas haviam me dito, ele me assegurou que enviaria o processo para o diretor sem mais demora. Disse-me que obteríamos a autorização dentro de dois meses. Conseguimos obter um espaço e realizamos nossa primeira conferência da Ciência Cristã no campus.
No ano seguinte, tivemos uma experiência semelhante com a organização de conferências. Escrevemos para o diretor de nossa faculdade para obter a autorização necessária, mas não recebemos nenhuma resposta, de forma que decidimos enviar-lhe uma segunda carta sobre o assunto, mas, ainda assim, não obtivemos resposta alguma. Estávamos orando, mas à medida que se aproximava a data da primeira conferência, nós nos perguntávamos se conseguiríamos realizar sequer uma das conferências que havíamos planejado.
Informamos o conferencista sobre a situação, já que ele é Praticista da Ciência Cristã. Ele nos disse para não ficarmos impressionados com o que a diretoria da escola pudesse dizer, mas que reconhecêssemos que nada poderia interromper nem impedir o desdobramento da atividade de Deus. Cada membro da OCC foi encorajado a ler este versículo de Salmos: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará” (37:5), e este trecho de Ciência e Saúde: “O Amor divino sempre satisfez e sempre satisfará a toda necessidade humana” (p. 494). Essas ideias nos ajudaram a neutralizar o medo, e colocamos o problema nas mãos de Deus, que estava no controle.
Alguns dias antes da conferência, pediram-nos que apresentássemos a documentação legal de nossa Igreja, o que fizemos sem demora, e assim recebemos a permissão para realizar as conferências com uma simples assinatura do diretor. Foi uma alegria enorme compartilhar a Ciência Cristã com o grande número de estudantes que assistiram às conferências.
Todos nós tivemos de compreender que precisamos desviar o olhar do problema e confiar em Deus como o Amor divino, que satisfaz a toda necessidade humana e é “socorro bem presente nas tribulações” (ver Salmos 46:1).
Por essa experiência, agradeço ao nosso Pai-Mãe Deus, a nosso Mestre, Cristo Jesus, a Mary Baker Eddy, que nos proporcionou esse ensinamento, e aos praticistas da Ciência Cristã que nos apoiam sempre que pedimos.
