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‘Individualizar o poder infinito’

Da edição de janeiro de 2016 dO Arauto da Ciência Cristã

Tradução do original em inglês publicado na edição de 19 de janeiro de 2015 do Christian Science Sentinel.


Em sua obra principal, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, Mary Baker Eddy incluiu um capítulo (“Reconciliação e Eucaristia”) no qual ela comenta detalhadamente o sacrifício, o triunfo e o exemplo de Jesus. No parágrafo referente ao título marginal “A sentinela do céu”, a Sra. Eddy escreveu a respeito de Jesus: “Abandonado por todos os que ele havia abençoado, essa fiel sentinela de Deus, no mais alto posto do poder, investido da maior missão celeste, estava pronto para ser transformado pela ação renovadora do Espírito infinito” (p. 49).

Embora nenhum de nós jamais tenha a mesma missão extraordinária que Jesus teve como a expressão perfeita do Cristo, a Verdade, para sermos cristãos realmente precisamos segui-lo, pela demonstração de nossa própria natureza, semelhante à do Cristo. Essa é, por si só, uma missão extraordinária.

Felizmente, cada um de nós desfruta de uma posição de grande poder. Mas não se trata de uma posição política nem de riqueza material abundante. Ao contrário, Deus designou cada um de nós como porteiros de nossa própria consciência. Essa é realmente uma posição poderosa, fundamental para o progresso do mundo. Por quê? Porque toda desarmonia, seja ela um desentendimento de pouca importância com um amigo, uma doença ou um problema geopolítico aparentemente difícil de ser solucionado, só pode existir quando nós mesmos e as outras pessoas permitimos que a desarmonia entre na consciência. À medida que, com perseverança, impedimos que a desarmonia entre em nosso pensamento, é inevitável que ela desapareça de nossa experiência e de nossa vida.

Naturalmente, se considerado do ponto de vista convencional de que somos materiais, ou essencialmente materiais, e de que vivemos em um mundo material, esse comentário simplesmente não parecerá realista. Mas, de fato, o mundo é mental; vivemos no mundo formado pelos nossos próprios pensamentos e pelos pensamentos dos outros. Reconhecer isso e examinar o que estamos realmente pensando é fundamental para estarmos em harmonia, da mesma maneira que saber como estamos gastando nosso dinheiro é essencial para a estabilidade financeira.

A Ciência Cristã divide os pensamentos em duas categorias. Visto que a Mente, Deus, é infinita, somente os pensamentos fundamentados nessa infinitude têm legitimidade, poder e realidade, isto é, pensamentos amorosos, harmoniosos, desprovidos de ego e de medo. Por outro lado, pensamentos caracterizados por ignorância, preocupação, egoísmo ou limitação não são, de forma nenhuma, pensamentos provenientes de Deus. Por não serem de Deus, esses pensamentos não têm poder real, mas nos afetam somente na medida em que acreditamos em sua existência e nos submetemos à sua influência.

Vigiar à porta de nosso pensamento consiste em ouvir os pensamentos provenientes de Deus e provar que os estamos ouvindo, agindo somente com base nesses pensamentos. Montar guarda à porta de nossa consciência significa rechaçar pensamentos que não são de Deus, recusando-nos a ouvi-los ou a agirmos de acordo com eles.

De onde provêm esses pensamentos impostores? Eles não provêm de lugar algum, porque não existe nenhum lugar à parte da infinitude de Deus. Com base na infinitude da bondade e da harmonia, provamos nosso domínio sobre tais pensamentos e, desmascarando-os, demonstramos que são o nada sem nenhum poder.

Com relação ao domínio, dos seis fundamentos da Ciência Cristã adotados pelos membros dA Primeira Igreja de Cristo, Cientista, o último deles contém uma promessa específica, que os membros fazem: “E solenemente prometemos ser vigilantes, e orar para haver em nós aquela Mente que havia também em Cristo Jesus; fazer aos outros o que desejamos que eles nos façam; e ser misericordiosos, justos e puros” (Ciência e Saúde, p. 497).

Portanto, vigiar dessa maneira é uma atividade fundamental, talvez até essencial, dos membros da Igreja. Mas será que estamos vigiando ativamente para ver o bem?

Quando andamos de bicicleta na cidade, com frequência vemos muito tráfego, muitos carros, ônibus, caminhões, pedestres e outros ciclistas. E nosso pensamento pode estar inspirado pela compreensão e expectativa do bem. Mas se, quando pedalamos, nossa atenção está em não sermos atingidos por outro veículo, então nosso pensamento não está alicerçado na totalidade de Deus e em Sua harmonia. Quando estamos pedalando pela cidade, ou na vida em geral, devemos estar conscientes da eterna presença do bem e focar o bem. Nesse caso, nossa atenção está em perceber que os motoristas e as outras pessoas expressam domínio, atenção, respeito, cortesia, consideração e assim por diante, e reconhecemos o bem espiritual que essas qualidades representam. Naturalmente, quando focalizamos o bem, nossos olhos e ouvidos também estão abertos para evitar o perigo. Mas lidamos com esse perigo com confiança e autocontrole, e não com ansiedade e medo de consequências negativas.

O Evangelho de João relata que Jesus e seus discípulos passaram pela Samaria, uma região onde judeus, como o eram Jesus e seus discípulos, não eram bem-vindos. Todavia, de acordo com o relato bíblico, Jesus encontrou ali grande receptividade, e os samaritanos não queriam que ele os deixasse. Ele disse aos seus discípulos: “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa” (João 4:35).

Os olhos de Jesus estavam abertos. Ao rejeitar a falta de receptividade à sua mensagem, ele estava buscando ativamente o bem que ele sabia estar presente ali.

Ao aceitar somente o bem em nossa consciência neste momento, estamos exercendo mais poder real do que seríamos capazes de exercer de qualquer outra forma. Estamos permitindo que somente Deus governe nosso pensamento e, assim, estamos governando a nós mesmos. Realmente não há maneira melhor de ajudar os outros e de trazer libertação ao mundo que nos rodeia. O Mestre disse: “O que ... vos digo, digo a todos: vigiai!” (Marcos 13:37).

A Sra. Eddy, que fundou esta revista, escreveu: “Viver de maneira a manter a consciência humana em constante relação com o divino, o espiritual e o eterno, é individualizar o poder infinito; e isso é Ciência Cristã” (The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista e Vários Escritos], p. 160).

Lyle Young

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