Como muitos leitores desta revista, todas as manhãs, quando me levanto, preparo o meu dia com estudo e oração. Estudo a Lição Bíblica Semanal da Ciência Cristã, que consta do Livrete Trimestral da Ciência Cristã e fico atento a novas ideias que possam me ajudar a progredir em meu esforço de deixar de lado toda a fé na realidade da matéria, por meio da compreensão de que Deus, o Espírito, é a única Vida e a única Mente. Oro a “Oração Diária” (ver Manual dA Igreja Mãe, p. 41), que a Descobridora e Fundadora da Ciência Cristã, Mary Baker Eddy, escreveu, e estudo passagens de outros escritos seus e da Bíblia.
Em seguida, abro o jornal The Christian Science Monitor, escolho um artigo e oro especificamente para refutar os erros da mente carnal que parecem estar em ação nas circunstâncias mencionadas na reportagem. Resumindo, dou um tratamento da Ciência Cristã relacionado às questões levantadas pelo artigo.
Esse passo é o ponto culminante da minha preparação espiritual para o dia. É como ajudo a disseminar os efeitos sanadores da Ciência pelo mundo inteiro. Afinal, a Sra. Eddy, que fundou o Monitor, deu ao jornal o propósito de “propagar sem dividir a Ciência que opera sem se desgastar” (ver The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany, [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos], p. 353).
Recentemente, escrevi o que fiz em uma determinada semana, durante o tempo em que me dediquei ao Monitor todas as manhãs. Um artigo a cada manhã, uma simples oração. Pode ser que outra pessoa ore com ideias diferentes (sei que apenas arranho a superfície daquilo que necessita ser tratado nas situações em questão para que a cura seja completa), mas a seguir relatarei o que me veio ao pensamento.
No sábado, li sobre a viagem do presidente americano Barack Obama à sede da Nike, Inc., em Beaverton, no estado do Oregon, onde ele fez um discurso incentivando o Congresso a aprovar uma legislação comercial controversa.
Orei para compreender que Deus fala diretamente a todos os Seus filhos, e essa verdade se aplica aos trabalhadores em países que produzem produtos para a Nike; aos legisladores que precisam decidir se votam contra ou a favor desse acordo; àqueles que apoiam os dois lados da questão; aos jornalistas que informam o que é dito e o que é feito; e aos leitores e eleitores que devem tirar suas próprias conclusões quanto ao que pensar e fazer. Deus fala a cada um deles, a cada um de nós, não como mortais, mas como Seus amados filhos espirituais, Suas ideias, e isso nos capacita a conhecer e a fazer Sua vontade. Confusão, distorção, interesse próprio, medo, nenhuma dessas sugestões mortais podem obscurecer a brilhante luz da Verdade divina que comunica o amor infinito de Deus.
No domingo, havia no Monitor um artigo relatando como muitos americanos estão substituindo a hostilidade pela compaixão, à medida que se conscientizam de que algumas pessoas consideram ter nascido com o sexo “errado” e querem mudar. Minha oração no sentido de ajudar a apoiar a cura incluiu as ideias desta passagem da Bíblia: “Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou” (Gênesis 1:27). Esse homem, a imagem de Deus, é inteiramente espiritual. “Homem” e “mulher” não são designações sexuais, mas representações, qualidades, de identidade espiritual. O homem real não é uma criatura biológica. Cada um de nós é, agora mesmo, a bela, alegre, amorosa ideia espiritual de Deus. Deus ama todos nós de maneira plena, completa e ilimitada. Ele sabe quem somos: Seu reflexo. Qualquer ansiedade que possamos sentir com relação à nossa identidade é um produto da crença errônea de que a identidade mortal é nossa identidade real. Cada um de nós é a imagem espiritual, satisfeita e completa de Deus.
Na segunda-feira, li a respeito de como muitas famílias nos Estados Unidos estão se sentindo cada vez mais pressionadas pelas crescentes exigências a que seus filhos participem, de forma programada e estruturada, de um grande número de atividades. O artigo considerava como os pais estão lidando com essa questão e se as crianças estão realmente sendo beneficiadas.
Comecei minha oração afirmando que Deus conhece cada um de Seus filhos como uma ideia espiritual, perfeita e completa. O cenário que mostra uma criança mortal lutando para mostrar seus talentos inatos e sua identidade não é o verdadeiro cenário do homem. No Glossário de Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, a Sra. Eddy define espiritualmente Crianças / Filhos como: “Os pensamentos e representantes espirituais da Vida, da Verdade e do Amor” (p. 582). Cada um de nós está sempre expressando a Deus de maneira harmoniosa, inteligente, cheia de paz e de graça e totalmente espiritual. Deus é nosso amoroso e divino Pai-Mãe, e, por sermos Seu reflexo, nunca podemos estar exaustos, porque Ele é infinito.
A oração de terça-feira foi com base em um artigo sobre uma reunião que o Secretário de Estado dos Estados Unidos, John Kerry, teria com autoridades russas em Sochi, na Rússia, em um esforço para normalizar as relações entre os dois países, depois de os dois governos entrarem em desacordo a respeito da anexação da Crimeia à Rússia.
Deus fala diretamente a todos os Seus filhos.
Orei para saber que o Amor divino está sempre presente. Em nossa verdadeira individualidade, cada um de nós e cada uma das autoridades envolvidas nessas conversas, expressa esse Amor, a única Mente, e não somos definidos nem dominados pela ambição, pelo medo, pela presunção de uma retidão pessoal ou por qualquer desarmonia. Visto que Deus é Tudo, o erro não tem história nem fundamento, independentemente do que as circunstâncias culturais, nacionais, militares, políticas ou religiosas possam alegar. O governo de Deus é a única fonte verdadeira da lei e essa lei é universal e sustenta a harmonia. Essa presença divina pode ser sentida em Sochi e em qualquer outro lugar na terra. O Cristo está sempre se comunicando com a consciência humana.
No Monitor de quarta-feira, apareceu um artigo a respeito de como o recente terremoto no Nepal, os sucessivos abalos secundários e, em seguida, outro grande terremoto danificaram milhares de salas de aulas, o que dificultou a volta às aulas, pois as crianças não se sentiam seguras.
A Lição Bíblica daquela semana continha este versículo: “Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação” (2 Timóteo 1:7). Deus proporciona Seu amor inabalável e infinito a todos os Seus filhos, e nunca envia algo que possa causar medo ou discórdia. Ele não conhece nada que não sejam Suas próprias ideias perfeitas, e elas são eternas, indestrutíveis.
Em Ciência e Saúde, lemos: “O único poder do mal é se destruir por si mesmo. Ele nunca pode destruir nem sequer uma partícula do bem” (p. 186). A matéria, por sua própria natureza, assenta sobre fundamentos falsos, uma vez que o Espírito, Deus, é o único poder; mas o homem espiritual, real, é eterno e indestrutível e está firmado sobre um fundamento divino sólido que nunca pode ser abalado.
Na quinta-feira, li a respeito de como democratas no Senado dos Estados Unidos acabaram negociando e decidindo seguir em frente com um acordo de comércio internacional, apenas um dia após se negarem a apoiar o Presidente Obama em seus esforços para fechar esse acordo. O articulista escreveu o artigo para dar um “vislumbre do teatro que acontece no Senado.”
Orei para saber que há apenas uma única Mente divina e que essa inteligência suprema governa toda a criação. A mente mortal é um teatro, que em determinado momento está cheio de drama e insensatez e em outro parece estar repleto de paz, mas que nunca tem poder e é irreal. O universo espiritual, no qual somos perpetuamente governados pela Mente divina, é repleto de harmonia, inteligência, sabedoria e integridade. Nenhum de nós, políticos, legisladores, eleitores ou qualquer que seja nossa posição, jamais pode estar fora da harmonia desse universo. As maquinações da mente mortal não podem abalar a lei divina e eterna da paz.
No Monitor de sexta-feira, li um artigo sobre a Arábia Saudita, que, durante décadas, tem discretamente exercido poder no Oriente Médio, e que sempre se apoiou em aliados para proteger seus interesses. Agora, esse país está se afirmando militar, econômica e politicamente, onde e sempre que considera que seus interesses estão sendo ameaçados. Seu principal oponente é o Irã.
Em minha oração, afirmei que o Cristo, a Verdade, está presente aqui e agora, no Oriente Médio e em toda parte, e é uma força tão poderosa e eterna hoje como o era há dois mil anos: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros”, Isaías profetizou, “e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (9:6).
Os governos humanos alegam ser capazes de pressionar a humanidade desta ou daquela forma, de acordo com interesses pessoais, religiosos, políticos ou econômicos. Mas o único poder verdadeiro é Deus, o Amor divino; e o Cristo, a mensagem de Deus para a humanidade, vem a todos nós, cristãos, muçulmanos, judeus, sauditas, iranianos ou a quaisquer outros, comunicando a verdade e pondo a descoberto e destruindo crenças errôneas.
Essa foi uma semana de orações com o Monitor. Estou convencido de que o mundo sentirá a influência sanadora do Cristo, à medida que cada um de nós se empenhar em orar pelas questões subjacentes aos eventos e acontecimentos, grandes e pequenos, que caracterizam um mundo em transformação diária e contínua. Além disso, estaremos ajudando a cumprir o grande propósito do Monitor, que é uma parte integrante desta Igreja, e de sua missão sanadora.
