Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

‘Coletiva e exclusivamente’

Da edição de agosto de 2017 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 7 de junho de 2017.
Tradução do original em inglês publicado na edição de fevereiro de 2017 do The Christian Science Journal.


O Manual da Igreja, de Mary Baker Eddy, inclui um artigo intitulado “A oração na igreja”. Ele se encontra próximo a outros artigos fundamentais, como “Regra para motivos e atos”, “Cristo Jesus, o Exemplo”, “Oração diária” e “Vigilância quanto ao dever”. O artigo diz: “As orações nas igrejas da Ciência Cristã deverão ser em prol da congregação, coletiva e exclusivamente” (p. 42). Por que essa instrução enfática sobre o objeto da nossa oração nos cultos da Ciência Cristã é tão útil?

Além de ouvir as leituras ou a música de forma passiva, a participação nos cultos dominicais e nas reuniões de quartas-feiras nas igrejas da Ciência Cristã oferece uma oportunidade única de amar a Deus e ao nosso próximo com todo o nosso coração por meio da oração em conjunto. Naturalmente, existem muitas maneiras de orar, mas uma forma de descrever a oração, nos cultos das igrejas da Ciência Cristã e em outros lugares, é que ela consiste no profundo desejo de ser o que nós realmente somos: expressões do Amor divino despojadas do ego, criadas à imagem e semelhança de Deus (ver Gênesis 1:26, 27), livres do medo, do pecado e da vontade do ego. Para ser genuíno, esse desejo tem de ser expresso não apenas quando participamos dos cultos, duas vezes por semana, mas também em nosso dia a dia. 

O Novo Testamento ressalta que aqueles que são de Cristo (e na Ciência Cristã pode-se dizer aqueles que fazem um esforço sincero de seguir a Cristo Jesus) “crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gálatas 5:24). Isso significa reconhecer um único Espírito infinito e a si mesmo e aos outros como criados na semelhança desse Espírito. Esse alto padrão que eleva a todos nós, e que todos nós podemos almejar e alcançar, implica abandonar as dores e os prazeres da carne e da matéria e ter pensamentos, motivos e ações puros. Então, naturalmente trazemos essa pureza para nossas orações na igreja.

Quando oramos durante os cultos da Ciência Cristã para as congregações coletivamente, não sobra espaço para pensar apenas em nós mesmos ou para a falta de comprometimento em relação aos outros. Visto que a Bíblia diz que os Cristãos devem amar “de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pedro 1:22), qualquer coisa que não seja a afeição e a fraternidade práticas, fundamentadas no Espírito, é insuficiente. Ter aquela Mente que havia em Cristo Jesus significa afastar-se de um senso material limitado a respeito de qualquer pessoa e ver aqueles ao nosso redor na igreja como expressões da luz divina, como a incorporação individual de qualidades divinas, como alegria, inteligência, cordialidade e sabedoria. Isso exige disciplina mental para sentir a presença divina e olhar para além do desapontamento, da frustração ou irritação com nós mesmos ou com outros. Mas somente essa presença divina silencia as opiniões e avaliações humanas, elevando todos os participantes.

Orar coletivamente para as congregações é acalentar cada congregação da Ciência Cristã como uma força-pensamento unida e sanadora. As pessoas frequentemente acreditam que, para a oração ser poderosa e eficaz, muitas pessoas devem orar. Mas essa é uma percepção equivocada. O poder provém da união. E união não significa uniformidade. Significa realmente desapego ao ego, amor, apreço e perdão.

Mary Baker Eddy, falando sobre a Mente divina ou Deus, disse certa vez a uma classe para a qual ela estava ministrando um curso: “Nós, hoje, nesta sala de aula, somos suficientes para converter o mundo se tivermos uma única Mente; pois assim o mundo inteiro sentirá a influência dessa Mente; como quando a terra estava sem forma, e a Mente falou e a forma apareceu” (Miscellaneous Writings [Escritos Diversos] 1883-1896, pp. 279–280). Mais adiante, no mesmo livro, ela escreve: “O pensamento, imbuído de pureza, Verdade e Amor e instruído na Ciência da cura metafísica, é o agente sanador mais potente e desejável sobre a terra” (Ibidem, p. 4). 

Orar coletivamente pelas congregações pode ser simples, mas o que dizer de orar exclusivamente para as congregações? Em um mundo que clama por ajuda para tantas situações, não seria essa uma forma isolada e introspectiva de orar?

Uma maneira de considerar esse artigo do Manual é a de que ele estabelece dois momentos específicos na semana para que as congregações possam com desprendimento apoiar, valorizar e proteger em oração, a si mesmas como congregação, bem como a outras congregações da Ciência Cristã. Além de orar para nós mesmos, o que podemos fazer em outras ocasiões, a motivação para essa oração é a de fortalecer as congregações ao redor do mundo, para que possam atender aos desafios mundiais de maneira mais eficaz. As congregações da Ciência Cristã são especiais. Nenhum outro grupo de pessoas se dedica a afirmar a Ciência do existir coletivamente duas vezes por semana. A solução para cada problema assenta nesse ensinamento e as congregações da Ciência Cristã o estão disponibilizando, não por meio da propaganda em outdoors, mas de uma forma muito mais poderosa, em que se apoiam mutuamente ao viverem as verdades da Ciência Cristã.  

Que Causa para comemorar! E que Causa para defender! O que Paulo chama de mente carnal (ver Romanos 8:7) poderia sugerir que as congregações estão desanimadas, diminuindo, que são ineficazes, etc. Mas, todos os domingos e todas as quartas-feiras nas filiais em dezenas de países, os congregados se unem em oração com suas próprias congregações e com centenas de outras congregações, a fim de negar tais sugestões; para ilustrar, congregações nos Estados Unidos oram com as congregações na França e para elas, que estão orando em solidariedade com as congregações de Camarões, que estão apoiando em oração as congregações da Austrália, e assim por diante. Evidentemente, podemos pensar em todos os membros dA Igreja Mãe como uma única congregação unida, cujos membros oram juntos constantemente.

A intuição espiritual nos mostra a respeito do que orar nas igrejas. Enquanto estou na igreja, gosto de orar pela santidade, saúde e união das congregações; pela vivência diária da Ciência Cristã por parte das congregações em suas famílias e comunidades; pelas Escolas Dominicais e filiais, orientando os alunos durante o seu período na Escola Dominical para se tornarem membros ativos da igreja; pelas Salas de Leitura que as congregações apoiam e nas quais atuam; pelos tratamentos pela Ciência Cristã (orações específicas para pessoas ou situações), tratamentos esses feitos pelos membros das congregações. As congregações, ao ouvir a Palavra de Deus, louvar a Deus por meio de cânticos e compartilhar testemunhos, contribuem para a eficácia dessas orações.

Cultos vibrantes, que tenham congregados orando pelas congregações “coletiva e exclusivamente”, curam, elevam e inspiram. Que alegria contribuir com esses cultos!

Lyle Young

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 7 de junho de 2017.
Tradução do original em inglês publicado na edição de fevereiro de 2017 do The Christian Science Journal.

 

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

Mais nesta edição / agosto de 2017

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.