Ouvir a orientação de Deus

Em 2006, quando eu trabalhava em uma escola particular como responsável pela administração e manutenção dos computadores, houve uma série de dificuldades e conflitos sociais relacionados à remuneração do pessoal, faturas de fornecedores, etc. Além disso, devido a desentendimentos entre os executivos, com frequência eu me encontrava em situações embaraçosas, a ponto de não saber que instruções seguir. Eu nunca reagia quando isso acontecia, mas recorria a Deus antes de tomar qualquer iniciativa. As seguintes palavras de um poema me ajudaram muitas vezes a encontrar um curso de ação positivo que normalmente funcionava para ambas as partes:

Fui conversar com um Praticista da Ciência Cristã sobre as dificuldades que eu estava enfrentando, e ele me ajudou por meio da oração. Uma frase que chamou minha atenção durante nossa conversa foi: “Nosso Pai-Mãe Deus, todo-harmonioso” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 16). O praticista insistiu em que essa era a verdade já naquele momento. Isso também me fez compreender que, em realidade, não poderia haver nenhum conflito entre as ideias de Deus, naquele caso entre os membros da administração, ou entre mim e eles, porque estávamos todos sob o mesmo governo espiritual e porque todos temos um único Pai-Mãe Deus que emprega todos nós para expressar harmonia e paz. Declarei firmemente e com confiança que a harmonia de fato estava presente. Algum tempo depois, a harmonia reinava entre nós no escritório e a paz foi estabelecida. Continuei trabalhando e fui promovido para o cargo de Contador Geral.

Um ano depois, senti-me guiado a pedir demissão do meu trabalho, embora essa decisão não parecesse sábia para as pessoas ao meu redor. Nós lemos na Bíblia: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais” (Jeremias 29:11). Como sempre, eu estava ouvindo a orientação de Deus e veio-me o pensamento de começar um negócio relacionado à automação de escritórios. Devo admitir que eu não tinha nada no início, a não ser a ideia. Eu a cultivei em minhas orações, e minha fé em Deus era muito sólida. Houve, contudo, ocasiões em que o desânimo me dominava e em que me vinha o pensamento de que deveria desistir. Mas no livro de Josué está escrito: “...não temas, nem te espantes, porque o Senhor, teu Deus, é contigo por onde quer que andares” (1:9). Achei conforto nesse versículo e ele me proporcionou nova esperança.

Então, decidi expressar minha gratidão trabalhando com o que eu já possuía, de forma que comecei com um centro de treinamento em computação. Depois, iniciei um centro de treinamento profissional, então um negócio de informática e um cybercafé e, finalmente, uma escola. Graças à firme posição que tomei e à minha fé inabalável em Deus, progredi e tive êxito em meu negócio, muito mais rápido do que esperava.

Desde aquela época, ao ouvir a orientação de Deus fui guiado a atender ao chamado para servir a Deus e à humanidade, e em 2011 tornei-me Praticista da Ciência Cristã em tempo integral. Mas na verdade fazer isso não foi uma tarefa fácil, pois cada vez que eu planejava seguir essa decisão, um senso de desânimo ou falta de motivação ou de comprometimento me sobrevinha, e eu dizia para mim mesmo que deveria esperar mais um ano. Eu achava que era jovem demais e que não poderia abandonar todas as minhas atividades. Mas eu sabia que esses pensamentos nada mais eram do que sugestões mentais agressivas.

Ao orar e confiar em Deus, os seguintes versículos da Bíblia me vieram ao pensamento: “A seara, na verdade, é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Mateus 9:37, 38). Foi então que realmente decidi seguir o chamado de servir a Deus e deixar tudo pelo Cristo, a fim de me dedicar a curar os outros por meio da oração. Tenho sido muito abençoado por esse trabalho.

Noss Mokoko Ndumbo
Kinshasa, República Democrática do Congo

_{Publicado anteriormente como um original para a Internet em 22 de junho de 2017.
Tradução do original em francês que aparece na edição de agosto de 2017 do Le Héraut de la Science Chrétienne.}