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Original para a Internet

Envelhecendo ou vivendo agora a vida eterna?

Da edição de outubro de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 19 de julho de 2019.


Eu tivera um ótimo dia, passeando a cavalo com amigos nas trilhas de uma reserva florestal. A paisagem era linda, e íamos conversando com muita alegria. Ao anoitecer, nos sentamos ao redor da fogueira. Eu estava muito feliz e satisfeita com o passeio do dia. Então, o assunto descambou para envelhecimento. Fui ficando cada vez mais frustrada e desapontada. Sem pensar, explodi, dizendo que eu estava me sentindo como se estivesse em um asilo de idosos, ouvindo todos reclamarem.

Depois desse dia, passei a me dar conta vivamente de que o tema de envelhecimento aparecia com muita frequência nas conversas. Comecei também a pensar no meu próprio envelhecimento, de um modo que nunca havia acontecido antes.  

Mas, o estudo da Ciência Cristã me levara a compreender um conceito de vida bem diferente, que não inclui o envelhecimento. Se bem que a percepção de que a vida seja mortal, com começo e fim, apresente como inevitáveis os efeitos do envelhecimento, a Bíblia ensina que “o dom gratuito de Deus é a vida eterna” (Romanos 6:23). Que promessa maravilhosa para ponderar! Para mim isso significa que o dom da vida espiritual (não material), que Deus nos dá, sem começo nem fim, nos é concedido com o infinito amor que Deus tem por nós por sermos Sua imagem, Sua criação totalmente espiritual. Esse dom nos é dado para sempre. E o dom de Deus, a vida perfeita, eterna e espiritual, é algo para ser profundamente valorizado.   

Mesmo assim, tive de me perguntar: Estou aceitando com gratidão o dom da existência espiritual e da vida eterna? Embora parecesse fácil acatar teoricamente a ideia da vida eterna, compreendi que eu não estava fazendo nada para reconhecer isso de modo prático. Compreender que a Vida é Deus, e, portanto, eterna, nos permite vencer as crenças comumente aceitas sobre o envelhecimento. Superamos essas crenças ao aceitar que a Vida é imortal, assim como é imortal o nosso existir espiritual, por sermos filhos e filhas de Deus. 

Infelizmente, não comecei de imediato a orar dessa forma. Passei a sentir um cansaço frequente, e um dia fiquei muito sobrecarregada só por ter tomado conta de meus netos durante um fim de semana. Então me dei conta de que necessitava me voltar efetivamente para Deus em oração e valorizar o dom da vida eterna. Eu tinha a esperança de que, se eu me voltasse a Deus em oração, encontraria ajuda e força, e poderia vencer o cansaço. 

Fui confortada por uma declaração escrita por Mary Baker Eddy, a Descobridora da Ciência Cristã: “A Ciência Cristã traz ao corpo a luz solar da verdade, que revigora e purifica” (Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 162). Eu sabia que poderia vivenciar esse revigoramento e essa purificação, por confiar na Ciência divina da Verdade (outro nome para Deus), a qual revela nossa eterna natureza espiritual por sermos criados por Deus. Percebi que necessitava ceder à Verdade. Todo pensamento que apontasse para o oposto da Vida eterna, que é Deus, não passava de mera sugestão, que eu podia reconhecer como sendo sem fundamento. 

Comecei a notar as mínimas formas pelas quais as sugestões de envelhecimento se insinuavam no meu pensamento. E em vez de ignorá-las, eu as encarava de frente, por meio da oração silenciosa, declarando: Eu não tenho nenhuma idade. Não tenho começo nem fim. Deus me deu o dom da vida; portanto, minha vida é eterna, e não está sujeita ao tempo. Essa maneira de pensar me ajudou a sentir melhor a verdade do meu existir, sem idade. Aliás, fiquei tão revigorada por esse modo de orar, que comecei a compartilhar com outras pessoas como eu as via nessa mesma luz espiritual: como sendo, também elas, eternas. 

Ocorreu-me também que eu deveria repensar o comentário que fizera naquele anoitecer, ao redor da fogueira. Tive de reconhecer que meus comentários haviam expressado falta de amor genuíno e consideração para com meus amigos. Na Bíblia, Jesus nos recomenda: “... que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei” (João 15:12). Eu sabia que, em vez de aproveitar a oportunidade de verdadeiramente amar meus amigos, eu tinha me mostrado irritada e crítica.

Eu necessitava valorizar verdadeiramente o dom da vida eterna.

Meus comentários naquele anoitecer tinham algo em comum com as sugestões de envelhecimento que eu estava confrontando. Tanto essas sugestões, quanto meus próprios comentários, haviam feito com que eu me sentisse fora de sintonia com o amor de Deus que eu desejava expressar como Seu perene reflexo. Mas agora eu estava percebendo que, ao nos voltarmos para o que é verdadeiro a respeito de Deus e de nós mesmos como expressão da Vida, podemos realinhar nossos pensamentos com o que é real e nos libertar de emitir comentários cortantes. E nos libertamos dos efeitos de nos identificarmos como mortais que estão envelhecendo.

Embora meu encontro com aqueles amigos tenha ocorrido no passado, eu sabia que não era tarde demais para pedir a Deus que me ajudasse a ver toda a situação de outra forma. Pensei nas qualidades maravilhosas que cada um de meus amigos havia expressado à volta da fogueira naquele anoitecer, tais como alegria, paciência, gentileza e consideração. Subitamente me foi fácil perceber que eles haviam expressado a bondade de Deus durante aquele passeio a cavalo e à volta da fogueira. 

Quando os vi sob essa luz espiritual, a impressão de que eles eram desconsiderados e estavam envelhecidos simplesmente se desvaneceu. Eu já não estava irritada, mas percebia o amor de Deus.

Com essa oração consagrada, veio a luz solar da Verdade, a diluir a sensação de cansaço com que eu vinha me debatendo. Minha percepção da situação toda havia sido redimida, e com isso alcancei um senso tangível de minha própria perfeição espiritual imutável. O cansaço desapareceu, fiquei revigorada e purificada. 

Que alegria é agora poder tomar conta dos dois netos, o que pude fazer até mesmo por uma semana inteira, sem nem sequer pensar em envelhecimento ou limitação! Em vez disso, é um prazer estar em atividade com eles e poder acompanhá-los sem dificuldade, nas coisas que eles gostam de fazer. 

Continuo a orar para corrigir as sugestões de envelhecimento, tanto para mim mesma, como também para os outros. Quando vejo anúncios e comerciais sobre envelhecimento, ou quando ouço as pessoas falando sobre isso, gosto de pensar nesta passagem da Bíblia: “A tua vida será mais clara que o meio-dia; ainda que lhe haja trevas, serão como a manhã” (Jó 11:17).

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