Há dois anos meu marido e eu assistimos, com outros membros de nossa igreja, a uma transmissão ao vivo da Assembleia Anual dA Igreja Mãe, A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, em Boston, Massachusetts.
Após a transmissão, sentimos uma alegria enorme, e uma completa certeza de que Deus ternamente cuida de cada um de nós.
Na mesma noite tivemos um grave acidente de carro, e logo em seguida fiquei me lembrando de várias verdades espirituais cheias de poder, que ouvíramos durante a transmissão da Assembleia Anual.
Estávamos a caminho de casa, quando o carro deslizou para fora da estrada, a 75 quilômetros por hora. Depois de bater em uma árvore, o carro capotou e começou a pegar fogo. Eu ouvi meu marido fora do carro gritando por socorro, e imediatamente alguém parou para ajudar.
Eu estava pendurada de cabeça para baixo, ainda presa pelo cinto de segurança, quando percebi uma voz me chamar pelo nome e, com carinho, e com firmeza, me dizer para desatar o cinto de segurança. Tentei várias vezes, mas sem conseguir. Senti-me desmaiar e voltar à consciência quando a voz me chamou pela terceira vez, e o cinto de segurança finalmente se abriu. Para mim essa foi a voz de Deus, o “cicio tranquilo e suave”, a mesma voz de anjo que guiou Elias em segurança após o vento, o terremoto e o fogo.
Chegaram duas ambulâncias ao mesmo tempo, e nos levaram, cada um de nós em uma delas, a um hospital. Só vi meu marido horas depois, na sala do pronto-socorro.
Quando recuperei a consciência naquela noite, na sala do pronto-socorro, senti-me imensamente grata ao ver uma amiga nossa da igreja ao lado da minha cama. Os ferimentos do meu marido eram menos graves, e ele conseguira, da sala de emergência, telefonar para esse casal. O marido ficou ao lado da cama dele, em outro quarto do pronto-socorro do hospital. Esses amigos nos confortaram bastante, ao nos relembrarem de que Deus, o Amor divino, está sempre presente.
Meu marido também pôde logo telefonar a um Praticista da Ciência Cristã, pedindo tratamento para nós dois por meio da oração. Depois vim a saber que, quando ele telefonou, o praticista estava em um aeroporto, voltando para casa após ter assistido à Assembleia Anual em Boston, e imediatamente começou a nos dar tratamento pela Ciência Cristã. E nos enviou um link para um artigo que incluía uma cura de ferimentos causados por acidente de carro, curados por meio da oração na Ciência Cristã. Na Assembleia Anual ele tomara conhecimento daquela cura. Minha amiga abriu o link e colocou meu celular no meu travesseiro, e assim pude ouvir a leitura do artigo. Essa cura, e outra que o praticista compartilhou, me trouxeram muita inspiração, e senti que todo o Movimento da Ciência Cristã estava me dando apoio.
O diagnóstico de meu marido foi de vértebras fraturadas, e ele teve alta na manhã seguinte, com um colete ortopédico. Graças às orações do praticista, ele foi curado rapidamente.
Uma equipe, cuja especialidade era trauma, apresentou um relatório de meus ferimentos. Disseram que as dificuldades respiratórias eram devidas ao fato de que eu havia sofrido um colapso do pulmão, e várias costelas estavam fraturadas. E mais: uma perna quebrada, a rótula estilhaçada, uma concussão, além de ferimentos internos e múltiplas vértebras fraturadas.
Senti grande paz por saber que o Praticista da Ciência Cristã estava orando por nós dois naquele exato momento. Atribuo à oração o fato de que não senti nenhuma dor, nem tive medo de sentir dor. Imagino que a equipe hospitalar deve ter ficado surpresa, pois não tiveram de dar analgésicos nem para mim nem para meu marido.
Minhas condições físicas melhoravam constantemente, e logo eu estava respirando de maneira normal, com toda naturalidade.
Para mim, foi sagrada a estada no hospital, e foi necessária porque a instalação credenciada da Enfermagem da Ciência Cristã mais próxima de onde estávamos ficava a muitas horas de distância. Os médicos, sabendo que nossa religião era a Ciência Cristã, apoiaram por completo nossas escolhas, e não pressionaram nem a mim nem ao meu marido a tomarmos decisões que não nos pareciam ser as melhores para nós. Fiquei ali uma semana, enquanto eles cuidaram das fraturas e, basicamente, me propiciaram um lugar onde eu podia ficar sossegada e em silêncio, e orar.
O praticista me fez uma visita na manhã do meu primeiro dia internada, e nos regozijamos com o fato de que minha identidade, minha verdadeira substância, era espiritual, não material, e, portanto, estava intata e “bem ajustada” (Efésios 2:21). Ele continuou a me dar apoio por meio da oração, enquanto eu mesma orava nos dias e noites que se seguiram, para reconhecer a verdade de que nada, nem acidente nem outra circunstância, poderia mudar ou interferir com meu existir espiritual. Eu me esforcei por manter meu pensamento elevado, para reconhecer que Deus, a Mente una e única, estava governando todos nós. A Mente divina estava, e está, mantendo tudo e todos no lugar certo.
Vários hinos do hinário da Ciência Cristã me fortaleceram. Um dos meus favoritos, o Hino Nº 9, diz:
Os corações fiéis a Deus
Esperam sem temor.
Deus sabe quais os anjos Seus
Nos podem confortar,
E logo os vai mandar.
(Violet Hay, trad. © CSBD)
Eu senti com toda a certeza a presença sanadora daqueles anjos, a cada passo do caminho.
Compreendi a importância de permanecer “no esconderijo do Altíssimo” (Salmos 91:1), de reconhecer que nada podia me separar de Deus, da pura luz da Verdade divina, da alegria e saúde da Alma divina, da lei e da ordem do Princípio divino, e do cálido conforto do Amor divino.
Uma das enfermeiras comentou que gostava da atmosfera de paz, leve e alegre, que sentia no quarto onde eu estava.
Eu soube que estava no rumo certo quando um dos médicos concordou que os ossos poderiam se restaurar naturalmente, sem necessitar de cirurgia. Um deles disse que sabia que eu tinha a atitude mental correta, porque eu não estava ressentida, e não culpava ninguém pelo acidente, mas em vez disso tinha a esperança e a expectativa do bem. Outro médico me disse: “Sabe, cura é mental.” Claro que concordei!
Aliás, cheguei à conclusão de que essa cura se tratava mais de regeneração mental do que de restauração física, o que é verdadeiro também para toda cura na Ciência Cristã. À medida que eu prestava atenção a Deus, ao que meu Pai-Mãe estava dizendo a respeito de minha identidade espiritual, coisas que eu nem sequer sabia que necessitavam ser curadas em minha vida vieram à tona para serem curadas, e foram curadas. Percebi desagradáveis traços de caráter cederem à paciência e à humildade, e vi a harmonia familiar ser restabelecida.
Tive alta mais cedo do que o esperado, com os médicos dizendo que eu estava “livre para voar!” E como eu ainda necessitava de ajuda para me vestir, tomar banho, e caminhar, pedi a uma Enfermeira da Ciência Cristã para cuidar de mim em casa. Ela pernoitou no primeiro dia, e passou a vir diariamente por uns poucos dias. Meus familiares também ajudaram. Foi a primeira vez que necessitei de uma Enfermeira da Ciência Cristã, e ela trouxe uma atmosfera de paz, bom senso, ordem e espiritualidade. Ela e o praticista trabalharam em conjunto, nos seus respectivos papéis, com a expectativa de cura.
Em apenas algumas semanas eu estava completamente restabelecida, e dirigi sozinha para um lugar a cinco horas de distância, onde passei o dia apresentando um seminário, sem nenhum impedimento. Não se passa um dia sem que eu agradeça profundamente a Deus, e a todos, por seus cuidados e orações.
Essa cura me levou a trabalhar como Praticista da Ciência Cristã. Por muitos anos eu ajudara as pessoas por meio da oração, mas eu também tinha outras ocupações; agora, porém, eu decidira dedicar minha vida, todo o meu tempo, à prática da cura pela Ciência Cristã. Um dia pensei: “O que é que eu estou esperando?” Poucos meses depois, minha inscrição foi aceita, e passei a ter meu nome no The Christian Science Journal. As oportunidades que assim recebo, de compartilhar de maneira mais ampla o Amor e o cuidado de Deus, enriquecem e abençoam a minha vida todos os dias.
Amy Bordeaux
Wirtz, Virgínia, EUA
Desejo aqui ratificar o testemunho da minha esposa, e acrescentar mais alguns detalhes. Durante essa experiência, quando nosso mundo parecia estar transtornado, o Amor divino esteve sempre presente. Amy e eu estávamos no carro em uma estrada de mão dupla numa área rural, e era uma noite chuvosa. Quando o acidente aconteceu, pude soltar meu cinto de segurança, e sair do carro pela janela do lado do motorista, onde o vidro havia se estilhaçado. Tentei tirar minha esposa do carro, mas ela estava presa ao cinto de segurança, sem conseguir desafivelá-lo. Quando a fumaça encheu o carro e se tornou mais intensa, me voltei para Deus pedindo ajuda. Eu sabia que Deus estava falando com Amy. Entrei de novo no carro, pela janela do motorista, e dessa vez ela conseguiu desatar o cinto de segurança e pude tirá-la do carro, auxiliado por pessoas que pararam para ajudar. Foi impressionante como chegou ajuda imediatamente, e como os bombeiros logo conseguiram apagar o fogo.
Naquela noite, enquanto estávamos na área de emergência do hospital local, senti-me oprimido, achando-me responsável pelo acidente, pois era eu que estava dirigindo. No meio da noite meu filho chegou, após ter passado horas dirigindo e orando. Quando disse a ele que me sentia responsável pelo acidente, ele disse: “Você não foi responsável pelo acidente”. Nesse exato momento, compreendi que Deus é a causa única e o único Criador, e Ele não causara, nem poderia causar, um acidente. Tive uma inacreditável sensação de alívio. Aliás, senti a cura começar a ocorrer em meu corpo. Eu sabia também que a cura de Amy seria rápida e completa, como resultado dessa simples verdade.
A Enfermeira da Ciência Cristã organizou nossa casa de modo que Amy ficasse confortável, e a ajudou com tudo o que era necessário no dia a dia. Eu não poderia ter chegado a ver esse resultado sem a ajuda do Praticista e da Enfermeira da Ciência Cristã.
Graças Te dou, ó Deus, por Tua eterna presença.
Christopher Bordeaux
