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Original para a Internet

O amor fraternal e a igualdade nos sistemas de educação

Da edição de outubro de 2019 dO Arauto da Ciência Cristã

Publicado anteriormente como um original para a Internet em 12 de agosto de 2019.


Maria Montessori, ilustre educadora especializada na primeira infância, disse: “A educação da primeira infância é a chave para o aperfeiçoamento da sociedade”. Eu estava pensando nisso ao ler um recente artigo do jornal The Christian Science Monitor, destacando um setor encarregado da educação no estado de New Hampshire, o qual é considerado um modelo, pois oferece jardim da infância em tempo integral a escolas onde a maioria dos alunos vem da população de baixa renda. (“A respeito do jardim de infância em tempo integral, os regulamentos públicos ainda estão atrasados em relação às promessas”, edição de 15 de agosto de 2018). O artigo destaca que essa disponibilidade ajuda os alunos matriculados a começarem o ensino fundamental no mesmo nível educacional dos colegas que vêm de escolas mais abastadas, colocando-os assim no caminho certo para se tornarem cidadãos profícuos.

Essa espécie de cuidado compassivo pelos alunos que mais necessitam de ajuda traz ao pensamento a imagem bíblica de um amoroso Deus, que atende às nossas necessidades mesmo nas circunstâncias mais desesperadoras. O livro de Deuteronômio descreve o amor redentor e a misericórdia de Deus, desta maneira: “Achou-o numa terra deserta e num ermo solitário povoado de uivos; rodeou-o e cuidou dele, guardou-o como a menina dos olhos” (Deuteronômio 32:10).

A Ciência Cristã nos ensina que Deus, nosso Pai-Mãe celestial, é o Amor infinito, sempre presente, que envolve toda a criação em Seu constante cuidado.

Faz alguns anos, fui chefe do departamento de educação de primeira infância, em um pequeno grupo de escolas particulares em uma ilha do Caribe. O país havia pouco tempo conseguira a independência do regime colonial e, como era típico das escolas particulares nessa circunstância, a maioria dos alunos era de famílias estrangeiras, brancas, que estavam bem preparados para o jardim de infância. Muitas das crianças negras do local não vinham de boas situações econômicas e não estavam educacionalmente bem preparadas. A reação da escola tinha sido “canalizar” as crianças com base em suas habilidades, e como resultado elas acabavam agrupadas por raça. Também significava que os alunos que eram naturais do país teriam menos rigor e estímulo na educação.

Com um profundo desejo de corrigir essa situação e, tendo visto que recorrer a Deus me havia ajudado em outras circunstâncias desafiadoras, recorri à oração. A Ciência Cristã nos ensina que Deus, nosso Pai-Mãe celestial, é o Amor infinito, sempre presente, que envolve toda a criação em Seu constante cuidado. A família humana inclui cada um de nós como a expressão de Deus, espiritual, capaz, e inocente, criada à imagem e semelhança do Amor. Portanto, nossa verdadeira identidade é espiritual e estamos todos “arraigados e alicerçados em amor” (ver Efésios 3:17). Vivemos essa identidade quando expressamos as qualidades espirituais de bondade, compaixão e equidade em nossas atividades diárias.

Quando o amor espiritual pelo nosso próximo nos impele ao desejo sincero de ajudar aqueles que necessitam, constatamos que Deus nos provê as oportunidades de expressar esse amor fraternal, seja a homens ou mulheres. Toda oportunidade para empenhar-nos em atos de bondade, que ajudam a elevar os outros a um senso mais pleno de suas capacidades e valor dados por Deus, é a evidência do ilimitado amor de Deus que Se manifesta. Mary Baker Eddy, a fundadora do The Christian Science Monitor, escreve em seu livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras: “Os ricos em espírito ajudam os pobres em uma grande fraternidade, na qual todos têm o mesmo Princípio, o mesmo Pai; e abençoado é aquele homem que vê a necessidade de seu irmão e a satisfaz, buscando o seu próprio bem no bem que proporciona a outrem” (p. 518).

Minhas orações reconheceram que Deus, o Amor divino, é imparcial e ama a todos os Seus filhos e filhas imensuravelmente. Confiei profundamente em Deus para me revelar uma solução para ajudar aquelas crianças pequenas.

Logo me veio a ideia de oferecer uma série de seminários que davam aos pais dicas práticas de como apoiar seus filhos na escola. Embora isso fosse oferecido a todos, foram os pais que mais necessitavam desse apoio os que corresponderam com entusiasmo a essa nova ideia. Essa abordagem também conduziu a conversas produtivas com os colegas nas reuniões da equipe. Aos poucos, o sistema de canalizar as crianças foi descontinuado, o que significou que todos os alunos passaram a receber oportunidades educacionais iguais. Para mim, a harmonia e a equidade expressas durante esses acontecimentos ilustraram a amorosa direção de Deus e Seu tangível cuidado.

Todos podemos seguir o exemplo de Cristo Jesus ao escutar e obedecer com humildade o terno comando de Deus para amar-nos uns aos outros e ajudar-nos uns aos outros. As oportunidades afluem para cada um de nós para assim agir e contribuir coletivamente para o progresso da sociedade!

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