Na guerra, quando um inimigo é derrotado, sua linha de suprimento, munições e acampamento são totalmente destruídos para garantir que não haja mais nenhum ataque, mais nenhum perigo. Um amigo falou-me sobre isso, algo que, em outro momento, resultou em uma cura rápida e significativa.
Eu estava dando banho em nosso cachorro muito querido, Sammy, e acabou entrando um pouco de sujeira em uma rachadura da unha do meu polegar. Limpei o dedo o melhor que pude e não pensei mais nisso até alguns dias depois, quando estava tomando banho e, de repente, o polegar começou a clamar por atenção. Parecia estar seriamente infeccionado e a evidência física começou a ficar mais intensa. Eu sabia que essa rápida piora era devido ao medo que eu havia deixado entrar em meu pensamento. Lembrei-me da apresentação que faria em menos de uma semana, e pensei em panoramas bem desagradáveis.
A Ciência Cristã ensina que Deus, a Mente divina, é, de fato, a fonte e o Criador de tudo. E, também, que Deus é unicamente o bem. Sendo Deus, o Espírito, a fonte de toda a existência, e não a matéria, e visto que o Espírito é unicamente o bem, não há, realmente, nada na matéria que possa nos causar dano ou causar alguma doença. Deus, o bem eterno, é supremo e Ele nos capacita a demonstrar esse bem.
Parei de olhar para essa imagem material e passei a pensar sobre esses maravilhosos fatos espirituais. Percebi que não precisava dar atenção ao que a matéria estava fazendo e como o estava fazendo. Visto que a Mente, Deus, é suprema, isso significava que eu poderia resolver tudo no pensamento sem nenhuma referência à evidência material, e não precisava sentir medo dela. Esse conhecimento proporcionou-me grande alegria e, imediatamente, o medo começou a se dissipar.
Cristo é a expressão da Verdade divina, a expressão de Deus, a presença do poder sanador de Deus; e quando voltamos nossos pensamentos à luz do Cristo, podemos receber de Deus mensagens angelicais específicas, necessárias para nossa renovação e cura.
Um dos hinos do Hinário da Ciência Cristã o explica desta forma:
Deus sabe quais os anjos Seus
Nos podem confortar,
E logo os vai mandar.
(Violet Hay, No. 9, trad. © CSBD)
Foi então que me lembrei da ideia mencionada no começo deste artigo, ou seja, de que para derrotar completamente um inimigo, seu acampamento, munições, e linha de suprimento precisam ser completamente destruídos. Percebi imediatamente a relevância dessa ideia. Alguns meses antes, eu passara por uma experiência difícil. Eu praticara diligentemente o que havia aprendido na Ciência Cristã a fim de tirar a falsa imagem do meu pensamento, enfrentando as várias alegações com as verdades espirituais. Achei que o tratamento havia abrangido todos os pontos. Entretanto, embora tivesse alcançado certa paz, pensamentos tristes me atingiam quase que diariamente.
Eu sei agora que esse jeito material de pensar, que não era, de forma alguma, natural em mim, precisava ser totalmente removido, não poderia ficar um traço sequer, porque eu sou a expressão de Deus, a Mente divina. Nenhum pensamento nem sugestão mortal sobre a experiência anterior deveria permanecer no meu pensamento e poluí-lo. Regozijei-me por haver reconhecido isso, e aceitei imediatamente a exigência inequívoca de eliminar completamente quaisquer pensamentos errôneos a respeito dessa experiência e substituí-los por fatos espirituais.
A Ciência Cristã ensina que Deus é Tudo e é inteiramente o bem e que, consequentemente, o mal nunca é de fato real; é apenas a ilusão dos sentidos materiais. Além disso, Deus é a causa única. E Ele só faz o bem para os seus filhos. Com base nisso, podemos destruir lembranças e experiências tristes, afirmando que elas não têm maior realidade nem maior influência em nossa vida do que um sonho ruim. O mal, de fato, não tem passado, presente, nem futuro.
Compreender e reconhecer esses fatos espirituais não significa evitar a realidade. Pelo contrário, significa atuar cientificamente para revelar e destruir em nossos pensamentos as sugestões de que haja algum poder ou presença que não seja de Deus, o bem eterno. Isso nos habilita a dissociar a nós mesmos e nossa vivência dos padrões de pensamento e comportamento que seriam destrutivos ou limitadores, e que nunca fazem parte da criação de Deus. Essa limpeza científica abre o caminho para que a harmonia e o governo de Deus se manifestem em nossa vida.
É importante tirar um tempo, todos os dias, para orar por nós mesmos.
Depois de haver percebido que os sintomas haviam piorado, e de orar com essas ideias, senti alívio na mesma hora. Imediatamente a dor e o inchaço começaram a diminuir e desapareceram. Senti uma grande e maravilhosa elevação espiritual, assim como a consciência da presença do amor sanador de Deus. Tudo isso aconteceu em questão de minutos.
O polegar ficou levemente sensível por um ou dois dias, e esse foi o fim da história. Fiquei completamente curada e, algum tempo depois, a unha cresceu normalmente. Pude fazer minha apresentação no final da semana sem nenhuma dificuldade. Havia imensa liberdade em perceber que os pensamentos errôneos e tristes precisavam ser barrados, porque não eram reais. E a elevação espiritual continuou à medida que eu fui obediente a essa exigência espiritual.
A Ciência Cristã ensina uma surpreendente verdade espiritual, vital à compreensão da prática da cura: que “abandonemos tão depressa quanto possível o que é material, e coloquemos em prática o que é espiritual, o qual determina aquilo que é visível e é real” (Mary Baker Eddy, Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, p. 254). É o nosso conhecimento a respeito de Deus e de Sua criação espiritual, o conhecimento de Sua totalidade e presença, do bem supremo e de Sua criação ter sido feita à Sua perfeita semelhança, é isso o que restaura a harmonia em nossa vida, e inclui a cura física. O lugar onde devemos buscar a cura, então, é sempre no pensamento, nunca no corpo nem nas condições e circunstâncias materiais.
Jesus explicou essa verdade quando disse: “...o reino de Deus está dentro de vós” (Lucas 17:21); ou seja, está dentro do pensamento, dentro de nossa consciência, onde estabelecemos e mantemos o reino, a regra e a autoridade de Deus e de Seu bem, e nossa semelhança a Ele.
Como essas verdades foram aplicadas à cura do meu polegar, ficou claro que a sujeira do banho do meu cãozinho não poderia nunca me prejudicar, já que a matéria não pode estabelecer condições para o homem. O que precisava de fato ser discernido e removido eram as falsas sugestões que vinham ao meu pensamento, para que eu as adotasse como se fossem minhas. A sugestão, por exemplo, de que o mal seja real, ou de que, mesmo que por um período, o mal tivesse mais força. Essas sugestões precisavam ser completamente eliminadas do pensamento, sem que sequer uma única falsa sugestão fosse tolerada como legítima ou digna de ser ouvida.
É importante tirar um tempo, todos os dias, para orar por nós mesmos. Durante esse tempo de oração, podemos reconhecer e compreender o bem, a presença e o poder de Deus em nossa vida. Podemos declarar e compreender a natureza pura e espiritual do homem como filho de Deus, Seu reflexo espiritual, e reivindicar isso para nós. Podemos descartar memórias tristes, erros, imagens desagradáveis e substituir tudo isso pelo conhecimento de que apenas o bem é real, duradouro, permanente. À medida que fielmente oramos dessa maneira, Deus nos proporciona todos os ajustes em nosso pensamento, os quais são necessários para que nossa vida se alinhe com essas verdades.
A Sra. Eddy nos aconselha em The First Church of Christ, Scientist, and Miscellany [A Primeira Igreja de Cristo, Cientista, e Vários Escritos]:“Os bons pensamentos são uma armadura impenetrável; revestidos com ela, estais completamente protegidos contra os ataques do erro de qualquer espécie” (p. 210).
Este é um aprendizado radical e transformador: compreender que os bons pensamentos são uma armadura impenetrável. E trabalhar assiduamente para envolver os pensamentos na proteção que nos vem com o conhecimento de que Deus, a única Mente, é a verdadeira fonte de todo o pensamento e existir corretos. Como é declarado em Ciência e Saúde: “A compreensão divina reina, é tudo, e não há outra consciência” (p. 536).
    